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quinta-feira, 11 de julho de 2013

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 14 DE JULHO DE 2013

— São Camilo de Léllis
Nasceu no ano de 1550 na Itália. Filho de pai militar, também seguiu essa carreira, mas não pode prosseguir devido a um tumor em um dos pés. Recorreu ao hospital de São Tiago em Roma, onde viveu sua compaixão pelos outros doentes.
Porém, ele deu um 'sim' ao pecado, entregando-se ao vício do jogo, onde perdeu tudo e ficou na miséria total. Saiu do hospital devido o seu temperamento. Foi de hospital em hospital para cuidar de sua ferida, até bater na porta dos franciscanos capuchinhos e ali quis trabalhar na obra de Deus.
Com 25 anos começou o seu processo de conversão. No hospital em Roma, Deus suscitou nele a santidade de ver nos doentes a pessoa de Cristo e também o carisma dos 'Camilianos'. Camilo também viveu uma bela amizade com São Felipe Néri.
Entrou para os estudos, foi ordenado sacerdote, e vendo a realidade dos peregrinos de Roma, que não tinham uma assistência médica digna, foi brotando nele o carisma de servir a Cristo na pessoa do doente, do peregrino. E muitos se juntaram a ele nessa obra. Em cada sofredor está a presença do Crucificado.
São Camilo partiu para o céu em 1614.
São Camilo de Léllis, rogai por nós!


14.07.2013
15º Domingo do Tempo Comum — ANO C
VERDE, GLÓRIA, CREIO – III SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "Torne-se próximo de seu irmão necessitado" __

SEMANA MISSIONÁRIA PRÉ-JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A Liturgia deste domingo nos confrontará com o ensinamento de Jesus sobre o amor fraterno, supremo mandamento da vida cristã. Trata-se, sem sombra de dúvida, do ponto fulcral, isto é, decisivo da vida cristã. Jesus Cristo é a imagem visível do Deus invisível, aquele que realizou em nosso benefício tudo o que o Pai tinha previsto fazer. Na humanidade de Jesus feito pão e vinho, "frutos da terra e do trabalho humano", descobrimos o rosto misericordioso do Pai. Por isso, na Eucaristia aprendemos que a lei de Deus é a lei da vida. Ela não está fora do nosso alcance, pois com as mãos tocamos e com a boca saboreamos o dom que nos é feito. Celebramos, portanto, o amor que se tornou mais próximo e mais intimo a nós que a nós próprios, conscientes de que quem ama descobre logo a quem amar.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: A Liturgia deste domingo nos confrontará com o ensinamento de Jesus sobre o amor fraterno, supremo mandamento da vida cristã. Trata-se, sem sombra de dúvida, do ponto fulcral, isto é, decisivo da vida cristã. Jesus Cristo é a imagem visível do Deus invisível, aquele que realizou em nosso benefício tudo o que o Pai tinha previsto fazer. Na humanidade de Jesus feito pão e vinho, "frutos da terra e do trabalho humano", descobrimos o rosto misericordioso do Pai. Por isso, na Eucaristia aprendemos que a lei de Deus é a lei da vida. Ela não está fora do nosso alcance, pois com as mãos tocamos e com a boca saboreamos o dom que nos é feito. Celebramos, portanto, o amor que se tornou mais próximo e mais intimo a nós que a nós próprios, conscientes de que quem ama descobre logo a quem amar.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: O homem da religião natural, experimentando "dentro" da existência a fragilidade da vida, pensa encontrar fora de sí, em Deus, a segurança. Procura então atingir a Deus, tornar-se como ele, divinizar-se através de ritos e do culto. A imitação do Pai dev ser feita através de Cristo. O cristão se configura a ele no batismo e nos outros sacramentos, mas essa configuração deve ser vivida plenamente nos acontecimentos, nos encontros da vida cotidiana. O sacrifício de sí e o amor gratuito e universal pelo próximo fazem resplandecer na face do cristão a própria face de Cristo e de Deus.
Sintamos em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo e entoemos alegres cânticos ao Senhor!

XV DOMINGO DO TEMPO COMUM
VAI TU E FAZE O MESMO!
Antífona da entrada: Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando se manifestar a vossa glória (Sl 16,15).
Oração do dia
Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Os mandamentos divinos não são normas abstratas, incapazes de serem praticados. Ao contrário, os mandamentos divinos, especialmente o amor a Deus e ao próximo, são tão concretos que estão ao alcance das mãos e se realizam no bem feito ao próximo. O amor a Deus e ao próximo está ao alcance de todos.
Primeira Leitura (Deuteronômio 30,10-14)
Leitura do livro do Deuteronômio
30 10 Moisés assim falou ao povo: obedeça à voz do Senhor, teu Deus, observando seus mandamentos e seus preceitos escritos neste livro da lei, e volte para o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma.
11 O mandamento que hoje te dou não está acima de tuas forças, nem fora de teu alcance. 12 Ele não está nos céus, para que digas: quem subirá ao céu para no-lo buscar e no-lo fazer ouvir para que o observemos?
13 Não está tampouco do outro lado do mar, para que digas: quem atravessará o mar para no-lo buscar e no-lo fazer ouvir para que o observemos?
14 Mas essa palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração: e tu a podes cumprir.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 68/69
Humildes, buscai a Deus e alegrai-vos:
o vosso coração reviverá!
Por isso elevo para vós minha oração
Neste tempo favorável, Senhor Deus!
Respondei-me e pelo vosso imenso amor,
Pela vossa salvação que nunca falha!
Senhor, ouvi-me, pois suave é vossa graça,
Ponde os olhos sobre mim com grande amor!
Pobre de mim, sou infeliz e sofredor!
Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus!
Cantando, eu louvarei o vosso nome
E, agradecido, exultarei de alegria!
Humildes, vede isto e alegrai-vos:
O vosso coração reviverá
Se procurardes o Senhor continuamente!
Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres
E não despreza o clamor de seus cativos.
Sim, Deus viera e salvará Jerusalém,
Reconstruindo as cidades de Judá.
A descendência de seus servos há de herdá-las,
E os que amam o santo nome do Senhor
Dentro delas fixarão sua morada!
Segunda Leitura (Colossenses 1,15-20)
Leitura da carta de são Paulo aos Colossense
s.
1 15 Cristo é a imagem de Deus invisível, o Primogênito de toda a criação.
16 Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis. Tronos, dominações, principados, potestades: tudo foi criado por ele e para ele.
17 Ele existe antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem nele.
18 Ele é a Cabeça do corpo, da Igreja. Ele é o Princípio, o primogênito dentre os mortos e por isso tem o primeiro lugar em todas as coisas.
19 Porque aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude
20 e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida; as palavras que dizeis bem que são de eterna vida! (Jo 6,63.68)

EVANGELHO (Lucas 10,25-37)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
10 25 Levantou-se um doutor da lei e, para pô-lo à prova, perguntou: "Mestre, que devo fazer para possuir a vida eterna?"
26 Disse-lhe Jesus: "Que está escrito na lei? Como é que lês?"
27 Respondeu ele: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu pensamento; e a teu próximo como a ti mesmo".
28 Falou-lhe Jesus: "Respondeste bem; faze isto e viverás".
29 Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: "E quem é o meu próximo?"
30 Jesus então contou: "Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; e depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto.
31 Por acaso desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante.
32 Igualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante.
33 Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão.
34 Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele.
35 No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo-lhe: 'Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei'.
36 Qual destes três parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões?"
37 Respondeu o doutor: "Aquele que usou de misericórdia para com ele". Então Jesus lhe disse: "Vai, e faze tu o mesmo".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa Igreja em oração e fazei crescer em santidade os fiéis que participam deste sacrifício. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, diz o Senhor (Jo 6,56).
Depois da comunhão
Alimentados pela vossa eucaristia, nós vos pedimos, ó Deus, que cresça em nós a vossa salvação cada vez que celebramos este mistério. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
GAUDIUM ET SPES (Alegrias e Esperanças)
Na semana passada, vimos que a introdução da Gaudium et Spes recorda a necessidade de a Igreja conhecer o mundo e acompanhar as suas transformações técnicas e sociais, colocando-nos, ademais, a condição do Homem no mundo de hoje. Já na primeira parte, o documento trata da doutrina da Igreja acerca do ser humano e do mundo. Aborda temas como a dignidade humana (n. 12-22), a condição humana (n. 23-32), a atividade do homem no mundo (n. 33-39) e o papel da Igreja no mundo (n. 40- 45). Enfatiza que o ser humano é um ser social, de ralações, e que deve estar constantemente atento ao diálogo e ao respeito.
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta nada só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Ou você pensa que Deus manda um anjo com um cheque em branco para o padre todo mês??? Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 15 a 21 de julho de 2013:
2ª Br - Ex 1,8-14.22; Sl 123(124) Mt 10,34 - 11,1
3ª Br - Zc 2,14-17; Lc 1,46-55; Mt 12,46-50
4ª Vm - Ex 3,1-6.9-12; Sl 102(103); Mt 11,25-27
5ª Vd - Ex 3,13-20; Sl 104(105); Mt 11,28-30
6ª Vd - Ex 11,10 - 12,14; Sl 115(116b); Mt 12,1-8
Sb Vd - Ex 12,37-42; Sl 135(136); Mt 12,14,21
16º DTC Vd - Gn 18,1-10a; Sl 14 (15),2-3ab. 3cd-4ab. 5 (R/ 1a); Cl 1,24-28; Lc 10,38-42 (Marta e Maria)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Os Feridos à beira do caminho
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Nas nossas comunidades cristãs há um caminho igual a esse que descia de Jerusalém a Jericó, bastante movimentado e por onde passam pessoas importantes como o Sacerdote e o Levita, são nossos Ministros Ordenados, os Ministros leigos, os coordenadores, leitores, salmistas, líderes de pastorais, catequese e movimentos. Todos sempre muito ocupados com seus afazeres. Quase não se tem tempo de olhar para os lados, muitos há que olham para o seu “Ego”, inchados de orgulho, sempre vaidosos com aquilo que fazem na comunidade, e que chama atenção sobre si.
Nem sempre prestamos atenção á beira do caminho onde estão os que, por alguma razão não podem caminhar, os feridos e machucados por neuroses, dores morais ou físicas, gente simples, ferida por certos acontecimentos que fogem ao nosso controle. Pessoas que são da comunidade, mas estão á margem. Casais recasados, mães solteiras, pessoas com má fama no campo da moral cristã. Irmãos e irmãs com quem ninguém quer perder tempo, estão ali mas não significam nada para os que se julgam importantes.
Além do que, temos a maldita concorrência para ver quem faz melhor, quem se destaca nos eventos da comunidade, nas grandes celebrações. O veneno da concorrência desleal, que infecta o comércio e o mercado de trabalho, invade nossas comunidades cristãs trazendo as disputas de grupos, a eterna briga entre Pastorais e Movimentos que parece nunca chegar ao fim. Nas pequenas ou grandes comunidades os “Egos” de pessoas do Clero e do Laicato, se incham, e sempre brigam pelos primeiros lugares. Mas quem vai cuidar dos feridos á beira do caminho?
O Doutor da Lei olhava para a Vida Eterna na ótica do Direito. Deveria haver algo que ele pudesse fazer para ter o Direito de Possuir a Vida Eterna. “Esse cargo é meu, me pertence, é coisa muito minha, tenho direito e ninguém pode me tirar” Confundem-se o Céu da Plenitude com os valores terrenos, cargos, funções, títulos e honrarias que o mundo pode nos dar. Jesus direciona a questão para a Palavra de Deus manifestada na Lei onde o ato de Amar a Deus e aos irmãos, exclui a palavra Direito colocando em seu lugar a Doação total de si mesmo, “amarás de todo teu coração, de toda tua alma e de Todo teu entendimento” isso é, de tudo o que somos e temos, deve ser dado a Deus e ao próximo em sua totalidade sem deter nada para si mesmo, ou seja, o Amor não é posse, mas doação, feita em uma total liberdade, independente de quem seja o outro, se ele mereça ou não o nosso amor.
E diante disso, o Doutor da Lei perguntou a Jesus “E quem é o meu próximo?” Na parábola do Bom Samaritano, o homem caído á beira do caminho não tinha nada a oferecer, ao contrário, era um grande problema que iria exigir tempo, atenção e algumas providências. O Sacerdote e o Levita não tinham tempo, estavam muito ocupados com coisas super importantes a fazer no templo. Também os “Profissionais” das nossas pastorais e movimentos estão sempre ocupados e não tem tempo para parar e ver de perto os ferimentos dos irmãos e irmãs caídos à beira do caminho da comunidade.
O Samaritano estava de passagem, talvez aquela pessoa que participa das celebrações mas não está engajada em nenhuma pastoral ou trabalho da comunidade, alguém que até é mal visto porque nada faz. Mas tem um coração generoso, repleto do Amor de Deus, capaz de encher-se de compaixão por aqueles que estão á margem do caminho.
Ele não pensa em encaminhar o Ferido a alguma pastoral de assistência, e nem pensa em fazer apenas a sua parte, perguntando ao homem o que lhe aconteceu, e verificando se os ferimentos são muito sérios, para buscar alguma assistência. Isso não é Cristianismo!
Cristianismo é compromisso total com os Feridos da Comunidade, é estar com eles o tempo todo, é cuidar de suas feridas, é providenciar para que sejam acolhidos e muito bem hospedados na comunidade ou na pastoral. Enfim, é ir além do procedimento habitual, é dar-se de si, tudo o que tem.
Podemos aqui, pensar nos marginalizados e excluídos da sociedade, mas penso que primeiramente devemos cuidar, sempre movidos pela compaixão, dos feridos e marginalizados da nossa Igreja, começando pela nossa comunidade.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. E quem é o meu próximo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
O texto do evangelho deste domingo é próprio a Lucas e pode ser dividido em dois episódios:
a) a questão sobre a vida eterna (vv. 25-28);
b) a questão sobre o próximo e como proceder em caso de conflito entre dois mandamentos da Lei (vv. 29-37).
Os dois estão estreitamente relacionados pela observação do narrador: "… e, querendo experimentar Jesus…" e a pergunta do legista: "E quem é o meu próximo" (v. 29). A perícope tem um tom de controvérsia: "Um doutor da Lei se levantou e, querendo experimentar Jesus, perguntou..." (v. 25).
A resposta de Jesus com uma pergunta faz com que o doutor da Lei responda citando os mandamentos fundamentais da Lei mosaica (cf. Dt 6,4-9; Lv 19,18). A apresentação unitária destes mandamentos é uma leitura da Lei: "Que está escrito na Lei? Como lês (= interpreta)?" (v. 26). Segundo Lucas, Jesus encontra nas próprias palavras da Escritura o conselho, o mandamento fundamental para a vida do cristão: "Faze isso e viverás" (v. 28), isto é, ajudando dessa maneira poderás herdar a vida eterna. O amor é o caminho para herdar a vida eterna.
Motivado pela pergunta do legista, Jesus conta a parábola do "bom samaritano" (vv. 30-37). Tal parábola é uma discussão haláquica (precisa e legal) acerca do conflito entre a Lei da pureza (Lv 21,1-3; 22,3-7) e o amor ao próximo (Lv 19,18). Numa situação como a que a parábola nos apresenta, qual dos dois mandamentos tem precedência sobre o outro? Se a resposta, hoje, é evidente para nós cristãos, não o era, certamente, para os contemporâneos de Jesus.
Sem podermos nos delongar, estudando cada um dos personagens da parábola, passemos à resposta: se o ouvinte e/ou leitor julga que o sacerdote, mesmo obrigado pela Lei da pureza, deveria ter ajudado o moribundo, pois neste caso o mandamento do amor ao próximo tem precedência sobre a Lei de pureza, a consequência não é que as leis de pureza são inválidas ou podem ser ignoradas, mas que a Lei do amor ao próximo é o mandamento-chave que precisa ser escolhido entre qualquer outro mandamento, em caso de conflito. O amor ao próximo é uma exigência primordial da Torá. A presença do samaritano na parábola confirma que a questão é a da correta obediência à Lei de Moisés. O samaritano, não aceito pelos judeus, conhece a mesma Torá que o judeu, e está obrigado a obedecer todos os mandamentos. Ajudando o homem quase morto, ele está obedecendo ao mandamento. Sua compaixão não é uma alternativa ao legalismo; ela é o que o mandamento do amor ao próximo exige dele.
Ele ilustra o que significa obedecer a este mandamento, nesta situação concreta. Quem cumpre o mandamento do amor cumpre a Lei plenamente.
ORAÇÃO
Pai, dá-me um coração cheio de misericórdia, como o de teu Filho Jesus, pois só assim terei certeza de estar em comunhão contigo, a caminho da vida eterna.
3. FAZE TU O MESMO!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Existe uma ligação evidente entre a questão dirigida pelo mestre a Lei a Jesus e a ordem conclusiva do relato. O mestre da Lei queria conhecer os caminhos para se obter a vida eterna, e Jesus ordena-lhe que imite o gesto misericordioso do samaritano.
A preocupação com a vida eterna corresponde a reconhecer os caminhos que conduzem ao Pai, fonte da verdadeira vida. O mestre da Lei estava no bom caminho ao confessar que a via que conduz ao Pai é o caminho do amor. Consciência fenomenal, se levamos em conta a mentalidade legalista, muito difundida na época.
Faltava-lhe apenas refazer sua concepção de próximo. A parábola contada por Jesus não deixa margem para dúvidas: próximo é qualquer pessoa que, encontrada pelos caminhos da vida, carece do nosso amor misericordioso. Diante deste apelo, caem todas as barreiras sociais, culturais, religiosas, étnicas. O próximo carente é a mediação da comunhão com o Pai. Quem tem sensibilidade e é capaz de desfazer-se de seus planos para se mostrar solidário, estará no caminho da vida eterna. Quem, pelo contrário, desvia-se do próximo carente de solidariedade, desvia-se do caminho que conduz ao Pai.
Assim, a vida eterna define-se pela disposição de se tornar servidor do próximo, em quem o Pai é servido. Quem é misericordioso, está no bom caminho.
Oração
Espírito de sintonia com o próximo, não me deixes ser insensível ao meu próximo carente de solidariedade, pois a misericórdia me conduz à vida eterna.fonte:NPD Brasil/camocim belo mar blog

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