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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 04 DE OUTUBRO DE 2015.

 São Francisco de Assis, o santo que desposou a pobreza
Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a “Senhora Pobreza”.
Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?”. Ele respondeu que ao amo. “Porque, então, transformas o amo em criado?”, replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: “Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas”.
Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes. A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria… Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho.
Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida. Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224.
Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas. O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.
São Francisco de Assis, rogai por nós!


04.10.2015
27º Domingo do Tempo Comum — ANO B
VERDE, GLÓRIA, CREIO – III SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "Portanto, o que Deus uniu o homem não separe" __
OUTUBRO: MÊS DAS MISSÕES - Todos Somos Missionários
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
Sugestão: Na porta de entrada os missionários (as) das Santas Missões Populares podem receber as pessoas aspergindo com água benta e perfumada lembrando o seu batismo e que todos são missionários e um aperto de mão desejando uma boa missa e missão e não esquecer do carinho especial com as crianças fazendo o sinal da cruz na testa delas; na ornamentação da Igreja, na porta principal e na procissão de entrada ou em outros momentos podemos utilizar: mapa do mundo ou globo terrestre, sandálias, cartaz do jubileu da Diocese, cruz, faixa das santas missões populares, bandeira das missões ou da Infância e Adolescência Missionária; cartaz das missões 2015; Imagem de Santa Terezinha, São Francisco Xavier e de São Francisco de Assis, se possível fazer um painel com fotos das santas missões populares realizadas neste ano e colocar logo na entrada da Igreja para ficar durante o mês inteiro e a cada semana coloca mais fotos ou trocar com outras fotos dinamizando o painel, ...
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Dia 01 de Outubro abrimos o mês missionário com Santa Terezinha padroeira das Missões, e hoje, dia de São Francisco de Assis, Patrono da Ecologia e grande Missionário. Além disso, é bom saber que desde 1926, com a instituição do penúltimo domingo do mês de outubro como Dia Mundial das Missões pelo papa Pio XI, intensificou-se em toda a Igreja, e em todas as Igrejas particulares, o apelo de renovar e direcionar o próprio ardor e vida missionária para além das próprias fronteiras, em dimensão universal. O tema “Missão é Servir” escolhido pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) para o mês missionário 2015 quer deixar claro que “Servir é uma das palavras que utilizamos na missão. Não existe missão se não tiver serviço, porque o serviço dá sentido à missão”. E hoje meditaremos o Cristo Missionário que questiona nossa dureza de coração e nos convida com o seu gesto, a sair ao encontro dos esquecidos, e como ele, abraçar e acolher as crianças, justamente discriminadas e pouco consideradas naquele tempo. Quem são os discriminados e esquecidos de hoje? Como missionários vamos também ao encontro delas e que Deus nos ilumine com a palavra e nos fortaleça com a Eucaristia.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Em nossas orações não nos esqueçamos de que neste domingo inicia-se, em Roma, e prosseguirá até o dia 25, a XIV Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, com o tema: “A vocação e a missão da família”. Em nossa Arquidiocese celebramos o Mês do Dízimo, que é um apelo bíblico para a manutenção digna da vida paroquial e da evangelização.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTERMais uma vez o Senhor nos reúne ao redor da mesa da Palavra e da Eucaristia. A celebração da Eucaristia é a união de todos os cristãos, em comunhão com Cristo e o Pai, na força do Espírito Santo. Hoje, de modo especial, celebramos o Mistério Pascal na ótica do amor conjugal, amor e fidelidade que envolve a vida do homem e da mulher na vida de Deus. Deus criou as pessoas para a comunhão e união, na igualdade de condições. Sem o outro, somos incompletos e inacabados. Outubro é o mês das missões, e por isso lembremo-nos sempre de que também todos nós somos missionários.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo e meditemos profundamente a liturgia de hoje!

Antífona de entrada:
Senhor, tudo está em vosso poder, e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 13,9ss)
Oração do dia
Ó Deus eterno e todo-poderoso, que nos concedeis, no vosso imenso amor de Pai, mais do que merecemos e pedimos, derramai sobre nós a vossa misericórdia, perdoando o que nos pesa na consciência e dando-nos mais do que ousamos pedir. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: As leituras de hoje apresentam uma temática sempre atual: a união matrimonial. Fruto do amor de um homem e uma mulher, o matrimônio aparece como projeto de Deus para a humanidade na busca da realização e da felicidade. Esse amor fiel, construído e fundamentado na doação e na entrega, será para o mundo um reflexo do amor de Deus para com o ser humano. Escutemos com amor as leituras de hoje, a fim de que sejamos iluminados pela Palavra de Deus e transformados por sua força libertadora.
Primeira Leitura (Gênesis 2,18-24)
Leitura do Livro do Gênesis
2 18 O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.”
19 Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome.
20 O homem pôs nomes a todos os animais, a todas as aves dos céus e a todos os animais dos campos; mas não se achava para ele uma ajuda que lhe fosse adequada.
21 Então o Senhor Deus mandou ao homem um profundo sono; e enquanto ele dormia, tomou-lhe uma costela e fechou com carne o seu lugar.
22 E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem.
23 “Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher, porque foi tomada do homem.”
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 127/128
O Senhor te abençoe de Sião cada dia de tua vida.
Feliz és tu se temes o Senhor
e trilhas seus caminhos!
Do trabalho de tuas mãos hás de viver,
serás feliz, tudo irá bem!
A tua esposa é uma videira bem fecunda
no coração da tua casa;
os teus filhos são rebentos de oliveira
ao redor de tua mesa.
Será assim abençoado todo homem
que teme o Senhor.
O Senhor te abençoe de Sião
cada dia de tua vida.
Para que vejas prosperar Jerusalém
e os filhos dos teus filhos.
Ó Senhor, que venha a paz a Israel,
que venha a paz ao vosso povo!
Segunda Leitura (Hebreus 2,9-11)
Leitura da carta aos Hebreus.
2 9 Mas aquele que fora colocado por pouco tempo abaixo dos anjos, Jesus, nós o vemos, por sua Paixão e morte, coroado de glória e de honra. Assim, pela graça de Deus, a sua morte aproveita a todos os homens.
10 Aquele para quem e por quem todas as coisas existem, desejando conduzir à glória numerosos filhos, deliberou elevar à perfeição, pelo sofrimento, o autor da salvação deles,
11 para que santificador e santificados formem um só todo. Por isso, (Jesus) não hesita em chamá-los seus irmãos.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho (Marcos 10,2-16)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Se amarmos uns aos outros, Deus em nós há de estar; e o seu amor em nós se aperfeiçoará (1Jo 4,12).

EVANGELHO (Marcos 10,2-16)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, 10 2 chegaram os fariseus e perguntaram a Jesus, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher.
3 Ele respondeu-lhes: "Que vos ordenou Moisés?"
4 Eles responderam: "Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher."
5 Continuou Jesus: "Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei;
6 mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher.
7 Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher;
8 e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne.
9 Não separe, pois, o homem o que Deus uniu."
10 Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto.
11 E ele disse-lhes: "Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira.
12 E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério."
13 Apresentaram-lhe então crianças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam.
14 Vendo-o, Jesus indignou-se e disse-lhes: "Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham.
15 Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará."
16 Em seguida, ele as abraçou e as abençoou, impondo-lhes as mãos.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, o sacrifício que instituístes e, pelos mistérios que celebramos em vossa honra, completai a santificação dos que salvastes. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Bom é o Senhor para quem confia nele, para aquele que o procura (Lm 3,25).
Depois da comunhão
Possamos, ó Deus onipotente, saciar-nos do pão celeste e inebriar-nos do vinho sagrado, para que sejamos transformados naquele que agora recebemos. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
“Creia que o melhor de Deus na sua vida ainda está por vir!”
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 05 A 11 DE OUTUBRO DE 2015:
2ª Vd – Jn 1,1-2,1.11; Sl Jn 2,2.3.4.5.8 ; Lc 10,25-37
3ª Vd – GJn 3,1-10; Sl 129 ; Lc 10,38-42
4ª Vd – At 1,12-14; Sl: Cânt. Lc 1, 46-55; Lc 1,26-38
5ª Vd – Ml 3,13-20a; Sl 1; Lc 11,5-13
6ª Br – Jl 1,13-15;2,1-2; Sl 9A; Lc 11, 15-26
Sb Vd – Jl 4,12-21; Sl 96 ; Lc 1 1, 27-28
Dom. Vd - 28º DTC: Sb 7,7-11; Sl 89(90); Hb 4,12-13; Mc 10,17-30 ou mais breve Mc 10,17-27 (Homem rico)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. QUE O HOMEM NÃO SEPARE...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Não há quem não goste de originalidade, é assim no mundo das artes e no processo de produção principalmente no ramo de auto peças. Peça original custa mais caro, justamente porque é original. Nas artes há o direito autoral, que visa assegurar entre outras coisas que a obra não será descaracterizada, pois caso isso venha a ocorrer, ela se torna uma falsificação e perde o seu valor.
Sobre a importância de uma peça original em um veículo, por exemplo, nem é preciso argumentar sobre a qualidade e o desempenho, além da sua vida útil, que é bem maior quando a mesma é original.
Nos anos 70, durante a “febre” dos produtos importados, quando se queria desdenhar do objeto de alguém, a gente dizia de maneira irônica que aquele objeto era do Paraguai, isso significava falsificado.
Fiz essa introdução porque me parece ser esta a “queixa” de Jesus em relação a Lei do divórcio, que tinha um embasamento religioso “no princípio Deus os fez Homem e Mulher, e o homem deixará pai e mãe, se unirá à sua mulher e os dois serão uma só carne”.
O texto é uma denúncia explícita sobre a “falsificação” que os homens fizeram da união do homem e da mulher, idealizada pelo Criador. Ás vezes deparo com casais em segunda união, cuja primeira fui eu quem assisti em nome da Igreja, que fazem questão de dizer que agora sim, são felizes. Na misericórdia ensinada por Jesus, não nos deve faltar a compreensão, mas lá no fundo eu volto aos meus tempos de jovem e digo para mim mesmo “É do Paraguai, não tem nada de original”.
Uma lei, mesmo de caráter religioso como era a Lei de Moisés, nunca poderá permitir a separação do casal, porque vai contra o Plano do Criador ao falsificar sua obra prima, tirando dela o seu traço mais original: o amor ágape, da entrega e doação um ao outro, do amor que busca o bem e a felicidade do outro, do amor capaz de renunciar-se a si mesmo, do amor que sabe ser fiel sem que isso represente um peso insuportável, do amor que busca constantemente o diálogo, a compreensão, o perdão, do amor que se alegra, que é sempre caridoso e compassivo. Essas virtudes fazem da união conjugal o sinal mais evidente do amor de Deus.
Na obra da criação nada há mais perfeito que o homem e a mulher, pois os rios, florestas, montanhas e planícies, na sua beleza e esplendor falam-nos de Deus, mas nunca serão à sua imagem e semelhança por isso, na criação do homem e da mulher, toda a obra da Criação é exaltada e atinge o seu cume.
Homem e mulher formam uma unidade perfeita, só comparável a união de Cristo e da sua Igreja, como ensina o Apóstolo Paulo. O próprio homem reconhece essa perfeição quando exclama, diante da mulher “Essa sim é osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Jesus não só confirma a legitimidade e autenticidade dessa união, como a coloca em nível de sacramento, tornando-a um sinal do Amor de Deus. Ninguém em sã consciência faltará ao respeito para com o Pavilhão Nacional, mesmo porque se for feito em público, o transgressor sofrerá punição da Lei, é isso que Jesus coloca como exortação a todos – Por isso o Homem não separe aquilo que Deus uniu.
Os discípulos não entenderam toda a magnitude da comunhão de vida entre o homem e a mulher, e em casa falaram reservadamente ao Mestre. Jesus vai então deixar bem claro “O homem que deixar sua mulher e se unir à outra, cometerá adultério contra a primeira, e se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério”.
Que nunca falte de nossa parte enquanto Igreja, a misericórdia e o acolhimento a tantos recasados, mas que também não falte a eles, a humildade de reconhecer que romperam um vínculo sagrado, preferindo falsificar uma união, porque não acreditaram no poder e na força da Graça que um dia receberam no altar, quando manifestaram diante de Deus a decisão de viverem juntos a vida inteira.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. Entrar na dinâmica do olhar divino sobre o ser humano
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Pe. Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas - http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=evangelho)
O nosso texto do evangelho de hoje é um “diálogo didático”, cuja finalidade é instruir os discípulos a se comportarem em conformidade com os ensinamentos de Jesus. A questão posta pelos fariseus a Jesus é mal-intencionada, pois querem colocá-lo à prova e encontrar um motivo para condená-lo à morte. A questão está baseada em Dt 24,1-3. Recorrendo ao projeto original de Deus (Mc 10,6-9; cf. Gn 1,27; 2,24; 5,2), Jesus rejeita uma interpretação em favor do divórcio. Nesse sentido, ele desautoriza a concessão mosaica para esse caso. A incapacidade de perdoar e de reconciliação diz respeito à “dureza do coração” que ameaça o povo de Deus. Jesus põe em pé de igualdade a condição do homem e da mulher. Mas a resposta de Jesus desconcerta os que queriam colocá-lo à prova, pois protege a parte mais frágil em semelhantes casos. Jesus recentra a questão não sobre a ordem jurídica, mas sobre a ordem da criação, sobre o Reino de Deus. Portanto, a questão fundamental é reconciliar tudo com o ideal do Reino de Deus, com o ideal cristão. Trata-se de entrar na dinâmica do olhar divino sobre o ser humano, tal qual pode ser apreendido pelos relatos da criação. Já em casa, algumas pessoas trazem crianças para que Jesus as toque. Toda situação é para Jesus ocasião de ensinar e transmitir algo do Reino de Deus, de sua pessoa e da situação
ou condição do discípulo. No tempo de Jesus, as crianças gozavam de respeito e eram bem tratadas. Se tivermos presente os relatos anteriores a este, poderemos notar um contraste entre as crianças levadas a Jesus e a resistência dos discípulos. O papel dos discípulos é conduzir as pessoas a Jesus (cf. Mc 2,1-12), e não impedi-las de se aproximar dele; por isso a indignação de Jesus. A ocasião serviu de oportunidade para Jesus ensinar aos seus discípulos que o Reino de Deus precisa ser acolhido como dom. O Reino de Deus está presente, em primeiro lugar, na pessoa de Jesus; é preciso acolhê-lo como dom do Pai sem opor nenhuma resistência. O exemplo das crianças serve para interpelar os discípulos à abertura generosa ao novo (cf. Mc 2,21-22). As crianças, em geral, são abertas e confiantes. Devemos imitá-las para acolher com simplicidade o Reino de Deus.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, que os casais cristãos compreendam a profundidade de sua união, obra do próprio Deus.
3. DEFESA DO MATRIMÔNIO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
O divórcio, prática comum na época, foi fortemente condenado por Jesus. Baseados na Lei mosaica, os maridos não tinham escrúpulos de se desfazer das próprias mulheres, mesmo por motivos banais. Os fariseus, com más intenções, sondaram Jesus para saber a opinião dele a esse respeito. No fundo, queriam saber como ele se posicionava diante da Lei: se a respeitava e se submetia a seus ditames, ou não.
A resposta de Jesus não permitiu aos fariseus concretizar seu intento. O Mestre retomou o relato da criação, fundamento bíblico do matrimônio, e explicitou o projeto de Deus a partir daí. Segundo a vontade divina, ele consiste numa união tão profunda entre homem e mulher, a ponto de atingir o auge da comunhão. Aí, a diversidade é superada por uma unidade indissolúvel, representada pela expressão: "serão os dois uma só carne". Na raiz desta união está o Pai. Ele é quem une. E o que for unido por ele não poderá dissolver-se.
Em última análise, Jesus estava afirmando que, quando se dá o divórcio, é porque, de fato, não houve matrimônio. Um homem que se sente à vontade para mandar embora sua mulher é porque não chegou a formar com ela uma só carne. Quando, porém, Deus une homem e mulher nada e ninguém tem o direito de desuni-los.
Oração
Senhor Jesus, que os casais cristãos compreendam a profundidade de sua união, obra do próprio Deus.Fonte:NPD Brasil/CBM

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