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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

DE 26 OBRAS EM AEROPORTOS PREVISTAS PARA A COPA DE 2014,12 NÃO FORAM CONCLUÍDAS.


Constatação está em relatório do TCU aprovado nesta quarta-feira (3).
Custo dos projetos saltou 66%, de R$ 2,66 bilhões para R$ 4,4 bilhões.

Do G1, em Brasília
imagens cedida pela internet
Pouco menos de cinco meses após a final da Copa de 2014, quase a metade das obras em aeroportos públicos brasileiros, previstas para antes da competição, ainda não está pronta, aponta relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgado nesta quarta-feira (3). Além disso, o custo estimado desses projetos sofreu um aumento de 66%, passando de R$ 2,66 bilhões para R$ 4,4 bilhões.
De acordo com a corte, das 26 obras previstas para esses aeroportos, administrados pela estatal Infraero, 12 ainda não foram concluídas. Entre elas estão as reformas dos terminais de passageiros dos aeroportos de Confins, em Minas Gerais, e de Fortaleza, cujos contratos estão em fase de rescisão. A corte aponta que a situação desses empreendimentos é “crítica”, já que nova licitação deve ser necessária para que sejam finalizados.

Outro caso preocupante é a ampliação do terminal de passageiros do aeroporto de Porto Alegre que, até junho, início da Copa, tinha apenas 1,85% das obras executadas. A nova previsão de entrega é outubro de 2016.

O descumprimento das metas também atingiu os aeroportos sob concessão de empresas privadas, aponta o TCU. A matriz de responsabilidade, documento elaborado a pedido do tribunal com a identificação dos projetos que seriam construídos para a Copa, relaciona um total de R$ 3,62 bilhões em obras para 4 aeroportos privados.
Segundo o relatório aprovado nesta quarta, “as ações previstas na Matriz para os aeroportos internacionais de São Gonçalo do Amarante (RN), Brasília (DF), Viracopos e Guarulhos (SP), embora se encontrem em elevado estágio de implementação, não foram rigorosamente cumpridas até a Copa.” A corte aponta que  Viracopos “apresentou o maior número de demandas não cumpridas.”
Mobilidade
A auditoria também verificou que, das 35 obras de mobilidade previstas para as cidades-sede dos jogos da Copa, apenas 6 foram concluídos até junho, quando o evento começou. Em outubro, 9 delas ainda tinham menos de 60% da execução.
Esses 35 projetos tem hoje custo estimado em R$ 7,1 bilhões, 1,4% superior ao previsto inicialmente na matriz de responsabilidades. Entre eles estão a construção de corredores rodoviários, de linhas de BRT e de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
O documento também aponta “inconsistências” em informações sobre esses empreendimentos, entre elas obras sem medição mas com desembolsos, divergências entre valores informados pela Caixa, que financiou parte dos projetos para a Copa, e o Portal da Transparência, além de valor financiado maior que o valor contratado.

Estádios e portos
Ainda de acordo com o TCU, as obras previstas para os portos de Fortaleza, Natal, Manaus, Recife, Salvador e Santos (SP) apresentaram aumento de 17% no custo somado, que passou de R$ 587,3 milhões para R$ 684,8 milhões.
Também custaram mais caro que o previsto os 12 estádios da Copa. Segundo o tribunal, a última versão da matriz estimou o investimento total em R$ 8 bilhões, mas o custo final chegou a R$ 8,44 bilhões. A reconstrução do estádio de Brasília foi a mais cara: R$ 1,4 bilhão.https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2556864432713944326#editor/target=post;postID=5891215067065255465

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