Giovana Gameiro foi aprovada no Vestibular 2015 da UEL, no norte do PR.
Liminar da Justiça garantiu vaga a estudante; as aulas começam neste mês.
Os planos da estudante Giovana Gameiro, de 16 anos, mudaram no começo de 2015. Preparada para cursar o terceiro ano do Ensino Médio, ela foi aprovada no curso de medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no norte do Paraná. Giovana não esperava ser aprovada, fez a prova como um teste e ainda era a primeira vez que realizava vestibular na vida. Para se matricular a adolescente, a família de Giovana entrou na Justiça.
Giovana é de Londrina e conta que prestou o vestibular para ter conhecimento da prova. “Fiz [o vestibular da UEL] para conhecer as provas, o tempo e como seria meu desempenho. A partir disso, eu faria minha preparação para o vestibular, junto com o terceiro ano do ensino médio”, conta.
A surpresa veio no dia 15 de janeiro com a divulgação da lista de aprovados. “Sabia que tinha ido bem, mas a concorrência era muito grande. Quando vi o meu nome, fiquei muito surpresa e muito feliz”, comemora a estudante. O curso de medicina teve a maior concorrência do Vestibular 2015 da UEL, com 99,73 candidatos por vaga.
Como a estudante tinha concluído apenas o segundo ano do Ensino Médio, ela não poderia cursar a faculdade. Mas, para matricular Giovana no curso, a família entrou na Justiça para perdir a conclusão do ensino médio. Com a nota conquistada no Enem, ela teve o direito de receber o certificado e, assim, entrar para a faculdade.
De acordo com a UEL, os documentos de matrícula foram enviados e aprovados pelo setor jurídico da universidade. As aulas começam no dia 19 de fevereiro.
Preparação
A rotina de estudos era puxada. Além das horas dedicadas ao colégio onde estudava, Giovana conta que fazia aulas particulares para reforçar o aprendizado. “Em casa, estudava entre quatro e cinco horas por dia. Mas, nada exagerado”, diz.
A rotina de estudos era puxada. Além das horas dedicadas ao colégio onde estudava, Giovana conta que fazia aulas particulares para reforçar o aprendizado. “Em casa, estudava entre quatro e cinco horas por dia. Mas, nada exagerado”, diz.
Sobre a prova do vestibular, a estudante diz que respondeu a poucas perguntas com assuntos que ainda não tinha apreendido na escola. “Mesmo assim, não deixei nada em branco. Consegui responder todas as questões”, lembra.
A escolha do curso teve motivação dentro de casa. O pai é médico oftalmologista e a mãe enfermeira. Além disso, o irmão mais velho serviu de inspiração nos estudos. “Ele cursa medicina na USP [Universidade de São Paulo]. Eu vi como foi a luta dele, todo o esforço que ele teve. Serviu sim de motivação para que eu também me empenhasse e conquistasse essa vaga”, destaca.
Para a mãe, Vera Lúcia Gameiro, a conquista foi um misto de surpresa e alegria. “Eu sabia que ela tinha capacidade para isso. Porém, sabíamos também que é um curso muito concorrido, com muitas pessoas qualificadas para essa vaga. Mas, quando vimos o número de acertos dela na prova, ficamos esperançosos”, diz.
Idade não preocupa
O fato de ter 16 anos e ser a mais nova da universidade não preocupa Giovana. “Acho que isso não será um problema. Muitos alunos vão ter um ano a mais do que eu. E eu tenho alguns amigos que também foram aprovados. Isso vai facilitar bastante no começo”, comenta.
O fato de ter 16 anos e ser a mais nova da universidade não preocupa Giovana. “Acho que isso não será um problema. Muitos alunos vão ter um ano a mais do que eu. E eu tenho alguns amigos que também foram aprovados. Isso vai facilitar bastante no começo”, comenta.
A mãe também não aparenta preocupação com a questão da idade. “Ela sempre foi muito madura, e sempre se mostrou focada naquilo que quer”, afirma Vera Lúcia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário