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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

AVERMELHOU PARA A FIFA.


Após mortes e acusação de mão de obra escrava no Qatar, entidade é alvo de protestos em reuniões sobre 2022


Protestos marcaram uma reunião realizada ontem na sede da Fifa, em Zurique, na Suíça, para discutir detalhes da realização da Copa do Mundo de 2022, no Qatar. Enquanto integrantes do Comitê Executivo da entidade se reuniam com os organizadores da competição, grupos sindicais se manifestavam do lado de fora contra as condições de trabalho no país-sede.

Um grupo de aproximadamente 100 pessoas protestou na sede da Fifa exigindo respeito aos direitos trabalhistas dos operários que trabalham nas obras do torneio mais importante organizado pela organização Foto: Reuters

Cerca de 100 manifestantes exibiam cartões vermelhos simbólicos à Fifa, em protesto exigindo que fossem respeitados os direitos trabalhistas dos operários que trabalham nas obras para o torneio. "Cartão vermelho para a Fifa" e "não à Copa do Mundo no Qatar sem direitos dos trabalhadores" eram alguns dos dizeres de cartazes e faixas exibidos pelos grupos.

A revolta teve início com uma matéria publicada pelo jornal inglês ´The Guardian´, que acusou o Comitê Organizador da Copa de 2022 de utilizar trabalho escravo nas obras. Segundo a publicação, imigrantes do Nepal eram trazidos sob condições precárias e, inclusive, 44 operários nepaleses teriam morrido em Doha entre junho e agosto.

O Comitê Organizador do Mundial prometeu investigar o caso e, ontem, seu chefe-executivo, Hassan al-Thawadi, tratou a segurança dos operários como "prioridade", antes de defender o histórico do Qatar na proteção dos direitos trabalhistas. "Se o Mundial está fazendo algo, é acelerar muitas dessas iniciativas".

Enquanto os manifestantes protestavam do lado de fora, a reunião continuava na sede da Fifa, e o principal assunto debatido era a possibilidade de alterar a data da realização do torneio. Isso porque, se for realizada no meio do ano, como acontece tradicionalmente, a Copa do Mundo acontecerá durante o rigoroso verão do Qatar.

Al-Thawadi admitiu a possibilidade de mudança e descartou qualquer chance de a Fifa levar o torneio para outro país. "Estamos tranquilos e confiantes de que a Copa do Mundo não sairá do Qatar", comentou.

Valcke no Brasil

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, confirmou ontem o roteiro de sua nova visita ao Brasil, na próxima semana. O dirigente vai passar por Porto Alegre e Cuiabá, duas das sedes da Copa do Mundo de 2014.

O cartola chegará à Porto Alegre na manhã de segunda-feira. Acompanhado de Ronaldo e Bebeto, membros do Comitê Organizador da Copa, e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o secretário vai conferir como estão as obras do estádio Beira-Rio.

Ao fim do mesmo dia, Valcke viajará para Cuiabá. Na terça-feira, o dirigente da Fifa vai visitar a Arena Pantanal, sede de quatro partidas no Mundial. Nas duas cidades, o dirigente vai entregar ingressos dos jogos da Copa do Mundo aos trabalhadores envolvidos na reforma e construção dos estádios. Em seguida, Valcke vai para o Rio de Janeiro, onde concederá entrevista. fonte:jogada/camocim belo mar blog

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