A seca que já dura quatro anos consecutivos no semiárido do Piauí, com apenas alguns alguns intervalos de chuvas irregulares, começa a interferir também na qualidade da água consumida pela população. Na região de São Raimundo Nonato, que engloba cerca de 8 municípios e 100 mil pessoas, a água está com um sabor ruim, devido à subida do índice de salinização por conta da redução da capacidade dos açudes e reservatórios da região.
O caso mais grave é da barragem Petrônio Portela, que apesar de ter uma capacidade de 180 milhões de metros cúbicos, hoje opera com apenas 25% do seu reservatório. “O odor da água, apesar de não ser prejudicial à saúde, está desagradável”, admite o secretário de Defesa Civil, Hélio Isaías.
Com a tendência é a situação piorar, devido ao fim do período chuvoso e início da estação seca que dura normalmente até outubro, o Governo do Estado, através da Agespisa, da Defesa Civil e com parceria do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), vai perfurar dois poços na região da Serra Branca.Reunião da semana passada, no Karnak, definiu medidas para melhorar o abastecimento
“A ideia é aumentar a produção de água para a população da região. Dois quatro poços na região, apenas dois estão funcionando, mas como o consumo vai aumentar, precisamos nos antecipar para evitar que falte água para a população”, afirma Hélio Isaías.
Na semana passada, uma reunião no Palácio de Karnak definiu que será construída ainda uma adutora de 30 quilômetros paralela à adutora da Serra Branca e de uma estação de aeração. Uma equipe da Agespisa já está trabalhando na região, reformando o leito filtrante da estação de tratamento da Adutora do Garrincho e avaliando a necessidade de trocar o produto utilizado na purificação do manancial.
O encontro teve a participação do secretário de Governo, Merlong Solano; do presidente da Agespisa, Raimundo Trigo; do secretário da Defesa Civil, Hélio Isaías; e do chefe do CPRM no Piauí, Francisco Lages. “O momento inspira preocupação. “Estamos nos antecipando para evitar que as famílias sofram com a falta de água, tendo em vista que o nível dos reservatórios tende a cair no segundo semestre”, ressaltou Merlong Solano.
Por: Robert Pedrosa - Jornal O Dia
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