Tenente Lara Carolina Duarte foi também a primeira colocada no concurso.
Provas incluem resistência física e emocional e duram quatro meses.
Lara Carolina, em frente a um helicóptero da PM do Grupamento Aéreo de Sorocaba (Foto: Raul Zito/G1)
"Estamos mostrando que também somos capazes, que temos total condição de preparar e assumir funções diferentes". Em entrevista ao G1 na base do Grupamento Aéreo de Sorocaba, sua cidade natal, Lara conta que realizou um sonho duplo: ser piloto e ser policial "Desde que veio a vontade de entrar para a Polícia Militar a minha intenção era entrar para o Grupamento Aéreo. Prestei ano passado e não tive êxito, mas continuei treinando e aguardando a abertura do concurso novamente."
A prova é oferecida exclusivamente para oficiais com dois anos de experiência. A primeira fase, eliminatória, é de testes físicos: subida na corda, abdominal, corrida, natação, flutuabilidade e pórtico (travessia em altura). A segunda consiste em provas psicológicas: dinâmicas de grupo, simulações de ocorrência e entrevistas.
"Sempre quis [pilotar]. Minhas intenções, estando na polícia, eram duas: queria voltar para minha cidade, sou de Sorocaba, e dando o tempo, prestar para o Grupamento Aéreo. É uma realização profissional e pessoal, ainda mais pelo fato de não ter piloto feminino no Estado de São Paulo."
Aos 27 anos, Lara diz que treinou uma hora e meia, de cinco a seis dias por semana, para as provas físicas. "Sou da opinião de que quando a pessoa quer, ela se dedica e consegue alcançar os objetivos."
Lara passou em primeiro lugar no concurso, que
tinha oito vagas (Foto: Raul Zito/G1)
A família achou um pouco estranho a escolha da filha pela área
policial. "Não venho de uma família militar. No começo, o pessoal achou
um pouco diferente, até por não ter contato direto. Mas assim que
mostrei como seria a realidade, tive total apoio. Quando começou o
concurso, que comecei a ir atrás desse sonho, eles apoiaram, torceram. O
pessoal foi acompanhando pelas redes sociais e me ligaram para me dar
os parabéns."tinha oito vagas (Foto: Raul Zito/G1)
Já o marido divide o sonho. "Ele também é policial, mas nos conhecemos ainda no mundo civil. Temos os mesmos ideais, e a aviação é uma afinidade."
No Facebook, Lara agradeceu a recepção de todos a sua volta. "É gratificante demais ver como as pessoas receberam a notícia. Pra mim é um dos melhores momentos da vida", contou a futura piloto do Águia.fonte:g1 sp/camocim belo mar blog
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