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terça-feira, 31 de março de 2015

DEPUTADOS CEARENSES, DIVERGEM SOBRE REGIME MILITAR DE 1964.

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O deputado Ely Aguiar (PSDC) inicou o debate sobre o tema logo no início da sessão ao pedir questão de ordem para lembrar o aniversário da "revolução".
O deputado Ely Aguiar (PSDC) iniciou o debate sobre o tema logo no início da sessão plenária ao pedir questão de ordem para lembrar o aniversário da “revolução”.
Por ocasião do 31 de março, dia do início da ditadura militar em 1964, alguns deputados da Assembleia Legislativa destacaram a data entre comemorações, elogios e ressalvas ao movimento.  O primeiro a trazer o assunto à tona foi o deputado Ely Aguiar (PSDC), destacando a importância da “revolução” para impedir “a tendência comunista” que havia no país. “Na leitura que a gente faz, o Brasil tinha uma tendência de ir para o comunistmo. Não houve iniciativa própria das forças militares, mas houve uma iniciativa popular, mobilização da imprensa, da igreja e entidades de classe, por isso aconteceu o golpe militar”, defende.
O deputado Manuel Duca (PROS) afirmou que “temos hoje democracia plena graças a revolução militar”, e realizou chamamento para movimento em homenagem ao general Castelo Branco, que ocorre nesta terça-feira (31) na Praça do Ferreira. O deputado Fernando Hugo (SD), caracterizando o regime como “contrarrevolução de 1964″,  defendeu também sua função como “salvador do Brasil do movimento comunista”.

“É oportuno frisar a data histórica da manifestação cívico-militar. Não estou aqui, e tenho sofrimento na família demais, dizer que não seguiu caminhos outros. Não estou invocando a volta do regime, temos um regime democrático que deve ser protegido por nós. Não estaríamos aqui se o comunismo tivesse tomado o poder, porque não haveria esse ambiente democrático”, destaca.
Os deputados Welington Landim (PROS) e Carlos Felipe (PCdoB) ressaltaram os pontos negativos do regime militar, citando a extensa duração, os fim das liberdades democráticas e a violência policial. Felipe defende que o “legado que fica é de um golpe”, lembrando que na Argentina e no Chile “ninguém sequer fala em revolução”. Landim caracterizou o regime como “um período negro e um grande equívoco na história do país”, afirmando também se tratar de um “golpe premeditado”.

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