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domingo, 21 de dezembro de 2014

SIAMESAS SEGUEM INTERNADAS EM ESTADO GRAVE EM HOSPITAL DE GOIÂNIA-GO.


Elas respiram com a ajuda de aparelhos devido a uma pneumonia.
Unidas pelo tórax e abdômen, recém-nascidas compartilham o fígado.

Do G1 GO
Gêmeas siamesas nasceram unidas pelo tórax e abdomen em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Gêmeas siamesas nasceram unidas pelo tórax e
abdômen (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
As gêmeas siamesas Anny Beattriz e Anny Gabrielly, que nasceram unidas pelo tórax e abdômen, continuam internadas em estado grave no Hospital Materno Infantil (HMI) em Goiânia. A unidade de saúde informou, neste domingo (21), que elas não tiveram melhora e ainda respiram com a ajuda de aparelhos devido a uma pneumonia.
As gêmeas nasceram em 10 de dezembro e, desde então, seguem internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Na última quarta-feira (17) elas apresentaram piora, quadro que, segundo o médico Zacharias Calil,“foi o pior desde que nasceram”.
De acordo com o pediatra, as recém-nascidas compartilham o fígado e uma delas tem má formação renal.  Um exame feito no dia 12 identificou que, ao contrário do que foi avaliado antes do nascimento, as gêmeas não dividem o coração.“Os dois corações estão muito próximos. Por isso, deu essa impressão no primeiro exame. Agora, vendo em detalhe o fluxo de sangue nas artérias do coração, foi possível ver que elas possuem os corações separados”, explicou na ocasião o médico.
A mãe das siamesas, a agricultora Iara Pereira Dourado, de 24 anos, recebeu alta do hospital no dia 12. Ela e o marido, o também agricultor Jeiel dos Santos Guedes, 25, são de Ibipeba (BA) e, atualmente, moram na casa da cunhada dela.

Gestação
Anny Beattriz e Anny Gabrielly nasceram aos oito meses, em 10 de dezembro, no Hospital Materno Infantil. Segundo o pai das recém-nascidas, ele e a esposa ficaram sabendo que as filhas eram siamesas no sexto mês de gestação. “No sétimo mês, tivemos a certeza absoluta da situação delas e da gravidade. No oitavo mês, nós viemos para Goiânia”, relatou.
Segundo Jeiel, eles tomaram a decisão de vir para a capital goiana porque a região em que viviam não tinha estrutura para atender a complexidade relacionada a uma gestação que gêmeos siameses exigem.
Apesar da situação delicada, Jeiel está confiante e acredita no desenvolvimento das meninas. “No início, lógico que ficamos surpresos com a notícia, mas tivemos fé e força para seguir em frente. E elas são a força que precisamos agora”, disse no dia do nascimento das garotas.
Em entrevista ao G1, Iara afirmou que já sonha com a cirugia de separação das gêmeas. "Quando descobrimos que elas eram siamesas, meu único pedido é que elas viessem com saúde. Se for da vontade de Deus, creio que vai dar tudo certo", disse.

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