Powered By Blogger

quinta-feira, 13 de março de 2014

CEARÁ ENTRE OS QUE MAIS INVESTEM EM ENERGIAS LIMPAS E OS QUE MENOS INVESTEM EM RECURSOS HÍDRICOS.


 por  | CBM

O Ceará é um dos dez estados brasileiros que investem em energias renováveis, como a solar, desenvolvida em Tauá, a 337 km de Fortaleza Foto: Divulgação
O Ceará é um dos dez estados brasileiros que investem em energias renováveis, como a solar, desenvolvida em Tauá, a 337 km de Fortaleza Foto: Divulgação














O estado do Ceará vive um paradoxo no que diz respeito à proteção do meio ambiente.
Ao mesmo tempo em que figura entre os que mais investem em energias renováveis como a eólica e a solar, no território cearense há poucos investimentos na conservação da água.
A constatação advém da pesquisa de Perfil dos Estados Brasileiros, divulgada nesta quinta-feira (13) pelo IBGE, que revelou a existência ou não de programas ambientais diversos entre os 26 Estados e o Distrito Federal.
Na ponta positiva da contradição cearense, o Estado é um dos dez que possuem programas de incentivo a energias renováveis, como o biodiesel, e as energias solar e eólica. A região Nordeste, aliás, é a que mais se preocupa com a temática, valendo destacar além do nosso estado, o Piauí, o Rio Grande do Norte a Paraíba e Pernambuco.

Por outro lado, embora o governo cearense faça o monitoramento da qualidade da água oferecida à população, não há, segundo o IBGE, nenhuma política pública relevante de proteção de nascentes, despoluição ou desassoreamento de recursos hídricos ou gestão de aquíferos.
A situação se repete também no Maranhão, em Alagoas e em Sergipe, no Nordeste, além de outros cinco estados brasileiros. Piores ainda são os casos do Acre, de Roraima e do Amazonas. Nesses estados não há sequer a avaliação da qualidade da água.
Preservação da biodiversidade em alta
A melhor notícia do levantamento feito pelo IBGE é que 100% dos Estados têm programas de preservação da biodiversidade e outros programas relacionados.  A maioria tem programas específicos sobre implementação e gestão de unidades de conservação (exceção feita ao Pará).
Mas ainda há deficiências na gestão de resíduos sólidos, que podem acarretar riscos à saúde pública ou ao meio ambiente, em 15 Estados. E apesar de ser uma prática cada vez mais difundida, apenas 12 das 27 unidades da federação têm programas de coleta seletiva de lixo e ou de instalação de postos de coleta de produtos visando a reciclagem.
Na área de mudanças climáticas, apesar de 26 adotarem ações de combate a queimadas e desmatamentos ilegais, 16 cuidam da prevenção de desastres naturais, 14 do monitoramento da qualidade do ar e apenas 10 se preocuparam em realizar um inventário de emissões de gases de efeito estufa.
Apesar dos resultados tímidos em questões importantes, a educação ambiental parece cada vez difundida no País. Apenas cinco Estados não desenvolveram qualquer tipo de programa sobre o tema. Por sua vez, programas de ecoturismo e de agricultura sustentável abrangiam apenas 13 Estados.
Em média, os Estados destinaram no ano passado 2,24% do orçamento para questões ambientais. Minas Gerais foi o que mais investiu (7%), seguido de Amazonas, Pará e Mato Grosso com 6% cada, contra Goiás, que destinou apenas 0,13% dos recursos.

Nenhum comentário: