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sábado, 14 de março de 2015

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 15 DE MARÇO DE 2015.

 São Clemente Maria Hofbauer, padre redentorista
Dentro de uma família muitos simples, nasceu na Áustria, no ano de 1751.
Perdeu muito cedo seu pai, e foi educado por sua piedosa mãe que dizia a ele: “Procurai andar sempre nos caminhos agradáveis a Deus”.
Vocacionado ao sacerdócio, com muito esforço estudou Filosofia e Teologia. Após ordenado padre redentorista, foi para a Alemanha.
Ali, seu objetivo religioso não era somente servir sua congregação, mas a toda a Igreja local, a ponto de ajudar sua diocese a se redescobrir como pólo evangelizador.
São Clemente contribuiu para o aparecimento de muitos conventos e asilos, sinais materiais da força do Evangelho. Consumido na missão, aos 70 anos, partiu para sua recompensa: a glória de Deus.
São Clemente Maria Hofbauer, rogai por nós!


15.03.2015
4º Domingo da Quaresma — ANO B
ROXO OU RÓSEO, CREIO – IV SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "...é pela graça que sois salvos, mediante a fé." __
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2015
Tema: “Fraternidade: Igreja e Sociedade”
Lema: “Eu vim para servir” (Mc 10,5)
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Na celebração damos graças ao Pai, porque em Jesus realiza o maior gesto de amor para conosco. Contemplando-o erguido na cruz, nossas trevas são desmascaradas e vencidas e a esperança de um mundo feliz e libertado é reavivada. Como povo peregrino, comemos de seu pão, antecipando na fé a realização da comunhão entre nós, com o mundo e com Deus. A comunidade cresce e se fortalece na medida em que põe em prática o projeto de Jesus, a serviço da vontade do Pai, manifestada pelos mandamentos e pela vida de Jesus. Lembramos que este domingo é de muita alegria, pois a Igreja nos lembra que a Páscoa do Senhor está se aproximando.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste domingo ecoa na liturgia uma das afirmações mais contundentes do Novo Testamento: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,17). Peçamos a graça de crer e sentir esse amor que alegra a vida inteira, como diz o salmo (Sl 90,14).
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo entoemos alegres cânticos ao Senhor!


Antífona de entrada:
Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações (Is 66,10s).
Oração do dia
Ó Deus, que por vosso Filho realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam cheio de fervor e exultando de fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: A Liturgia da Palavra nos garante que Deus oferece, de forma totalmente gratuita e incondicional, a vida eterna. Somos convidados a olhar para Jesus, a aprender com Ele a lição do amor total, a percorrer com Ele o caminho da entrega e do dom da vida. Ouvindo as leituras, deixemos que nossos corações acolham o amor de Deus Pai, manifestado pela pessoa e pela obra de Jesus; ele que é nossa luz e nossa paz.
Primeira Leitura (2 Crônicas 36,14-16.19-23)
Leitura do livro das Crônicas.
36 14 Todos os chefes dos sacerdotes e o povo continuaram a multiplicar seus delitos, imitando as práticas abomináveis das nações pagãs e profanando o templo que o Senhor tinha consagrado para si em Jerusalém.
15 Em vão o Senhor, Deus de seus pais, lhes tinha enviado, por meio de seus mensageiros, avisos sobre avisos, pois tinha compaixão de seu povo e de sua própria habitação;
16 eles zombavam de seus enviados, desprezavam seus conselhos e riam de seus profetas, até que a ira de Deus se desencadeou sobre o seu povo, e não houve mais remédio.
l9 Incendiaram o templo, destruíram os muros de Jerusalém, entregaram às chamas seus palácios e todos os tesouros foram lançados à destruição.
20 Nabucodonosor deportou para Babilônia todos os que tinham escapado à espada, e eles se tornaram seus escravos, dele e de seus filhos, até o advento do domínio persa.
21 Assim se cumpria a profecia que o Senhor tinha dado pela boca de Jeremias: “Até que a terra desfrutasse os seus sábados, pois a terra ficou inculta durante todo esse período de desolação, até que se completaram setenta anos”.
22 No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, a fim de que se cumprisse a profecia do Senhor, posta na boca de Jeremias, o Senhor excitou o espírito de Ciro, rei da Pérsia, e este mandou fazer em todo o seu reino, à viva voz e também por escrito, a proclamação seguinte:
23 Assim fala Ciro, rei da Pérsia: “o Senhor, Deus do céu, deu-me todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe construir um templo em Jerusalém, que está na terra de Judá. Todo aquele dentre vós que for de seu povo, esteja seu Deus com ele, e que ele para lá se dirija!”
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 136/137
Que se prenda a minha língua ao céu da boca
se de ti, Jerusalém, eu me esquecer!

Junto aos rios da Babilônia
nos sentávamos chorando,
com saudades de Sião.
Nos salgueiros por ali
penduramos nossas harpas.

Pois foi lá que os opressores
nos pediram nossos cânticos;
nossos guardas exigiam
alegria na tristeza:
“Cantai hoje para nós
algum canto de Sião!”

Como havemos de cantar
os cantares do Senhor
numa terra estrangeira?
Se de ti, Jerusalém,
algum dia eu me esquecer,
que resseque a minha mão!

Que se cole a minha língua
e se prenda ao céu da boca
se de ti não me lembrar!
Se não for Jerusalém
minha grande alegria!
Segunda Leitura (Efésios 2,4-10)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
2 4 Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou,
5 quando estávamos mortos em conseqüência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo - é por graça que fostes salvos! -,
6 juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, com Cristo Jesus.
7 Ele demonstrou assim pelos séculos futuros a imensidão das riquezas de sua graça, pela bondade que tem para conosco, em Jesus Cristo.
8 Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus.
9 Não provém das obras, para que ninguém se glorie.
10 Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
Tanto Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único; todo aquele que crer nele há de ter a vida eterna (Jo 3,16)


EVANGELHO (João 3,14-21)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 3 14 “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,
15 para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna.
16 Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para condená-lo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
18 Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado; por que não crê no nome do Filho único de Deus.
19 Ora, este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más.
20 Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.
21 Mas aquele que pratica a verdade, vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Ó Deus, concedei-nos venerar com fé e oferecer, pela redenção do mundo, os dons que nos salvam e que vos apresentamos com alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Jerusalém, cidade bem edificada, onde tudo forma uma unidade perfeita; para lá é que sobem as tribos, as tribos do Senhor, para louvar, Senhor, o vosso nome (Sl 121,3s).
Depois da comunhão
Ó Deus, luz de todo ser humano que vem a este mundo, iluminai nossos corações com o esplendor da vossa graça, para pensarmos sempre o que vos agrada e amar-vos de todo o coração. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
Vim para servir (Mc 10,45)
Iniciamos nossa preparação para a Páscoa deste ano. A Quaresma propõe um itinerário de conversão e convida a seguir Jesus Cristo, “caminho, verdade e vida”. Ele nos conduz a Deus e nos reconcilia com Ele. Ele é nosso Redentor.
A Igreja nos chama a viver bem a Quaresma, mediante a escuta atenta da Palavra de Deus, a oração intensa, a penitência e a prática da caridade (“jejum, esmola e oração”). Assim, chegaremos bem dispostos à Páscoa, quando renovaremos nossas promessas batismais e acolheremos mais uma vez a “vida nova” em Cristo.
Convido todos a participarem da realização da Campanha da Fraternidade: neste ano, recordando os 50 anos do Concílio, a Campanha tem por tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade”; e, por lema: “Eu vim para servir” (Mc 10,45).
Jesus veio ao encontro de todas as realidades humanas, especialmente daquelas que mais precisavam de sua presença solidária e salvadora. Não veio para ser servido, mas para servir e entregar sua vida por nós. Como Igreja, comunidade dos discípulos de Cristo, devemos ter essa mesma atitude: ser cristão é colocar-se a serviço do próximo.
Todo serviço de evangelização e de ação social e caritativa da Igreja é um serviço prestado ao bem da comunidade humana, na qual estamos inseridos. A Campanha da Fraternidade nos estimula a criar fraternidade nas relações com todos.
Desejo a todos os filhos da Arquidiocese de São Paulo que a vivência da Quaresma traga muitos frutos!
Deus os abençoe e guarde!
S.Paulo, 22 de Fevereiro de 2015
Card. D.Odilo P. Scherer
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 16 A 22 DE MARÇO DE 2015:
2ª Rx - 2Sm 7,4-5a.12-14a.16; Sl 88(89); Rm 4,13.16-18.22; Lc 2,41-51 ou Mt 1,16.18-21.24
3ª Rx - Ez 47,1-9.12; Sl 45; Jo 5,1-3a.5-16
4ª Br - Is 7,10-14;8,10; Sl 39(40); Hb 10,4-10; Lc 1,26-38
5ª Rx - Ex 32,7-14; Sl 105; Jo 5,31-47
6ª Rx - Sb 2,1a.12-22; Sl 33; Jo 7,1-2.10.25-30
Sb Rx - Jr 11,18-20; Sl 7; Jo 7,40-53
Dom. Rx -: 5º DOMINGO QUARESMA: Jr 31,31-34; Sl 50(51); Hb 5,7-9; Jo 12,20-33 (Morte e glorificação)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Deus elevado na cruz...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Talvez se substituirmos a palavra elevar-se pela palavra Subir, a gente possa compreender melhor a profundidade do versículo inicial desse evangelho. Subir significa estar em ascensão, ser referência, mostrar seu poder, ser visto e notado por todos. Entretanto, o modo como Jesus é elevado só serviu para ser escarnecido em uma morte humilhante e vergonhosa. Naquele momento de amargura e derrota, ninguém, nem mesmo os apóstolos pensariam que Jesus estava solidificando a sua Soberania e seu Senhorio sobre todas as coisas, ninguém ousaria dizer que ali, naquele "maldito" pendente da cruz do calvário, estava a Salvação da humanidade, o resgate do Ser humano, a sua remissão e redenção. O que se viu foi um corpo ensangüentado, dilacerado, chagado, entretanto, foi um momento Bendito e glorioso para toda a humanidade. Deus mostrou na cruz toda a Força e o Poder do Amor verdadeiro.
Por isso que, após introduzir a reflexão, o evangelista João vai direto ao tema central "Deus amou tanto o mundo que lhe deu seu Filho único, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna." Crer em Jesus Salvador é Crer no Amor que vivifica, restaura, reconstrói o Homem, eterno objeto do Amor de Deus. Quem Nele não crer já está condenado, justamente porque não crê no Poder libertador do Amor de Deus. E a vida de quem fecha o seu coração para o amor, é amarga, vazia e sem sentido, porque não optar pelo amor significa a solidão total e completa, que é ficar longe de Deus já nesta vida.
Em seguida João desfaz o equívoco dos que trazem no coração e na mente a imagem de um Deus que condena e castiga o pecador. Deus não enviou Jesus ao mundo para vingar-se do pecado cometido por Adão e Eva e que toda a humanidade acabou herdando. Mesmo com a tragédia da cruz, Deus Pai não planejou uma vingança contra os que mataram a Jesus, ao contrário, o próprio Filho pede para que o Pai os perdoe...
O amor é sempre transparente e iluminador isso é, a tudo dá sentido, tudo crê, tudo espera, tudo tolera, é compassivo e fiel, Viver nesse amor é antecipar a Vida Eterna, mas sem o amor, o homem acabará naufragando nas profundezas dos mares do seu próprio egoísmo.
Crer e aceitar Jesus Cristo significa acolhê-lo por inteiro, vestindo a camisa do seu evangelho, aceitando com ele construir o novo Reino. Essa nossa opção por Cristo ou contra ele, reflete nos atos e ações que fazemos. É impossível fazer o Bem e permanecer nas trevas, assim como também é impossível praticar o mal e permanecer na Luz, pois são coisas contrárias que jamais estarão juntas em, um mesmo lugar ou em mesmo coração.
Nossas comunidades cristãs vivem essas duas realidades que caracterizam o Reino de Deus, por um lado, apresentam um Cristo elevado na cruz, anunciando assim a sua morte, mas por outro lado, esse Cristo crucificado faz nascer cada vez mais forte no coração de quem crê, a esperança escatológica de quem espera a Ressurreição. O Cálice Bendito elevado pelas mãos do Sacerdote é ao mesmo tempo amargura e doçura, Vida Morte e Ressurreição do Senhor, é a nossa humanidade tão frágil e pequena, mergulhada no mistério da Grandeza de Deus.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. É pela fé em Jesus Cristo que somos salvos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Pe. Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
O início do evangelho de hoje faz referência explícita ao episódio relatado no Livro dos Números (Nm 21,4b-9). Durante a travessia pelo deserto rumo à terra da promessa, a tentação frequente do povo que Deus havia tirado da casa da servidão foi voltar atrás (Nm 21,5).
Tinha sido libertado por Deus da escravidão, mas não tinha superado e se libertado da mentalidade de escravo. Será preciso um longo e dolorido caminho para que essa páscoa aconteça.
A causa do que eles imaginavam ser o castigo de Deus era, na verdade, consequência da falta de confiança e da murmuração contra Deus. A serpente de bronze levantada numa haste era expressão da crença de que, tendo o inimigo numa imagem, ele seria controlado. O texto apresenta uma novidade em relação a outros prodígios de Deus ao longo da travessia pelo deserto; ele exige de quem quer ser salvo fixar o olhar no emblema (vv. 8-9). O livro da Sabedoria, relendo esse fato, dá a ele um alcance teológico: é Deus quem liberta de todo mal (Sb 16,5-8).
A elevação de Jesus Cristo na cruz é o antítipo da serpente elevada. Como parte da catequese batismal do capítulo 3 do evangelho de João, nossa perícope dá uma interpretação cristológica ao episódio narrado pelo autor do livro dos Números: quem salva e cura da morte é Jesus Cristo. É pela fé em Jesus Cristo, crucificado, morto e ressuscitado, que se é salvo e se tem a vida eterna.
Na segunda parte do trecho do evangelho de hoje, Jesus diz que o amor de Deus é a causa preexistente da encarnação do Verbo eterno; a morte gloriosa de Jesus para a salvação do mundo é o gesto do amor de Deus por toda a humanidade, revelado no seu Filho unigênito.
Nosso mundo não é, na visão cristã, um vale de lágrimas, nem estamos num desterro. O mundo é o lugar da manifestação do amor de Deus por toda a humanidade, o lugar em que o Verbo “armou a sua tenda” (Jo 1,14). Pela fé no Filho de Deus é dada aos que creem a vida eterna, a participação na vida divina. A vida eterna é comunhão de vida com o Pai e o Filho (cf. Jo 17,3).
A vida eterna precisa ser recebida como dom do amor incomensurável de Deus por toda a humanidade. É Deus que, por seu Filho, nos introduz e nos faz participar da sua vida divina. A fé, contudo, está subordinada à liberdade do ser humano. Ao invés da Luz, os homens podem preferir as trevas (cf. Jo 1,4-5.9-11).
ORAÇÃO
Jesus Mestre, que os meus pensamentos se inspirem no Evangelho, e se tornem fontes de vossa luz a iluminar os homens, nossos irmãos.
3. O SINAL DE SALVAÇÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Na tentativa de instruir Nicodemos, discípulo às escondidas, nas coisas da fé, Jesus retomou um fato importante da história do povo de Israel, quando este caminhava pelo deserto. A experiência de pecado e rebelião contra Deus havia desencadeado o castigo divino. Para aplacar a ira divina, o próprio Deus recomendou a Moisés fundir uma serpente de bronze. Assim, quem, porventura, olhasse para ela, seria poupado desse castigo.
Este fato da história do povo de Israel ofereceu elementos para a compreensão da morte de Jesus na cruz. De novo, encontramos a humanidade imersa no pecado, incapaz de ser livrar da maldição que a rebelião contra Deus lhe impingiu. Somente o Pai poderia oferecer um caminho de superação desta trágica situação. Seu Filho, suspenso na cruz, tornar-se-ia, como a serpente no deserto, penhor de salvação para quem se voltasse para ele com fé. A morte de cruz, portanto, teria uma finalidade absolutamente salvífica. Através dela, seria possível obter a vida eterna.
O envio do Filho Jesus ao mundo foi fruto da benevolência divina para com a humanidade pecadora. Contudo, existe quem se recuse a voltar-se para Jesus e reconhecê-lo como fonte de salvação, preferindo caminhar nas trevas. Ao invés, quem se faz discípulo da verdade e age movido por Deus, volta-se confiante para Jesus, para dele receber a salvação.
Oração
Senhor Jesus, livra-me do poder das trevas e da morte, e faze-me voltar sempre mais para ti, que és penhor de vida e salvação.Fonte:NPD Brasil/CBM

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