Em 15 dias, seis açudes cearenses passaram a ter volume morto e um ficou seco. O diagnóstico é resultado de uma quadra chuvosa fraca e insuficiente para compensar as perdas que os reservatórios têm sofrido. Agora são 32 os açudes com volume morto. Entraram na lista: Cupim, Desterro, Jatobá II, Genipapeiro, Riacho do Sangue e Vieirão. E saiu da lista o açude Faé, que secou.
A conjuntura, entretanto, é mais do que suficiente para alertar sociedade civil e Governo para a possibilidade de crises piores nos próximos anos.
A realidade serviu de base para que, ontem, durante o Fórum Cearense dos Comitês de Bacias Hidrográficas, pudessem ser pontuadas as localidades mais afetadas pela seca. Segundo os representantes dos comitês, os sertões de Crateús, Banabuiú, Inhamuns e São Luís do Curu necessitam de assistência em caráter emergencial.
Considerando esse panorama, o fórum definiu a necessidade de se intensificar campanhas educativas sobre o uso da água e de se investir na implantação de novas tecnologias para solucionar problemas de abastecimento.
Alcides Duarte, coordenador-geral dos comitês, diz que o Estado deveria designar equipes para avaliar a adequação de experiências que dão certo em outros países que sofrem com a escassez de chuvas. “É preciso conhecer, pesquisar, alocar recursos para investir”, ponderou. (Luana Severo)
Fonte: O Povo
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