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domingo, 21 de setembro de 2014

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 21 DE SETEMBRO DE 2014,.

 São Mateus, apóstolo e evangelista
A Igreja celebra hoje, de forma especial, a vida de São Mateus apóstolo e evangelista, cujo nome antes da conversão era Levi. Morava e trabalhava como coletor de impostos em Cafarnaum, na Palestina. Quando ouviu a Palavra de Jesus: “Segue-me” deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã!
Mateus era um rico coletor de impostos e respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Encontramos no Evangelho de São Lucas a pessoa de Mateus que prepara e convida o Mestre para a grande festa de despedida em sua casa. Assim, uma numerosa multidão de publicanos e outros tantos condenados aos olhos do povo, sentaram-se à mesa com ele e com Àquele que veio, não para os sãos, mas sim para os doentes; não para os justos, mas para os pecadores. Chamando-os à conversão e à vida nova.
Por isso tocado pela misericórdia Daquele a quem olhou e amou, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro fazendo o bem.
É no Evangelho de Mateus que contemplamos mais amplamente trechos referentes ao uso do dinheiro, tais como:
“Não ajunteis para vós, tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem.” e ainda:“Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.”
Com Judas, porém, ficou o encargo de “caixa” da pequena comunidade apostólica que Jesus formava com os seus. Mateus deixa todo seu dinheiro para seguir a Jesus, e Judas, ao contrário, trai Jesus por trinta moedas!
Este apóstolo a quem festejamos hoje com toda a Igreja, cujo significado do nome é Dom de Deus, ficou conhecido no Cristianismo nem tanto pela sua obra missionária no Oriente, mas sim pelo Evangelho que guiado pelo carisma extraordinário da inspiração pôde escrever, entre 80-90 na Síria e Palestina, grande parte da vida e ensinamentos de Jesus. Celebramos também seu martírio que acabou fechando com a palma da vitória o testemunho deste apóstolo, santo e evangelista.
São Mateus, rogai por nós!


21.09.2014
SETEMBRO - MÊS DA BÍBLIA
25º Domingo do Tempo Comum — ANO A
VERDE, GLÓRIA, CREIO – I SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "Amigo, eu não fui injusto contigo...
Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?" __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Neste terceiro domingo do mês da Bíblia, Jesus nos conta a parábola dos operários da última hora que recebem tanto quanto os que trabalharam o dia todo. Temos difi culdade para aceitar essa mensagem. É que o amor de Deus supera os nossos critérios de justiça. Jesus nos ensina, primeiro, que ele precisa do trabalho de todos; segundo, que ele paga a todos o salário que tinha sido combinado e que é sufi ciente para alimentar toda a família; terceiro, mostra sua generosidade para com os últimos porque estes também precisam de uma moeda de prata para sobreviverem. E quem é que sabe quem são os operários da última hora? Pode ser cada um de nós.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Somos todos engajados no discipulado de Jesus e na missão, não importando quem veio primeiro ou quem chegou depois. O que importa é a fé que age no amor aqui e agora. Esse é um dado fundamental da justiça de Deus, cujos caminhos e pensamentos não são iguais aos nossos. Assim nos ensinam as Escrituras. Aproveitemos para nos preparar para o Dia Nacional da Bíblia, no próximo domingo.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A interpretação da leitura proposta pelo próprio Cristo para a parábola encontra-se no versículo 15. A acusação feita ao senhor da vinha (Deus) é de ser injusto, acusação esta já formulada pelo filho mais velho ao pai do filho pródigo, acusação dos "bons" judeus ao ouvir a doutrina da retribuição, acusação de Jonas pelo perdão concedido por Deus a Nínive pagã. Em cada um desses casos, os textos opõem a justiça de Deus, concebida à maneira dos homens, sua atitude misericordiosa, nova para os homens. A esta objeção, Cristo responde: o senhor da vinha é "justo" (à maneira humana) com os primeiros, pois lhes dá o que havia combinado, e é "justo" com os últimos (à maneira divina), porque não assumira com eles nenhum compromisso de salário. Afirma-se assim, o primado de Deus: sua maneira de agir não contrasta com a justiça humana, mas a transcende totalmente pelo amor. É preciso perdoar sempre!.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, entoemos cânticos jubilosos ao Senhor!

SANTA CRUZ DE CRISTO
Antífona da entrada: Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se clamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.
Oração do dia
Ó Pai, que resumistes toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: A principal fi nalidade de aceitar o convite para trabalhar na vinha do Senhor é abandonar a mentalidade da praça para cultivar, na comunidade, a mentalidade do Evangelho. É ampliar o mesmo convite do dono da vinha para que os pensamentos humanos sejam trocados pelos pensamentos divinos. Ouçamos as leituras que nos revelam como a justiça de Deus se manifesta na igualdade de oportunidades.
Primeira Leitura (1 Isaías 55,6-9)
Leitura do livro do profeta Isaías.
55 6 Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto.
7 Renuncie o malvado a seu comportamento, e o pecador a seus projetos; volte ao Senhor, que dele terá piedade, e a nosso Deus que perdoa generosamente.
8 Pois meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor;
9 mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 144/145
O Senhor está perto da pessoa que o invoca!

Todos os dias haverei de bendizer-vos,
hei de louvar o vosso nome para sempre.
Grande é o Senhor e muito digno de louvores,
e ninguém pode medir sua grandeza.

Misericórda e piedade é o Senhor,
ele é amor, é paciência, é compaixão.
O Senhor é muito bom para com todos,
sua ternura abraça toda criatura.

É justo o Senhor em seus caminhos,
é santo em toda obra que ele faz.
Ele está perto da pessoa que o invoca,
de todo aquele que o invoca lealmente.
Segunda Leitura (Filipenses 1,20-24.27)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
Irmãos, 1 20 meu ardente desejo e minha esperança são que em nada serei confundido, mas que, hoje como sempre, Cristo será glorificado no meu corpo (tenho toda a certeza disto), quer pela minha vida quer pela minha morte.
21 Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro.
22 Mas, se o viver no corpo é útil para o meu trabalho, não sei então o que devo preferir.
23 Sinto-me pressionado dos dois lados: por uma parte, desejaria desprender-me para estar com Cristo - o que seria imensamente melhor;
24 mas, de outra parte, continuar a viver é mais necessário, por causa de vós.
27 Cumpre, somente, que vos mostreis em vosso proceder dignos do Evangelho de Cristo. Quer eu vá ter convosco quer permaneça ausente, desejo ouvir que estais firmes em um só espírito, lutando unanimemente pela fé do Evangelho.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vinde abrir o nosso coração, Senhor; ó Senhor, abri o nosso coração, e então do vosso filho a palavra poderemos acolher com muito amor! (At 16,14).


EVANGELHO (Mateus 20,1-16)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 20 1 Jesus contou esta parábola a seus discípulos: "Com efeito, o Reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar operários para sua vinha.
2 Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para sua vinha.
3 Cerca da terceira hora, saiu ainda e viu alguns que estavam na praça sem fazer nada.
4 Disse-lhes ele: ‘Ide também vós para minha vinha e vos darei o justo salário’.
5 Eles foram. À sexta hora saiu de novo e igualmente pela nona hora, e fez o mesmo.
6 Finalmente, pela undécima hora, encontrou ainda outros na praça e perguntou-lhes: ‘Por que estais todo o dia sem fazer nada?’
7 Eles responderam: ‘É porque ninguém nos contratou’. Disse-lhes ele, então: ‘Ide vós também para minha vinha’.
8 Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse a seu feitor: ‘Chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos até os primeiros’.
9 Vieram aqueles da undécima hora e receberam cada qual um denário.
10 Chegando por sua vez os primeiros, julgavam que haviam de receber mais. Mas só receberam cada qual um denário.
11 Ao receberem, murmuravam contra o pai de família, dizendo:
12 ‘Os últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes tanto como a nós, que suportamos o peso do dia e do calor’.
13 O senhor, porém, observou a um deles: ‘Meu amigo, não te faço injustiça. Não contrataste comigo um denário?
14 Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti.
15 Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom?’
16 Assim, pois, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, nós vos pedimos, as oferendas do vosso povo, para que possamos conseguir por este sacramento o que proclamamos pela fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Eu sou o bom pastor: conheço minhas ovelhas e minhas ovelhas me conhecem, diz o Senhor (Jo 10,14).
Depois da comunhão
Ó Deus, auxiliai sempre os que alimentais com o vosso sacramento para que possamos colher os frutos da redenção na liturgia e na vida. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
AD GENTES: A IGREJA MISSIONÁRIA
No capítulo segundo, é desenvolvida a temática da “obra missionária. A Igreja deve dirigir-se a tods. Primeiramente elo testemunho cristõa de vida e caridade. Depois, através a pregação do Evangelho e da reunião do povo de Deus. (Darlei Zanon. Fonte: Palara ler o Concílio Vaticano II, Paulus 2012).
O próximo Sínodo dos Bispos
O Papa Francisco convocou a 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, com o título: “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”, para 05 a 19 de outubro de 2014. Sínodo dos Bispos é uma reunião de vários dias, convocada pelo Papa, com Bispos convidados do mundo todo, para tratar de determinado assunto da Igreja, de doutrina ou de pastoral (família, Eucaristia, sacerdotes, etc). Há os Sínodos ordinários a cada quatro anos e os extraordinários que o Papa convoca a qualquer tempo. Após o Sínodo, o Papa emite um documento chamado Exortação Apostólica, na qual resume e aprova as principais conclusões às quais os Bispos chegaram durante as reuniões.
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto: http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 22 A 28 DE SETEMBRO DE 2014:
2ª Vd - Pr 3,27-34; Sl 14(15); Lc 8,16-18
3ª Br - Pr 21,1-6.10-13; Sl 118(119) ; Lc 8,19-21
4ª Vd - Pr 30,5-9; Sl 118(119); Lc 9,1-6
5ª Vd - Ecl 1,2-11; Sl 89(90); Lc 9,7-9
6ª Vd - Ecl 3,1-11; Sl 143(144); Lc 9,18-22
Sb Br - Ecl 11,9-12,8; Jr 89(90); Lc 9,43b-45
Dom.-Vd: 26º DTC Ez 18, 25-28; Sl 24(25); Fl 2, 1-11 (Os dois filhos diferentes)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A desconcertante Justiça de Deus: A VINHA DO SENHOR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
O Sindicalista conversa com Mateus, tentando ajudá-lo a entender a reclamação dos operários da primeira hora.
Sindicalista - Olha Mateus, vamos e convenhamos, o pessoal que ralou o dia inteiro merecia um salário melhor, trata-se de uma jornada de trabalho desigual, é uma questão de mérito.
Mateus - Olha, aqui não é questão de mérito, mas sim do que foi combinado, escrito no contrato de trabalho, foi ajustado um Denário por dia, que, aliás, é o salário comumente pago por um dia de trabalho, com esse valor dá para comprar oito quilos de pão... Não há nada de errado.
O Teólogo entrou na conversa: Mateus, esse sindicalista não pegou o espírito da "coisa", para mim o Senhor está atirando no passarinho para acertar no Coelho, o alvo é outro, não é?
Mateus (sorrindo) - Sim, as lideranças da nossa religião judaica pensavam assim, que a nossa raça era a escolhida, a predileta de Deus Eterno, isso começou logo depois do Exílio na reconstrução do templo, eles queriam algo mais de Deus, do que o restante dos homens possivelmente pensava em maiores bênçãos em bens materiais e patrimônio, para serem prósperos... E coisas assim.
Teólogo - E o que seria hoje esse Um Denário que é a mesma paga de Deus a todos os homens?
Mateus - Ah sim, é o Amor do Deus Eterno, que ao ser manifestado em Jesus de Nazaré, perde o seu particularismo judaico e é oferecido a toda humanidade na forma de Salvação, coisa que os nossos mais tradicionais não conseguiam engolir...
Teólogo: E a conclusão desse ensinamento então...
Mateus - Uma conclusão óbvia, Deus ama a todos os homens, e os assiste com a sua graça de acordo com a necessidade de cada um, e não por aquilo que fazem de bom ou de mal, ou que deixam de fazer... A Salvação é pura iniciativa do Pai Eterno, nossas ações em nada conseguem mudar essa ação amorosa de Deus na nossa vida e na vida das pessoas. Temos assim o privilégio de ser colaboradores de Deus, como o homem sempre foi na construção do Reino e na História da Salvação...
Considerações:
Quem já ficou desempregado meses a fio a espera de uma vaga, sabe o quanto esta é uma experiência triste, a reserva financeira vai se acabando, as despesas vão sendo cortadas e só se mantém o essencial, e se a vaga demora a chegar, até aquilo que é essencial, como a alimentação, por exemplo, vai começando a rarear. Não tendo nem o essencial para dar à família, o desempregado vai aos poucos perdendo a auto-estima, começa a andar pelas ruas e praças meio sem destino, ou então, o que é pior, torna-se freqüentador dos botecos da vida, onde se joga muita conversa fora e reclama da situação, tomando “umas e outras” que algum amigo oferece, um conhecido contou-me que se tornou um alcoólatra quando ficou desempregado, ficar sem fazer nada não é coisa boa, pois dizem até que “mente ociosa é oficina do capeta”.
Fiz esta introdução porque me parece ser esta a situação do pessoal da última hora, mencionado nesse evangelho, e que deviam estar bem desanimados quando foram para a praça no final de tarde, jogar conversa fora ou quem sabe, “bater um truquinho”. A colheita em uma vinha carecia de muita mão de obra e para os desempregados era uma ótima oportunidade para ganhar uns “cobres”. Nos que buscam uma oportunidade, sempre há os madrugadores, que acreditam naquele ditado “Quem madruga, Deus ajuda”, eles botam fé em seu potencial e se colocam a disposição bem cedo, para serem logo contratados.
Há os que já estão meio calejados e que dormem um pouco mais, mas às nove horas já estão na praça, à espera de quem os contrate, pois também se julgam eficientes. Não faltam aqueles que só acordam para o almoço, mas ouvindo falar que tem vaga na empreitada, preparam um “miojo” para não perder muito tempo, e vão voando para a praça, nem que seja ao Meio Dia, pois acreditam que também têm chance. A notícia corre rápida e chega até a turma do “Ainda resta uma esperança”, que também animados resolvem arriscar e vão para a praça às três horas da tarde, dando a maior sorte porque acabaram também contratados.
Mas agora, falemos dos desanimados, que já estão a tempo vivendo de JURO, “juro que vou pagar”, para não sucumbirem, assumiram dívidas com o padeiro, açougueiro, leiteiro, verdureiro, aquele dia para eles já está perdido e então vão para a praça às cinco da tarde, só para saber se há alguma novidade, e são surpreendidos pelo Dono da empreiteira, que os interroga, porque estão ali parados, sem fazer nada... Ninguém nos contratou, não temos nenhum valor, ninguém presta atenção no nosso sofrimento, ninguém nos confia um serviço, onde possamos ganhar o pão para o nosso sustento! E foi assim a ladainha de lamentações. A Turma das cinco nem acreditou, quando o Patrão mandou que fossem para a vinha, juntar-se aos outros trabalhadores. Certamente pensaram que fossem fazer Terceira turma, mas às dezoito horas em ponto, soou o apito e a jornada de trabalho acabou, trabalharam só uma hora, não ia dar nem para o leite e o filãozinho... Pensaram os trabalhadores. Então veio a surpresa agradável, foram os primeirões a receber e ganharam uma moeda de prata, que dava para fazer a compra do mês e ainda pagar umas contas, imaginem a alegria desses trabalhadores de última hora.
O clima era de festa e alegria quando a turma dos Madrugadores, profissionais competentes, que deram duro o dia inteiro, desde o nascer do sol, armou o maior barraco e chamaram o sindicato, pois não acharam certo receber apenas uma moeda de prata, tinham plena certeza de que iriam receber muito mais, pois se julgavam merecedores, mas o Patrão os lembrou sobre o contrato assinado: o pagamento da diária seria uma moeda de prata.
Na religião de Israel e no cristianismo de hoje, acontece a mesma coisa, o título de cristãos e o fato de ser membro de uma igreja, faz com que as pessoas sintam-se privilegiadas diante de Deus, merecedores de sua graça, do seu amor, das suas bênçãos e de todos os seus favores, se a pessoa atua em alguma pastoral ou movimento, então aumenta a obrigatoriedade de Deus atender. Infelizmente é essa a imagem que muitos fazem de Deus, que sempre surpreende os que buscam conhecê-lo melhor.
Na parábola em questão, contratou pessoas sem nenhum valor, e que, entretanto, apesar de terem chegado muito depois dos Madrugadores, foram alvos da mesma atenção e receberam o mesmo tratamento. Na verdade, ao invés de sermos a imagem e semelhança de Deus, muitas vezes projetamos Nele a nossa imagem e semelhança, para que seja bom com quem mereça, que trate as pessoas a partir dos seus merecimentos, o que na lógica humana é muito justo. Porém, o amor e a justiça de Deus vai sempre buscar os últimos, os renegados, o que não tem mais nenhuma chance diante da sociedade “perfeita” ou da religião padrão, os que não têm o que fazer porque ainda não acharam um sentido para suas vidas. Os desprezados, tratados com frieza e que nunca são levados a sério.
E quando descobrimos que Deus os ama tanto quanto a nós, que nos julgamos “justos” em vez de fazermos com eles uma grande festa, manifestando alegria, agimos como o irmão mais velho do Filho Pródigo: derrubamos o beiço e nos recusamos a entrar na casa do Pai, isso é, a vivermos na comunhão com Deus, ao lado dos trabalhadores da última hora, sonhamos com um céu especial e nos frustramos ao ver que o coração de Deus, cheio de misericórdia, manifestada em Jesus, há lugar para todos os homens...
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. Deus está perto de nós
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Onde está Deus, quando sofremos? Na nossa desolação, onde encontrar Deus? São perguntas que o trecho do livro do profeta Isaías busca responder. Este trecho do livro do profeta Isaías retrata a situação de desolação dos exilados, membros do povo de Deus, na Babilônia.
Os longos anos do exílio faziam com que perdessem a esperança de um dia retornarem à Israel. Com isso, sentiam igualmente que Deus os tinha abandonado e se esquecido deles. A voz inspirada do profeta se levanta para dar ânimo: o Senhor se deixa encontrar, pois, Ele está perto (Is 55,6).
Quando sofremos, em qualquer situação, Deus está perto de nós; e, se sofremos, Deus sofre com o nosso sofrimento. A vida do seu povo, a vida de cada um em particular, interessa a Deus. Mas é preciso abandonar a impiedade, isto é, um modo de proceder e agir que semeia o joio da maldade no seio mesmo da comunidade de fé, desestimulando os membros do povo de Deus da confiança no seu Senhor. É preciso centrar a vida e a esperança no desígnio salvífico de Deus.
Temos algum direito sobre a salvação? A salvação é oferecida a uns e não a outros? Deus faz distinção de pessoas? A salvação é retribuição pelo bem realizado? Na parábola dos operários da undécima hora, é o próprio patrão, dono da vinha, que em diferentes horas do dia sai às praças chamando os operários para o trabalho na sua vinha, até a última hora da jornada de trabalho.
Em todos os tempos e a todos, indistintamente, Deus chama para participar da sua própria vida. A salvação é um dom: é o dono da vinha que chama operários para o trabalho na vinha.
A murmuração dos que foram chamados primeiro a trabalhar na vinha, contra o patrão que pagou o mesmo salário para os últimos admitidos, é a expressão da dificuldade vivida pela comunidade cristã primitiva, sobretudo, entre judeo-cristãos e cristãos oriundos do mundo pagão. Todos igualmente recebem o dom da salvação, sem nenhum privilégio ou direito de precedência? Sim! Pois o verdadeiro salário não é contrapartida do trabalho realizado na vinha; o verdadeiro salário, isto é, a verdadeira recompensa, é ter sido chamado e admitido no Reino de Deus.
O verdadeiro salário está em ser chamado a participar da vida divina. O amor de Deus não segue a lógica matemática de nossas atitudes: “meus planos não são vossos planos, vossos caminhos não são meus caminhos” (Is 55,8).
A salvação é dom de Deus e, como tal, ela deve ser recebida e vivida.
ORAÇÃO
Pai, que eu jamais me deixe levar pelo espírito de ambição e de rivalidade, convencido de que, no Reino, somos todos iguais, teus filhos.
3. O VERDADEIRO PAGAMENTO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
As parábolas narrativas são caracterizadas por sua extensão e por seus detalhamentos. Esta de hoje é exclusiva de Mateus.
No cenário aparecem o dono da vinha, imagem característica na tradição de Israel, e os trabalhadores desocupados na praça, cena característica de uma cidade grega. Uma parábola dá margem a uma pluralidade de interpretações. Estes "desocupados" não eram indolentes, mas curtiam a amargura da busca de um trabalho para a sobrevivência diária, excluídos pelo sistema social.
Comumente se vê na parábola a expressão da simples generosidade do proprietário que convocou os operários. Com pena dos últimos, decidiu dar-lhes o mesmo que aos outros. Outra interpretação pode ser a compreensão do significado do trabalho.
O trabalho não é mercadoria que se vende, avaliado pela eficiência do trabalhador que produz. O trabalho é o meio de subsistência das pessoas e da família, bem como é serviço à comunidade, pela partilha de seus frutos. Todos têm direito ao essencial para a sua sobrevivência.
Na parábola, a todos foi dado o necessário para a sobrevivência de um dia, independentemente da quantidade de sua produção. O fruto do trabalho é uma extensão do próprio trabalhador. A venda deste fruto por um salário é uma alienação da dignidade do trabalhador e da trabalhadora. É vender uma parte do seu ser, uma extensão de seu próprio corpo, para a acumulação de riqueza e prazer de outro.
A conversão da injustiça para a justiça é o seguimento do caminho de Deus (primeira leitura) que leva à prática de uma cidadania no resgate da dignidade humana e da vida (segunda leitura).Fonte:NPD Brasil/CBM.
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