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quinta-feira, 16 de abril de 2015

BONDINHO TEM SERVIÇO PRECÁRIO PARA OS TURISTAS EM UBAJARA NO CEARÁ.


UBAJARA
fonte:dn/cbm

Parque suspende sistematicamente o funcionamento do teleférico, em vista da manutenção deficiente

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Há pelo menos dois anos, gestores do parque e administradores públicos municipais alertam sobre a necessidade de modernização do equipamento
FOTO: TUNO VIEIRA
Ubajara. Instalado em 1974 e servindo como principal acesso à gruta do Parque Nacional de Ubajara, o teleférico desta serra hoje sofre com a falta de manutenção. Há pelo menos dois anos, a gerência do parque e a administração pública municipal vêm alertando a instância estadual sobre a necessidade de modernização desse equipamento, para o bem do turismo local.
Só em 2013, o Diário do Nordeste noticiou a parada do equipamento em três vezes durante o ano. Desta vez, o equipamento parou no domingo de Páscoa e apenas nesta terça-feira foi consertado. A dificuldade consiste, principalmente, na falta de peças, que às vezes até precisam ser confeccionadas especialmente para o equipamento, de acordo com o gestor Gilson Mota.
No Carnaval, mais de 10 mil pessoas passaram pelo aparelho, segundo Mota. Para o administrador, uma das opções viáveis seria uma Parceria Publico Privada para a administração da área. "Assim, a administração ficaria mais localizada, até centralizada, e diminuiria a burocracia", enumerou Mota.

Prejuízos
Em março, um oficio da Câmara Municipal de Vereadores de Ubajara apresentou as deficiências do bondinho ao Governo do Estado, de acordo com o primeiro secretário da casa, Eriberto Evangelista. "Essas paradas prejudicam o turismo na região. Os turistas, sem serem avisados desse período sem funcionar, chegam para visitar a gruta e encontram um bondinho quebrado, e saem prejudicando a imagem da cidade", explicou Evangelista.
Isso foi o que aconteceu com o empresário George Moura, que procurou o equipamento no final de semana mas não conseguiu visitar a gruta. "É uma caminhada de sete quilômetros na descida. Com crianças no grupo, como faríamos? Eles não aguentariam andar. Acho uma falta de respeito não ser comunicado ao público essas paradas. Internet existe para isso. Pesquisei nos sites e não tinha ninguém falando da parada", reclamou.
Criado em 1959, o Parque Nacional de Ubajara é um dos menores do País, tendo o perímetro de 63.604,263m², administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Uma de suas principais atrações é a Gruta de Ubajara, aberta ao público e com acesso por meio de trilha ou do teleférico instalado em 1974, com capacidade para dez pessoas, mas operando apenas com o máximo de sete, fora o operador.
Desafio
De acordo com o prefeito de Ubajara, José Romano, mais conhecido como Zezinho, a idade do teleférico é hoje um dos maiores desafios de infraestrutura. Com quase 40 anos, o equipamento tem se tornado obsoleto, causando dificuldades na manutenção. "Não existem mais peças para reposição do teleférico. Da última vez que ele quebrou, foi necessário que comprássemos de outro país. A manutenção do equipamento é feita com muita dificuldade", disse.
Segundo Zezinho, hoje o turismo na região exige um equipamento atual e com uma capacidade maior de transporte. "Quando o teleférico foi implantado há 40 anos, o público era menor. Diferente de hoje, em que precisamos atender vans e ônibus de excursão. Apesar do acesso limitado de 300 pessoas por dia na gruta, nem todo mundo desce no bondinho somente para vê-la", destacou.
O prefeito Zezinho também observou que o Parque Nacional se estende ainda à parte baixa da serra, e as pessoas querem conhecê-la. Além disso, quando os excursionistas chegam, o grupo tem que ser dividido em dois, três ou quatro subgrupos.
O prefeito lembrou ainda que em 1982, após forte chuva ter destruído uma plataforma, o local passou seis anos fechados, até ser reconstruído e aberto novamente ao público.
De acordo com a Secretaria do Turismo do Estado (Setur), existe projeto para a modernização do equipamento, a fim de transformá-lo de analógico para digital, mas os detalhes do novo formato não foram fornecidos.
Jéssyca Rodrigues
Colaboradora

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