Moradores do Rio Preto, distrito de Água Doce do Norte, estão organizando entre amigos e familiares de Elenice Maria da Rocha, uma passeata pacífica solidária. Elenice foi acusada de tortura contra uma professora do distrito, no ano de 2009. Em 2012, Elenice foi condenada a quatro anos e seis meses de reclusão, em regime fechado.
Elenice diz que é inocente e segundo informações, Rogério, que foi condenado junto com Elenice, já declarou que a professora é inocente. Elenice diz que não sabe se terá forças para prosseguir e afirma que foi condenada por um crime que não cometeu.Veja aqui o desabafo da professora
“Por tanto tempo esperei que se fosse fazer justiça, no entanto não tenho noticias boas para meus amigos e familiares que torcem por mim, apesar de tudo Deus tem cuidado de mim, não sei ,se terei forças para prosseguir neste momento tão difícil,mas peço a todos que tem carinho por mim, que continuem orando, para que minhas forças aumentem cada dia mais e que a luz do Espírito Santo derrame sua graça sobre mim, me fortalecendo quando sentir minha fé insistir em fraquejar“, disse Elenice em um desabafo, afirmando ser inocente.
A sentença, conforme consta nos autos do processo 068.09.000600-5, foi proferida pela juíza Sayonara Couto Bittencourt Barbosa, da Vara de Inquéritos Criminais de Vitória, com base na Lei 9455/97, a Lei da Tortura. Para os dois acusados – Rogério e Elenice da Rocha –, a juíza Sayonara Couto Barbosa cita que a “culpabilidade dos acusados está comprovada, sendo sua conduta altamente reprovável; os motivos do crime não o justificam; as circunstâncias e as consequências extra-penais foram graves, visto o prejuízo físico e psicológico sofrido pela vítima”.
“Fui condenada por um crime que tenho certeza e plena convicção que não cometi e jamais pensei em tal, pois quem me conhece sabe que sou do bem, Mas a justiça do homem me condenou, quem deveria cuidar para que justiça seja feita, condena pessoa inocente, infelizmente me pergunto QUE PAÍS É ESSE? que condena pessoas inocentes antes de fazerem uma investigação mais eficaz, pois ouviram e se agarraram em testemunhos de filhos, pessoa de menor, Que país é esse,que a juíza de outra comarca, dá seu parecer sem conhecer os fatos, ALIÁS, levando o processo para ser julgado em outra comarca,estou indignada, não sei se algum dia voltarei a confiar na justiça de homens,por que cometeram uma injustiça muito grande, aliás,não tem tamanho da grandeza para comigo, IREI PRESA, ALIÁS, PRENDERÃO MINHA CARNE, MEU CORPO, POR QUE O MEU ESPÍRITO ESTÁ EM DEUS,EM LIBERDADE, DORMIREI COM A CONSCIÊNCIA TRANQUILA, POR QUE NÃO DEVO E QUEM NÃO DEVE, NÃO PRECISA TEMER, POIS OS ANJOS DE SENHOR ME PROTEGERÁ, DEUS ENVIARÁ SEU ADVOGADO PARA DEFENDER-ME E PROTEGER-ME DAS AMARRAS DO INIMIGO E ESCLARECER A VERDADE PARA A SOCIEDADE“, escreveu Elenice em sua página do Facebook.
Agora, próximo ao desfecho do processo, amigos acreditam na inocência da professora e vão para as ruas manifestar. A passeata acontecerá neste domingo, 21 de julho de 2013, às 16 horas, saindo da praça do distrito.
Entenda o caso:
A educadora Elenice Maria da Rocha e o lavrador Rogério Lima da Cunha foram condenados a quatro anos e seis meses de reclusão, em regime fechado, pela acusação de torturar uma professora dentro de uma escola, no município de Água Doce do Norte, em 2009. Rogério foi denunciado pelo Ministério Público por agredir com socos, coronhadas e um alicate a professora R.M.P.M. a mando de Elenice da Rocha, que na ocasião era diretora da Escola Adolfo Rosa Vieira.
Consta na denúncia que, por volta das 20h10 do dia 5 de dezembro de 2008, a vítima estava na Escola Adolfo Rosa Vieira, onde dava aula, quando resolveu ir ao banheiro. No momento em que acendeu a luz, se deparou com o lavrador Rogério, que segurou sua boca e disse para fechar a porta e não “ligar a lâmpada”. Rogério colocou um revólver calibre 38 na boca da professora, que pediu para não ser morta, alegando que o acusado poderia levar seus anéis e cordão. Segundo o MP, Rogério respondeu que não era ladrão, pois queria apenas dar “um aviso à professora”.
“…Neste momento o acusado começou a agredi-la (professora) dando-lhe um soco no rosto, chegando a quebrar um dente de sua boca. Logo em seguida o acusado disse para a vítima que queria ver ela fora da escola; Que o acusado continuou espancando a vítima com a arma em sua cabeça, puxando seu cabelo…; Que o acusado tirou um alicate do bolso e bateu na boca da declarante (professora) quebrando mais dois dentes. Com o mesmo alicate, o acusado fez vários outros hematomas pelo corpo da vítima; Que com as agressões chegou até sair sangue, sendo que o acusado fez a vítima limpar os pingos de sangue que caiu no chão”.fonte:site Barras/camocim belo mar
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