WORKSHOP
Fortaleza. O Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE) e a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adagri) realizaram, ontem, o lançamento do Fórum Estadual de Combate ao uso Irregular de Agrotóxicos. A medida foi exposta ao público durante o workshop "Agrotóxicos e segurança alimentar", no prédio da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), na Capital.
"A proposta do fórum, que será realizado no próximo dia 31 de outubro, é traçar estratégias de controle ao uso de produtos químicos nas lavouras, já que o Brasil é, desde 2008, o país que ostenta a posição de maior consumidor de agrotóxico do mundo", diz a promotora Socorro Brilhante, coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do MP.
Durante o workshop, a Adagri teve a oportunidade de explicar suas atribuições, que incluem a regulação e a fiscalização das atividades agropecuárias do Ceará. O órgão estadual tem como finalidade elevar a segurança e a competitividade dos produtos cearenses oriundos da agricultura e da pecuária, com base no desenvolvimento de ações integradas desde a fazenda até o consumidor.
O fórum estadual promovido pelo MP-CE faz parte de uma ação nacional, realizada concomitantemente em 10 Estados pelo Conselho Nacional do Ministério Público.
No Ceará, a iniciativa recebe o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), do Ministério Público Federal (MPF), da sociedade civil e dos órgãos de controle ambientais, como a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) e o Ibama. Problemas decorrentes do uso indiscriminado de agrotóxicos em alimentos são acompanhados de perto pelo Diário do Nordeste, por meio de coberturas especiais, inclusive, algumas premiadas em concursos jornalísticos.
Em 2013, a série de reportagem "Viúvas do Veneno" revelou o impacto dos produtos químicos na saúde de trabalhadores do Nordeste, especialmente no Ceará. Durante sete anos, o repórter Melquíades Júnior investigou casos de contaminação e acompanhou, de forma exclusiva, pesquisas científicas pioneiras no País, relacionando o uso de agrotóxicos a diversas doenças, como vários tipos de câncer.
A reportagem foi finalista nacional do Prêmio Esso de Jornalismo e vencedor nacional do Grande Prêmio HSBC de Jornalismo e Sustentabilidade, em São Paulo.https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2556864432713944326#editor/target=post;postID=3101497782386144975
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