Animal foi retirado do plenário após circular entre os políticos e jornalistas.
Votação do novo índice de aumento do imposto foi adiado novamente.
Um gato invadiu o plenário da Câmara dos Vereadores de Goiânia na manhã desta quarta-feira (10) e desviou toda a atenção dos parlamentares. O animal apareceu durante o debate sobre o reajuste na Planta de Valores do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e acabou amenizando o tom da discussão, travada nos últimos meses.
Ninguém no plenário soube dizer de onde veio o gato, que circulou pela Casa, passando entre os políticos e jornalistas que acompanhavam a sessão. Para que o animal saísse, foi necessário que o vereador Djalma Araújo (PT) o seguisse e o conduzisse até a saída do plenário. Depois que o felino saiu, as portas foram mantidas fechadas, para evitar que ele voltasse a circular em meio às pessoas.
Mesmo após a visita inesperada ter deixado o plenário, a discussão sobre o reajuste do IPTU não prosseguiu. A mesa diretora da Câmara retirou o projeto da pauta de votação nesta manhã. Assim, a população ainda não sabe quanto vai pagar de imposto já no próximo ano.
A líder da bancada do prefeito na Câmara, Célia Valadão (PMDB), disse que a medida não foi uma estratégia para evitar uma derrota na votação. “Nesse momento, o que está sendo apresentado é uma nova proposta, uma emenda que muda o índice proposto pelo chefe do poder executivo”, argumentou.
Inicialmente, a prefeitura enviou um projeto que propunha o reajuste na Planta de Valores do município em 57,8%. Entretanto, foi feita uma emenda no documento que mudou o índice para 39,8%. Mesmo com essa proposta menor, a oposição garante que tentará derrubar o projeto por considerar o aumento muito grande.
“Nós, vereadores que não queremos o aumento do IPTU, estamos mobilizados. Todos foram chamado para ficar na Câmara pela manhã, porque se a prefeitura quiser colocar o projeto [em votação]. Estamos dispostos a ir para o embate e não deixar ele ser aprovado”, disse Tayrone di Martino (PT).
Os vereadores têm até o dia 20 para aprovar o reajuste, para que ele passe a valer já em 2015.
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