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terça-feira, 2 de julho de 2013

ÚLTIMA FERIDA DA BOATE KISS INTERNADA RECEBE ALTA EM PORTO ALEGRE-RS.

Ritchieli Pedroso Lucas deixou hospital pela manhã após mais de 5 meses.

Tragédia em Santa Maria em janeiro causou a morte de 242 jovens.

Do G1 RS
Ritchieli Pedroso Lucas, boate kiss (Foto: Divulgação/Hospital Mãe de Deus)Ritchieli Pedroso Lucas perdeu uma irmã na
tragédia (Foto: Divulgação/Hospital Mãe de Deus)
A última ferida no incêndio da boate Kiss que seguia internada recebeu alta na manhã desta terça-feira (2) no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre. Segundo o Hospital Mãe de Deus, Ritchieli Pedroso Lucas deixou o local por volta das 9h após mais de cinco meses. A tragédia em Santa Maria causou a morte de 242 jovens.
“Ficamos no hospital mais de cinco meses. Eu posso dizer que ela está bem, mas vou preservá-la. Ela não está preparada para falar ainda. Ela está bem e é isso o que importa. Estamos voltando pra casa”, disse ao G1 o pai da jovem, Bráulio Severo Lucas.
Segundo nota divulgada pelo hospital, ela volta para casa em bom estado de saúde. Ritchieli teve 22% do corpo queimado, entre braços, ombros e costas. A recuperação da jovem é um consolo para a família, já que a irmã Drieli morreu na tragédia.
Mais cedo, em nota, Bráulio agradeceu o carinho de todas as pessoas que demonstraram solidariedade. "Foram inúmeras as mensagens recebidas de amigos, colegas e desconhecidos que contribuíram com a nossa caminhada nesse período de apreensão. Lamentamos profundamente o falecimento da Driele, nossa outra filha. Temos a certeza de que todos fizeram o melhor por ela. De qualquer forma, voltamos para Santa Maria com as nossas duas filhas”, afirma o texto.
No dia 12 de junho, a jovem Ritchieli Pedroso Lucas recebeu a visita do jogador Leandro Damião, do Inter, em Porto Alegre. Segundo o hospital, familiares da jovem e uma equipe médica receberam o atleta.

Entenda
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro, resultou em 242 mortes. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco.
O inquérito policial indiciou 16 pessoas criminalmente e responsabilizou outras 12. Já o MP denunciou oito pessoas, sendo quatro por homicídio, duas por fraude processual e duas por falso testemunho. A Justiça aceitou a denúncia. Com isso, os envolvidos no caso viram réus e serão julgados. Dois proprietários da casa noturna e dois integrantes da banda foram presos nos dias seguintes à tragédia, mas a Justiça concedeu liberdade provisória aos quatro em 29 de maio.
As primeiras audiências do processo criminal foram marcadas para o fim de junho. Paralelamente, outras investigações apuram o caso. Na Câmara dos Vereadores da Santa Maria, uma CPI analisa o papel da prefeitura e tem prazo para ser concluída até 1º de julho. O Ministério Público ainda realiza um inquérito civil para verificar se houve improbidade administrativa na concessão de alvará e na fiscalização da boate Kiss.
Veja as conclusões da investigação
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso no palco
- As faíscas atingiram a espuma do teto e deram início ao fogo
- O extintor de incêndio do lado do palco não funcionou
- A Kiss apresentava uma série das irregularidades quanto aos alvarás
- Havia superlotação no dia da tragédia, com no mínimo 864 pessoas
- A espuma utilizada para isolamento acústico era inadequada e irregular
- As grades de contenção (guarda-corpos) obstruíram a saída de vítimas
- A casa noturna tinha apenas uma porta de entrada e saída
- Não havia rotas adequadas e sinalizadas de saída em casos de emergência
- As portas tinham menos unidades de passagem do que o necessário
- Não havia exaustão de ar adequada, pois as janelas estavam obstruídas

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