Na garagem do militar estavam dez fuzis, duas metralhadoras, nove pistolas e mais de 20 mil balas de diferentes calibres
Rio - O desdobramento de investigação do tráfico de drogas no Complexo do São Carlos, no Estácio, levou agentes da 6ª DP (Cidade Nova) a estourar um arsenal da facção Amigos dos Amigos (ADA) na casa de sargento da Marinha no Ponto Chic, em Padre Miguel. Num fundo falso, na garagem do imóvel, foram encontrados dez fuzis, duas metralhadoras, duas submetralhadoras, nove pistolas, além de cerca de 20 mil projéteis de vários calibres.
Preso em flagrante, Jerônimo Ronaldo Severino Pereira, de 42 anos, disse que, afundado em dívidas, resolveu guardar o armamento, usado por traficantes da Vila Vintém. Ronaldo chorou muito durante a prisão ao perceber que a carreira de 21 anos na Marinha havia virado pó.
“Ele escondia as armas e munição cada vez que a polícia fazia incursão na favela. Ninguém poderia imaginar que o paiol estaria na casa de um militar. O material estava em ótimo estado, com uma fina camada de óleo, pronto para ser usado, ou seja, guardado de forma profissional, o que nos leva a crer que ele, com os conhecimentos que tem, poderia também fazer a manutenção do armamento”, detalhou o delegado da 6ª DP, Antenor Lopes.
Material vale R$ 1 milhão no mercado negro
Enquanto o flagrante era lavrado na sede da 6ª DP (Cidade Nova), a Polícia Civil montou um esquema especial de segurança na porta da delegacia, que fica em uma rua sem saída, próxima ao Sambódromo. Segundo o delegado titular Antenor Lopes, a medida era preventiva.
Preso em flagrante, Jerônimo Ronaldo Severino Pereira, de 42 anos, disse que, afundado em dívidas, resolveu guardar o armamento, usado por traficantes da Vila Vintém. Ronaldo chorou muito durante a prisão ao perceber que a carreira de 21 anos na Marinha havia virado pó.
“Ele escondia as armas e munição cada vez que a polícia fazia incursão na favela. Ninguém poderia imaginar que o paiol estaria na casa de um militar. O material estava em ótimo estado, com uma fina camada de óleo, pronto para ser usado, ou seja, guardado de forma profissional, o que nos leva a crer que ele, com os conhecimentos que tem, poderia também fazer a manutenção do armamento”, detalhou o delegado da 6ª DP, Antenor Lopes.
Ronaldo fazia o serviço de guarda do paiol há mais de um ano, segundo as investigações. Agora, a polícia quer saber se ele desviava armamento da Marinha. “Vamos enviar um ofício às Forças Armadas para, após a perícia, identificar se alguma arma ou munição saiu de lá”.
Outro detalhe que a investigação quer esclarecer é se o sargento treinava traficantes na montagem, limpeza ou operação das armas, duas delas com silenciadores e equipamentos sofisticados. “As investigações continuam para chegar aos traficantes e esclarecer essas dúvidas”, adiantou Antenor Lopes.
Ronaldo foi indiciado por porte ilegal de arma e associação para o tráfico de drogas. Com ele também foi apreendido dinheiro. As armas e balas estavam em tonéis de plástico, o que as protegia da umidade do buraco na garagem da casa na Rua Irerê. “Dívidas de jogo, com bebidas e noitadas, teriam levado ele a aceitar a proposta de traficantes”, relatou o delegado.
Ronaldo foi indiciado por porte ilegal de arma e associação para o tráfico de drogas. Com ele também foi apreendido dinheiro. As armas e balas estavam em tonéis de plástico, o que as protegia da umidade do buraco na garagem da casa na Rua Irerê. “Dívidas de jogo, com bebidas e noitadas, teriam levado ele a aceitar a proposta de traficantes”, relatou o delegado.
Com os lucros ilícitos, Ronaldo havia montado, recentemente, no bairro em que morava, uma loja de roupas, o que também chamou a atenção da polícia para a movimentação financeira dele, que tinha o salário quase todo descontado em empréstimos bancários.
Material vale R$ 1 milhão no mercado negro
Enquanto o flagrante era lavrado na sede da 6ª DP (Cidade Nova), a Polícia Civil montou um esquema especial de segurança na porta da delegacia, que fica em uma rua sem saída, próxima ao Sambódromo. Segundo o delegado titular Antenor Lopes, a medida era preventiva.
“Posicionamos alguns agentes bem armados na porta e estamos atentos a qualquer movimentação estranha, pois, no mercado negro, esse material apreendido custa cerca de R$ 1 milhão. Logo, logo, os trâmites terminam e tudo vai para os depósitos da Polícia Civil”, esclareceu o delegado.
O forte aparato na porta da unidade assustou aqueles que aguardavam para registrar alguma ocorrência. “Estou aqui por outra coisa e quero ir embora logo”, disse uma médica do Corpo de Bombeiros que pediu anonimato.https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2556864432713944326#editor/target=post;postID=5644522173410956616
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