Em nenhum momento da entrevista coletiva da CBF nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, o nome de Neymar foi citado especificamente...
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Principal craque da seleção, Neymar se machucou durante a Copa-2014
Em nenhum momento da entrevista coletiva da CBF nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, o nome de Neymar foi citado especificamente. Mesmo assim, em sua apresentação como técnico da seleção, Dunga mandou um recado velado à principal estrela do Brasil. O treinador citou o exemplo de craques de outros países, atletas de características ofensivas, mas que participam do jogo ajudando na marcação. Ficou claro que ele pretende armar uma equipe com um futebol mais coletivo.
"Cai muito o conceito nosso de que o craque não precisa participar do jogo. O futebol já não é mais de uma ou duas figuras. Tem que ter a participação de todos os jogadores. Na Copa, vimos o Robben, da Holanda, o Müller, da Alemanha, o Jimenez (ele se confundiu e trocou o nome de James Rodríguez), da Colômbia, todos eles participando para ajudar", disse o novo comandante.
A intenção de Dunga é aliar o talento dos grandes jogadores brasileiros com organização e aplicação tática. O treinador não falou em limitar a improvisação e a qualidade técnica de um craque como Neymar, mas deixou evidente que não quer um time dependente da genialidade apenas um atleta. Na Copa de 2014, a saída do camisa dez por lesão diante da Colômbia teve impacto fundamental no desempenho brasileiro durante o vexame da derrota para a Alemanha, por 7 a 1, na semifinal.
"É muito bonito falar de futebol arte, mas o que é futebol arte? Um goleiro fazer uma defesa também é arte, o zagueiro roubar uma bola também é arte. A gente não pode achar que vai encontrar o Pelé a toda hora. A gente não pode querer criar um ídolo a cada dia. O Brasil sempre teve jogadores de grande talento", disse Dunga, que completou.
"A gente sempre tem que aliar a esse talento a humildade, o equilíbrio emocional. Passar para torcedores, para essas crianças que a escola é uma coisa, mas a vida é muito mais dura. A vida não nos perdoa. Se não nos prepararmos bem, a vida cobrará por nossos erros".
A ausência de Neymar, que tinha 18 anos na época, e também de Paulo Henrique Ganso, da convocação para a Copa do Mundo de 2010 foi a grande polêmica envolvendo Dunga naquela ocasião. Quatro anos depois, tanto o atacante quanto o treinador parecem não guardar mágoas da situação. Em entrevistas recentes, Dunga já fez elogios ao futebol de Neymar, que foi chamado pela primeira vez para a seleção após a saída de Dunga, depois do Mundial da África do Sul, quando Mano Menezes assumiu o cargo.
No planejamento visando a Copa de 2018, na Rússia, Neymar é certamente um dos pilares da equipe a ser formada por Dunga. O craque do Barcelona, no entanto, deve dividir as responsabilidades com outras peças do time. Time que, pelas primeiras palavras do treinador, deve ter uma mistura de atletas jovens com outros mais experientes.
"Temos que obter resultados, formar uma seleção para 2018. Essa seleção é bastante jovem. A Holanda mesclou, a Alemanha também tem uma mescla. Temos que passar pro torcedor as duas partes da moeda. O importante é você colocar no momento certo jogadores jovens e com certa experiência. Você não pode colocar jogador só porque é novo, tem que colocar pela competência e rendimento, no momento certo", explicou Dunga, que admitiu que o Brasil perdeu espaço para outros países no cenário do futebol mundial.
"O futebol está cada vez mais parecido, com pessoas muito competentes, muito trabalho. Não podemos achar que somos os melhores. Já fomos os melhores.Temos talento para isso, mas temos que ter a humildade de reconhecer que outras seleções trabalharam muito para chegar onde chegaram".https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2556864432713944326#editor/target=post;postID=6609068028397378134
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