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quinta-feira, 5 de março de 2015

NO ACRE, KITS EMERGENCIAIS SÃO ENTREGUES PARA VÍTIMAS DA CHEIA.


Material faz parte dos 17 mil kits disponibilizados pela Defesa Civil Nacional. 
Kits de limpeza, higiene pessoal, infantis e cestas básicas foram entregues.

Do G1 AC
Governo acreano recebeu kits emergencias do governo federal na manhã desta quinta-feira (5) (Foto: Sérgio Valle/Agência de Notícias do Acre)Governo acreano recebeu kits emergencias do governo federal na manhã desta quinta-feira (5) (Foto: Sérgio Valle/Agência de Notícias do Acre)
O Ministério da Integração entregou, na manhã desta quinta-feira (5), kits emergenciais às famílias desabrigadas e desalojadas pela enchente do Rio Acre. Ao menos de três mil colchões e fraldas descartáveis foram entregues no pátio do 7º Batalhão de Engenheira e Construção (7º BEC), em Rio Branco, para as famílias afetadas pela enchente das cidades de Brasileia, Tarauacá e Xapuri. O material faz parte dos 17 mil kits disponibilizados pela Defesa Civil Nacional para ajudar as pessoas atingidas pela enchente histórica do Rio Acre. O rio segue vazando desde as 23 horas de quarta-feira (4) e está com a marca de 18,27 metros, na medição das 14 horas desta quinta-feira (5), segundo a Defesa Civil Estadual.
Durante todo dia serão entregues 3 mil kits infantis, mil fraldas geriátricas, 3 mil cestas de alimentos, 3 mil kits de higiene pessoal, 3 mil kits de limpeza e mil galões de água, além de kits de dormitório. O material entregue ficará sob a responsabilidade do Exército Brasileiro, que vai fazer a distribuição dos utensílios nos municípios. Ainda esta semana, serão entregues mais kits contendo água potável, cestas básicas e outros materiais enviados pelo governo federal.

De acordo com o ministro da Integração, Gilberto Occhi, todos os kits emergenciais disponibilizados pelo governo federal deverão ser entregues até o fim de semana.
"A partir de agora o governador Tião Viana assumiu o compromisso de enviar esses kits parcialmente ao municípios atingidos pela enchente. A partir da próxima semana todos os kits serão entregues às famílias. São 17  mil kits entre cestas básicas, que já saíram de Brasília, e outros utensílios", explica.
O estado acreano enfrenta a maior cheia já registrada na história. São mais 2.660 famílias desabrigadas, instaladas em 25 abrigos públicos.
População atingida pela cheia do Rio Acre em Rio Branco está desolada. Foto tirada no dia 4 de março. (Foto: Marcos Vicentti/PRMB)População atingida pela cheia do Rio Acre em Rio Branco está desolada. Foto tirada no dia 4 de março. (Foto: Marcos Vicentti/PRMB)
União reconhece calamidade pública
A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) reconheceu nesta quarta-feira (4) o estado de calamidade pública por rito sumário para as cidades de Rio Branco e Brasileia. Com isso, as ações de resposta devem ser feitas com mais agilidade. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (5). O Ministério da Defesa prometeu, nesta quarta-feira (4) ao governador Tião Viana o envio de 300 homens do Exército Brasileiro para dar apoio logístico à população durante a cheia.
Comerciantes tiveram que tirar produtos das lojas no camelódromo, em Rio Branco; Imagem desta quarta-feira (4) (Foto: Caio Fulgêncio/G1)Comerciantes tiveram que tirar produtos das lojas no
camelódromo. Imagem desta quarta-feira (4)
(Foto: Caio Fulgêncio/G1)
Pior desastre da história
No dia 1º de março, Rio Branco decretou estado de calamidade pública devido à cheia do Rio Acre. Desde então, o rio já alcançou mais de 50 bairros e desabriga 9,2 mil pessoas, até esta quarta. A cheia afeta diretamente quase de 87 mil habitantes.
Três pontes e seis ruas foram interditadas na região do Centro da cidade. Segundo a Eletrobras Distribuição Acre, mais 20.629 edificações tiveram a energia cortada. As aulas nas escolas públicas e particulares foram suspensas e o governo decretou ponto facultativo nas repartições públicas até sexta-feira (6).
Nesta quarta, a força da correnteza começou a ameaçar a Ponte Metálica e oito caçambas carregadas com brita foram colocadas sobre a estrutura para dar estabilidade. A entrada do Terminal Urbano também foi inundada pelas águas.
O rio também invadiu a Estação de Tratamento de Água (ETA II), no bairro Sobral, e um plano foi montado pelo Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) para evitar que a água chegue ao sistema de captação.

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