São Joaquim, na Serra, acumulou 190 mm de chuva desde quarta (16).
Em 19 horas, estado registrou mais 21 mil quedas de raios.
Desde o início das chuvas que atingem o estado desde a última quarta-feira (16), pelo menos 15 cidades já ultrapassaram o volume de chuva esperado para todo o mês de setembro, que costuma variar entre 130 e 150 milímetros. As regiões mais afetadas são o Sul e a Serra. As informações são da Central RBS de Meteorologia.
Desde quarta até a tarde desta sexta-feira (18), haviam registrado volumes elevados de chuva as seguintes cidades:
São Joaquim - 190 mm
Morro Grande - 188 mm
Ermo - 167 mm
Santa Rosa de Lima - 156 mm
Nova Veneza - 152 mm
Sombrio - 151 mm
Orleans - 146 mm
Jacinto Machado - 145 mm
Santa Rosa do Sul - 144 mm
Lages - 144 mm
Içara - 140 mm
Grão Pará - 140 mm
Laguna - 138 mm
São Martinho - 136 mm
Rio Fortuna - 127 mm
Morro Grande - 188 mm
Ermo - 167 mm
Santa Rosa de Lima - 156 mm
Nova Veneza - 152 mm
Sombrio - 151 mm
Orleans - 146 mm
Jacinto Machado - 145 mm
Santa Rosa do Sul - 144 mm
Lages - 144 mm
Içara - 140 mm
Grão Pará - 140 mm
Laguna - 138 mm
São Martinho - 136 mm
Rio Fortuna - 127 mm
Mais de 21 mil raios
Entre as 21h de quinta-feira (17) e as 16h desta sexta (18), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 21.562 quedas de raios. De acordo com a Central RBS de Meteorologia, Santa Catarina foi o estado que mais registrou quedas de raio no Brasil nesta sexta.
Entre as 21h de quinta-feira (17) e as 16h desta sexta (18), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 21.562 quedas de raios. De acordo com a Central RBS de Meteorologia, Santa Catarina foi o estado que mais registrou quedas de raio no Brasil nesta sexta.
Os três municípios que mais registraram quedas de raio no período foram Lages (652 raios), São Joaquim (477) e Urubici (305). Até a publicação desta reportagem, não havia informações sobre danos ou vítimas
Rio chegou a transbordar
O Rio Araranguá, na cidade de mesmo nome do Sul catarinense, chegou a transbordar nesta sexta e algumas ruas ficaram alagadas. Às 9h, o nível da água passou de 2,4 metros. O nível baixou rapidamente, porém, e às 15h estava em 2,25, segundo os bombeiros da cidade, que também teve problemas de deslizamentos ou erosão.
O Rio Araranguá, na cidade de mesmo nome do Sul catarinense, chegou a transbordar nesta sexta e algumas ruas ficaram alagadas. Às 9h, o nível da água passou de 2,4 metros. O nível baixou rapidamente, porém, e às 15h estava em 2,25, segundo os bombeiros da cidade, que também teve problemas de deslizamentos ou erosão.
A situação está sendo monitorada pela Defesa Civil. Segundo o coordenador do órgão, Paulo Roberto Oliveira, nenhuma família ficou desalojada ou desabrigada no município e a situação está dentro da normalidade.
"Esta água veio de Timbé do Sul e chegou cerca de 12 horas depois. Agora ela está baixando rapidamente por causa da vazão no mar, mas continua chovendo e estamos monitorando a situação", afirma.
O Rio Araranguá recebe a água de afluentes de outros municípios da região Sul, como Meleiro, Timbé do Sul, Jacinto Machado, Turbo e Ermo. Como continua a chover na região, a situação é de alerta. Na manhã desta sexta, a Defesa Civil estadual reforçou o aviso para o Sul catarinense.
A Defesa Civil informou que em vários municípios o solo está saturado e os rios cheios, por isso, reforça a atenção para risco de inundações, alagamentos e deslizamentos de terra.
Os municípios que requerem mais atenção, segundo a Defesa Civil estadual, na tarde desta sexta-feira, eram: Passos Maia, Água Doce, Mafra, Rio Negrinho, Corupá, Jaraguá do Sul, São Cristóvão do Sul, Ponte Alta do Norte, Lebon Régis, Frei Rogério,Curitibanos, Campos Novos, Mirim Doce, Agrolândia, Pomerode, Gaspar, Ilhota, Leoberto Leal, Major Gercino, Angelina, São Pedro de Alcantara.
Timbé do Sul
A Defesa Civil regional informou que Timbé do Sul foi um dos municípios mais atingidos no Sul do estado. Segundo Joselia Scot Pezente, coordenadora do órgão municipal, a situação na cidade melhorou em relação a quinta-feira.
A Defesa Civil regional informou que Timbé do Sul foi um dos municípios mais atingidos no Sul do estado. Segundo Joselia Scot Pezente, coordenadora do órgão municipal, a situação na cidade melhorou em relação a quinta-feira.
As aulas nas redes estadual e municipal foram retomadas. Das três comunidades que ficaram isoladas, apenas uma continua nesta situação porque a estrutura de uma ponte foi danificada. Não há registro de desalojados ou desabrigados.
Siderópolis
Na localidade de Da Boit, entre Siderópolis e Nova Veneza, aviários tiveram os telhados destruídos pelo granizo. Pela manhã, técnicos foram até as localidades e avaliaram os estragos. Rosinei da Silveira, coordenador da Defesa Civil estadual informou que seis aviários e quatro casas ficaram destelhados por causa da chuva de pedras, no município de Siderópolis. Ainda não há confirmação sobre o número de animais afetados.
Segundo a Defesa Civil regional, na manhã desta sexta, técnicos estavam avaliando estragos em outras cidades do Sul. Em Criciúma, o muro de uma escola caiu com o medidor da Celesc e bloqueou parte da rua e entrada. Será analisada a necessidade de interdição da área. Tubarão teve ruas alagadas.
Granizo, chuva e vento
A frente fria que atinge Santa Catarina fez com que pelo menos 50 cidades do estado registrassem chuva forte e alagamentos entre quarta (16) e a madrugada desta sexta-feira (18). O levantamento da Defesa Civil estadual, divulgado por volta da 8h, indica que ao menos 39 municípios tiveram granizo e 10 algum tipo de dano.
A frente fria que atinge Santa Catarina fez com que pelo menos 50 cidades do estado registrassem chuva forte e alagamentos entre quarta (16) e a madrugada desta sexta-feira (18). O levantamento da Defesa Civil estadual, divulgado por volta da 8h, indica que ao menos 39 municípios tiveram granizo e 10 algum tipo de dano.
O maior problema ficou concentrado no Sul catarinense, onde a chuva forte gerou alagamentos e deixou três cidades com localidades isoladas: Timbé do Sul, Jacinto Machado, Balneário Rincão. Em Orleans, Grão Pará e Timbé do Sul, as aulas chegaram a ser suspensas na quinta-feira para garantir a segurança de alunos e funcionários.
Outras cidades do estado tiveram algum tipo de problema por causa do granizo, chuva ou vento forte. Em Palhoça, na Grande Florianópolis, 80 telhados de casas ficaram danificados pela chuva de gelo. No Norte, Joinville teve a queda de um muro; Timbé, no Sul, também registrou deslizamento de um muro de contenção.
Em Frei Rogério e Monte Carlo, na Serra e Oeste, o granizo gerou danos para a agricultura. Dona Emma, no Vale do Itajaí, registrou vendaval e uma casa foi afetada.
Outras ocorrências foram em São Joaquim, mas não constam no relatório oficial. Bocas de lobo transbordaram e a água invadiu uma casa na parte alta da cidade. No bairro Jardim Bandeira, bombeiros também ajudaram moradores de uma casa invadida por um rio que transbordou. Pelo menos duas famílias ficaram ilhadas.
Já no Vale, em Itajaí, a Rua 7 de Setembro ficou alagada e teve que ser drenada. O trecho perto do terminal rodoviário precisou ser fechado.
Alerta segue até o final de semana
A Defesa Civil de Santa Catarina informou que o alerta de altos níveis de chuva, possibilidade de granizo e fortes ventos está mantido até o final de semana.
A Defesa Civil de Santa Catarina informou que o alerta de altos níveis de chuva, possibilidade de granizo e fortes ventos está mantido até o final de semana.
"Até [sexta] há possibilidade de chuva mais significativa, deve perdurar com mais intensidade. Sábado (19) ainda tem ocorrência de chuva, com menor intensidade", diz o diretor de Prevenção da Defesa Civil, major Fabiano Souza. Sul e a Serra são as regiões com maior precipitação, vento e ocorrência de granizo, mas todas as regiões devem ser afetadas.
De acordo com Souza, os moradores de regiões de áreas de risco devem prestar atenção aos sinais e acionar a Defesa Civil quando houver indícios de problemas.
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