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domingo, 23 de agosto de 2015

INVESTIMENTO DE R$ 496,41 MILHÕES.

Foram 97,2 mega watts (MW) de energia negociados no Estado, representando 18% dos contratos eólicos do certame realizado ontem pela Câmara de Comercialização de Energia ElétricaInvestimento de R$ 496,41 milhões
Dos 58 projetos apresentados para o 22º Leilão de Energia Nova (A-3), o Ceará negociou energia para quatro parques eólicos, o que representa um investimento de R$ 496,417 milhões. O certame foi realizado ontem pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Localizados no Complexo Eólico Santa Mônica, em Trairi (distante 124,5 km de Fortaleza), as usinas são da Tractebel Energia, de Santa Catarina. No certame, a empresa vendeu 46 MW médios, sendo 97 MW ao todo, por 20 anos, ao Índice de Custo Benefício (ICB) de R$ 181,49 MWh. A energia contratada terá início de suprimento em 1º de janeiro de 2018.
Jurandir Picanço, coordenador do Núcleo de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e presidente da Câmara Setorial de Energias Renováveis, avalia que a tendência dos leilões é que a maior parte da energia contratada seja eólica.

No leilão, 80% das negociações foi de fonte eólica. Deste percentual, 18% foram vendidos pela Tractebel. Para ele, o Ceará perdeu “um pouco de protagonismo” nos leilões passados para Bahia e Rio Grande do Norte. “Dessa vez, esses estados não foram contemplados com nenhum”, complementa.
Para Fernando Ximenes, presidente da Gram-Eollic, indústria de equipamentos eólicos, o resultado do leilão foi surpreendente. “O Ceará foi ótimo em um leilão que prevíamos que não tivesse lance. O setor eólico mostra a competitividade, mas, agora, o Governo praticamente não comprou”, avalia. Com energia negociada de mais esses quatro parques, o Estado contabiliza 105 usinas ou 2639,1 MW contratados.
No leilão, foram negociados 58,004 MWh. O preço médio ao final das comercializações foi de R$ 188,87 por MWh, com deságio de 2,27% em relação aos preços-teto estabelecidos para os produtos - uma economia de R$ 254,9 milhões para os consumidores de energia. O deságio foi de 5,1% (hidro), 2,4%(térmica) e 1,6% (eólica).
Participaram do certame 29 empreendimentos envolvendo investimentos de R$ 2,5 bilhões. Por fonte, foram comercializados sete usinas hidrelétricas (33,1 MW médios), duas térmicas à biomassa (20,7 MW médios), e uma usina a gás natural (22,7 MW médios), além de 19 usinas eólicas (237,8 MW médios) - somando 314,3 MW médios. Alcançou -se R$ 10,9 bilhões em contratos.
Complexo Santa Mônica
A implantação do Complexo Santa Mônica está em andamento e foi iniciada em 2014. A operação tem previsão para 2016. 
O Complexo conta com 36 aerogeradores de 2,7 MW cada, ou seja, 97,2 MW de capacidade instalada, o que alimenta 170 mil habitantes. “A energia gerada da entrada em operação, em junho de 2016, até 1º de janeiro de 2018 será comercializada no ACL (Ambiente de Comercialização Livre)”, explica o diretor-presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres.
Saiba mais
Hidrelétricas com energia contratada serão construídas em Minas, Rio Grande do Sul e Santa Catarina
Usinas térmicas serão construídas na Bahia. Movidas à biomassa, Rio Grande do Sul e São Paulo. Usinas eólicas, no Ceará, Maranhão e Piauí
A pavimentação de acessos dos quatro parques do Complexo: Cacimbas, Estrela, Ouro Verde e Santa Mônica, já foi concluída e o trabalho de concretagem das bases das torres foi iniciado

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