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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

BISAVÔ DE ANA CLARA MORRE APÓS SABER QUE MENINA FOI QUEIMADA EM ATAQUE.

Dasico da Silva, 81 anos, não suportou a notícia e sofreu infarto, em casa.

Menina de 6 anos não resistiu e morreu na manhã desta segunda-feira (6).

Do G1 MA
Será enterrado na tarde desta segunda-feira (6) o bisavô paterno da menina Ana Clara, Dasico Rodrigues da Silva, 81 anos. O idoso sofreu um infarto no domingo (5), ao saber que a neta sofreu queimadura em mais de 90% do corpo, em ataque a ônibus na sexta-feira (3), na Vila Sarney Filho, em São Luís. Ele morreu em casa, no bairro da Santa Cruz. Ao todo, 16 pessoas foram detidas entre domingo e a manhã desta segunda-feira (6) suspeitas de participação nos ataques a ônibus e delegacias em São Luís.
"Ele era muito ligado à bisneta. Ana Clara passou um bom tempo morando com ele, até o ano passado.  Ela foi a primeira bisneta dele, gostava de sentar no colo, ficar brincando com ele", disse Ana Emily Silva, neta de Dasico.
A bisneta, Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, morreu praticamente um dia após o avô, às 6h45 desta segunda-feira (6), segundo informações da Secretaria de Saúde do Maranhão. Ana Clara estava com a mãe e a irmã, quando o veículo foi invadido e incendiado por homens armados. O velório de Ana Clara ocorre na Pax União do Anil e o enterro será no Jardim da Paz, nesta terça-feira (7). O assunto foi destaque da GloboNews (veja no vídeo acima).

Além delas, uma mulher de 35 anos está internada no Hospital Geral com queimaduras de segundo grau no abdômen e no braço direito, com quadro considerado estável. Já o homem de 37 anos que teve 72% do corpo queimado no ataque segue em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Tarquínio Lopes Filho.
Demais feridos

A irmã de Ana Clara, de 1 ano e 5 meses, permanece internada no Hospital Estadual Infantil Juvêncio Matos. Ela teve queimaduras em 20% do corpo, mas o seu quadro é considerado estável e está fora de perigo. A mãe das crianças, de 22 anos, teve 40% do corpo queimado e permanece internada no Hospital Geral Tarquínio Lopes Filho.

Onda de ataques
A onda de ataques que matou Ana Clara Santos Sousa começou depois de uma operação realizada pela Tropa de Choque da Polícia Militar no Complexo de Pedrinhas, com o objetivo de diminuir as mortes nas unidades prisionais do estado.
Na quinta-feira (2), dois presos foram encontrados mortos em Pedrinhas. Em 2013, de acordo com o relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entregue em 27 de dezembro, 60 detentos morreram nos presídios do Maranhão.
Nos ataques de sexta, quatro ônibus foram incendiados na Vila Sarney, na Avenida Kennedy, no bairro João Paulo e na Avenida Ferreira Gullar. Além disso, duas delegacias foram alvo de tiros em São Luís, no São Francisco e na Liberdade.
Prisões
Na manhã de domingo (5), dez suspeitos de participação nos ataques a ônibus e delegacias em São Luís foram apresentados pela Secretaria de Segurança Pública – dois adolescentes e oito maiores de idade. No total, 11 pessoas foram detidas, mas o suspeito de atirar contra a delegacia do bairro da Liberdade na noite de sábado (4) não foi apresentado porque a prisão ocorreu durante a entrevista coletiva.
O secretário de Segurança Pública do estado, Aluísio Mendes, afirmou que a ordem para os ataques partiu de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e que o objetivo da facção criminosa era queimar, pelo menos, 20 ônibus na Região Metropolitana de São Luís.
Escutas telefônicas gravadas com autorização judicial mostram que a ordem para os ataques na capital maranhense partiu de dentro do presídio. Segundo reportagem do "Fantástico" (veja no vídeo ao lado), Hilton John Alves Araújo, detido após os ataques, comandou a ação depois de receber o pedido de um preso.
Reforço policial
O efetivo de todas as polícias que atuam na capital foi reforçado após os ataques. Além das polícias Militar e Civil, houve reforço no contingente de homens do Grupo Tático Aéreo (GTA) e do Corpo de Bombeiros que atua em São Luís. Além disso, alunos da PM que terminaram a formação e estão em fase de estágio operacional estão nas ruas da cidade desde sábado.
A polícia fechou as saídas da cidade e mil policiais fizeram buscas por toda a capital.
Já na manhã desta segunda-feira, seis envolvidos no ataque ao ônibus que matou a criança foram detidos.

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