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domingo, 20 de janeiro de 2013

PRONOMES PESSOAIS DA NORMA PADRÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA.


Alguns critérios específicos, passíveis ao nosso conhecimento, demarcam o uso dos pronomes pessoais da norma padrão da língua portuguesa.




O uso dos pronomes pessoais da norma padrão da língua portuguesa se encontra submetido a alguns critérios específicos
O uso dos pronomes pessoais da norma padrão da língua portuguesa se encontra submetido a alguns critérios específicos
As elucidações que se firmam mediante o assunto posto em discussão convidam-nos a refletir acerca de um importante aspecto, que se deve ao fato de ospronomes pessoais indicarem uma das três pessoas do discurso, tanto do singular quanto do plural, ou seja:
EU/NÓS – A PESSOA QUE FALA
TU/VÓS – A PESSOA COM QUEM SE FALA
ELE/ELES – A PESSOA DE QUEM SE FALA
Quanto à função que desempenham, podem se classificar como pronomes pessoais do caso reto, ora funcionando como sujeito da oração. Assim, vejamos:
EU
TU
ELE/ELA
NÓS
VÓS
ELES/ELAS
Eugosto muito de você. (sujeito simples)
Atuando como complemento verbal (objeto direto ou indireto, agente da passiva, complemento nominal, adjunto adverbial, adjunto adnominal), classificam-se em pronomes pessoais do caso oblíquo, subdividindo-se em átonos e tônicos. Constatemos, pois:
Átonos: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
Tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.
Essas encomendas foram entregues a mim. (objeto direto)
Gostaria de lhe agradecer pelo favor. (objeto indireto)
Pronomes eu/tu – mim/ti
No que tange a tais pronomes, “eu” e “tu” desempenharão sempre a função sintática de sujeito, assim como nos exemplos:
Eu aceito o pedido de desculpas. (sujeito)
Já os pronomes “mim” e “ti” exercem a função sintática de complemento verbal ou nominal, agente da passiva, adjunto adverbial e sujeito acusativo, como evidenciado abaixo:
Não cabe a mim tomar essa decisão. (objeto indireto)
Essa decisão foi favorável a ti. (complemento nominal)
Pronomes se/si e consigo
Os pronomes em questão somente se classificam como reflexivos ou recíprocos – razão pela qual são empregados na voz reflexiva e na voz reflexiva recíproca. São exemplos:
Se você não se cuidar poderá ficar doente.
São egoístas as pessoa que só pensam em si.
Ela trouxe consigo lembranças de onde esteve.
Com nós, com vós, conosco e convosco
Por mais que pareçam estranhas as formas “com nós” e “com vós”, elas podem ser perfeitamente aplicáveis se à frente delas estiver indicando uma palavra que represente “somos nós” ou “quem sois vós”, assim como nos atestam os exemplos abaixo:
Falaram com nós todos acerca das mudanças que iriam ocorrer.
Desistiu de sair com nós dois por quê?
De ele ou dele? Do ou de o?
Chegou o momento de ele decidir se permanece ou não.
O fato de o professor não ter explicado representa o descompromisso. 
Saiba mais sobre esse assunto acessando o texto “De o ou do – de que forma empregá-los?”.

Quanto às funções sintáticas desempenhadas pelos pronomes oblíquos átonos “me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes”, essas podem assim se evidenciar:
* Objeto direto: Encontrei-o perambulando por aí. (encontrei quem? – ele)
* Objeto indireto: Peço-lhe desculpas. (peço desculpas a quem? A ele/ela)
* Adjunto adnominal: Na confusão roubaram-me os pertences. (os meus pertences)
* Complemento nominal: Foi-lhe favorável a sentença. (favorável a ele/ela)
* Sujeito acusativo: quando se manifestarem em um período composto formado pelos verbos “mandar, fazer, deixar, sentir, ouvir”, entre outros: Mande-me o relatório da empresa.
Em virtude de estarmos falando da norma padrão da língua portuguesa, eis que uma canção demonstra ser objeto de estudo: sob a autoria de Marisa Monte,Beija eu:
[...]
Beija eu!
Beija eu!
Beija eu, me beija
Deixa
O que seja ser...
[...]
Ao analisarmos a colocação do pronome pessoal do caso reto, “eu”, constatamos que se trata de um uso indevido, dada a condição de ele funcionar como sujeito, não como complemento (quando na verdade o correto seria beija-me). No entanto, em se tratando da licença poética concebida ao artista, possíveis desvios são tidos como intencionais, aceitáveis, portanto.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras.
fonte:Brasil Escola/camocim belo mar blog

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