Número de mortos em Comayagua, centro do país, poderia ser maior.
Vítimas morreram queimadas e asfixiadas, segundo os bombeiros.
Danilo Orellana, chefe do sistema nacional de prisões, disse que o número de mortos chega a 200. O ministro da Segurança, Pompeyo Bonilla, confirmou a cifra.
Pelo menos 40 feridos teriam sido atendidos nos hospitais locais, segundo Orellana.
A agência Reuters afirma que, segundo as autoridades médicas locais, o número de cadáveres retirados do local chegaria a 272.
Bombeiros trabalham na penitenciária destruída por incêndio nesta quarta-feira (15) em Comayagua, centro de Honduras (Foto: AFP)
"Este é um relatório preliminar, pode haver muito mais mortos", afirmou
Lucy Marder, chefe do serviço forense em Comayagua, cidade que fica a
75 quilômetros da capital, Tegucigalpa.
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O fogo começou às 22h30 locais de terça-feira (2h50 de quarta em
Brasília), segundo Orellana, que declarou que não se tratou de uma
rebelião. Segundo ele, um detento poderia ter iniciado o fogo, ou teria
havido um curto-circuito.Mas os bombeiros afirmaram ter ouvido disparos dentro do prédio.
O fogo espalhou-se por vários blocos do presídio.
As vítimas morreram principalmente queimadas e asfixiadas, segundo os bombeiros.
A cadeira abriga cerca de 850 presos, de acordo com as autoridades.
As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas, segundo Orellana.
Chance de fuga
Segundo relatos, alguns detentos que conseguiram escapar das chamas aproveitaram para fugir da prisão pelo telhado.
A área do centro penal está fortemente protegida pelo Exército e pela polícia, e vários familiares dos presos permanecem do lado de fora da instituição à espera de notícias.
"Meu irmão Roberto Mejía estava no módulo seis. Disseram que todos desse módulo morreram", declarou Glenda Mejía, muito abalada.
A seu lado, Carlos Ramírez também esperava notícias de seu irmão, Elwin, detido por assassinato e que também se encontrava no módulo seis. "Não nos dizem nada", reclamou muito nervoso.
A prisão é um complexo agrícola localizado a 500 metros da estrada que une San Pedro Sula, a capital econômica de Honduras, e Tegucigalpa, a capital política.
Neste centro penitenciário os detentos se dedicam, entre outras atividades, ao cultivo de hortaliças e criação de porcos.
Em maio de 2004, mais de 100 presos morreram carbonizados em um incêndio no presídio de San Pedro Sula, devido, segundo as autoridades, a problemas estruturais da prisão.
Honduras conta com 24 estabelecimentos penitenciários com capacidade de albergar 8 mil pessoas, mas a população carcerária ultrapassa as 13 mil pessoas.
O país tem uma elevada taxa de homicídios, e o sistema prisional sofre com constantes brigas de gangues.fonte,G1,agência internacional/camocim belo mar blog
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