Ponte José Martins Rodrigues foi construída em 1997.
Barra do Ceará foi eleita símbolo de Fortaleza em enquete do G1.
A ponte José Martins Rodrigues sobre o Rio Ceará completou nesta quinta-feira (18), 17 anos de existência. A ponte liga a capital ao litoral oeste e proporciona um dos mais belos cenários de Fortaleza. O G1 foi ao entorno do equipamento e conversou com moradores e comerciantes.
A construção foi anunciada em outubro de 1993, pelo então vice-prefeito de Fortaleza, Marcelo Teixeira, e concluída, quatro anos depois, já na gestão do prefeito Juraci Magalhães, em outubro de 1997. No entanto, só foi liberada, para o tráfego, em 18 de dezembro do mesmo ano. Quem explica a polêmica do desencontro de datas de inauguração da ponte é o historiador Adauto Leitão.
Conforme ele, a construção foi concluída no dia 17 de outubro de 1997, mas o equipamento só foi inaugurado dois meses depois para o tráfego. “As obras terminaram em outubro. Mas, por questões eleitorais, o então prefeito de Fortaleza, na época, Juraci Magalhães liberou a ponte para tráfego somente em dezembro”, afirmou o pesquisador.
No mês em que completa aniversário, a construção da ponte divide opiniões de moradores e de motoristas que a viram ser construída e que passam por ela todos os dias. De acordo com o comerciante Antônio Caetano da Silva, 42, a ponte trouxe benefícios. "Antes da ponte, o comércio não era tão bom. Falo de modo geral. Vai dos peixes, frutos do mar até a comercialização de frutas e verduras. Chegando até ao artesanato", relata.
Vizinhos da ponte
Antônio Caetano conta que com a ponte, muita gente que mora em Caucaia e em outros municípios da região passaram a visitar com mais frequência a Barra do Ceará. "Todos os dias recebemos turistas por aqui. Pessoal vem de ônibus fretado. Desembarca na Praça do Marco Zero e percorrem toda a orla da Barra do Ceará. Isso mudou a nossa vida", afirmou.
Antônio Caetano conta que com a ponte, muita gente que mora em Caucaia e em outros municípios da região passaram a visitar com mais frequência a Barra do Ceará. "Todos os dias recebemos turistas por aqui. Pessoal vem de ônibus fretado. Desembarca na Praça do Marco Zero e percorrem toda a orla da Barra do Ceará. Isso mudou a nossa vida", afirmou.
Outro que comemorou a construção da ponte José Martins Rodrigues sobre o Rio Ceará é o aposentado Francisco Antônio Capistrano, 57, morador do local há mais de 30 anos. Segundo ele, para chegar às praias de Caucaia, Paraipaba e Trairi, por exemplo, o morador de Fortaleza tinha que fazer um percurso muito grande. Conforme ele, pegar a BR-222 e enfrentar o grande fluxo de veículos. Além de ser perigoso era uma perca de tempo. "Foi bom para todo mundo. Falo em todos os aspectos. Comércio e lazer. Lembro que para chegar ao Icaraí, em Caucaia, levava muito tempo, quase duas horas ou mais. Para os pescadores daqui pegar peixes e produtos de outras prais era uma eternidade. A ponte reduziu esse tempo pela metade", afirmou o morador.
O comerciante Francisco Bento da Silva Filho, 59, que vive na Barra do Ceará há 40 anos, diz que se lembra da construção da ponte. E conta que mexeu com os moradores. "Houve gente que ficou feliz. Digo com certeza que foi a maioria. Outros ficaram com o pé atrás. Foi importante para gente essa ponte ser erguida".
Francisco Bento da Silva afirma que após a construção da ponte a vida na Barra do Ceará mudou para melhor. 'Melhorou tudo. Houve avanço no comércio e até na segurança, pois com a ponte foi preciso as autoridades colocarem mais policiais por aqui", diz.
O comerciante mostra apontando para o seu comércio o que muitos falaram para a reportagem. "Olha o pessoal chegando de ônibus. Todos vindo de Caucaia. Eles chegam pela manhã cedo e às vezes vão embora somente no fim da tarde. Deixa eu ir que tenho que atender os meus clientes", fala sorrindo.
Pedágio
Há quem critique a construção da ponte. A dona de casa Maria Alcinda Rodrigues diz que foi prejudicada com a construção da ponte sobre o Rio Ceará. Ela lembra da época do pedágio em que era obrigada a pagar até três vezes por dia. "Eu tinha um comércio em Caucaia e outro aqui em Fortaleza. Tinha que passar pelolocal três até seis vezes por dia, para pegar o dinheiro lá e depositar em bacnos daqui de Fortaleza. Era um transtorno danado, pois a cada viagem eu tinhaque desembolsar até R$ 10,00 por dia. Isso foi ruim. Só foi mudar já quando eu não tinha mais o meu comércio lá em Caucaia", afirmou desapontada.
Há quem critique a construção da ponte. A dona de casa Maria Alcinda Rodrigues diz que foi prejudicada com a construção da ponte sobre o Rio Ceará. Ela lembra da época do pedágio em que era obrigada a pagar até três vezes por dia. "Eu tinha um comércio em Caucaia e outro aqui em Fortaleza. Tinha que passar pelolocal três até seis vezes por dia, para pegar o dinheiro lá e depositar em bacnos daqui de Fortaleza. Era um transtorno danado, pois a cada viagem eu tinhaque desembolsar até R$ 10,00 por dia. Isso foi ruim. Só foi mudar já quando eu não tinha mais o meu comércio lá em Caucaia", afirmou desapontada.
O estudante Arlindo Santos Soares, 20, possui motivos para reclamar da ponte Rio Ceará. Segundo o estudante, os assaltos em cima da ponte eram constante. Só ele foi assaltado umas seis vezes. "Eu fazia um curso de computação do outro lado da ponte já em Caucaia. Já que não tinha transporte para lá tinha que ir a pé. Quase todos os dias era assaltado. Não sei como terminei o curso de informática".
O pedágio para atravessar de carro a ponte do Rio Ceará deixou de ser cobrada no dia 31 de março de 2013. Em 28 de fevereiro do mesmo ano, a Prefeitura de Fortaleza enviou Projeto de Lei à Câmara Municipal de Vereadores com o objetivo de extinguir a cobrança, existente desde 1997, ano em que a ponte José Martins Rodrigues foi inaugurada.
A cobrança foi mantida nos últimos seis anos por decisão judicial. O contrato entre o município e a empresa CHC Ltda. terminaria em 15 de junho deste ano, mas a empresa e a Prefeitura de Fortaleza chegaram a um acordo para a rescisão do contrato.
A lei 8.061, sancionada pelo então prefeito de Fortaleza Juraci Magalhães, determinava que o pedágio deveria ser cobrado por 10 anos ininterruptos e sem prorrogação. Desde 2007, a cobrança era feita por meio de liminares.
A manutenção da ponte, que levou dois anos para ser construída e custou cerca R$ 17 milhões, ficará a cargo do município de Fortaleza.
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Símbolo de Fortaleza
Com 70,23% dos votos, a Ponte sobre o Rio Ceará foi escolhida no início de 2014 como o local que é a ''cara'' de Fortaleza neste aniversário de 288 anos em votação do portal de notícias G1 e CETV 1ª Edição.
Com 70,23% dos votos, a Ponte sobre o Rio Ceará foi escolhida no início de 2014 como o local que é a ''cara'' de Fortaleza neste aniversário de 288 anos em votação do portal de notícias G1 e CETV 1ª Edição.
A enquete obteve 26.068 votos entre 8 de março e 13 de abril, dia do aniversário.
A orla ficou em segundo lugar, com 12,61% dos votos. Praça do Ferreira, Lagoa de Messejana e Theatro José de Alencar tiveram 7,51%, 5,46%, 4,19% dos votos respectivamente. O CETV 1ª Edição dedicou por semana uma reportagem a cada um dos cinco lugares participantes da enquete. (veja reportagens nos links ao lado)
Bela paisagem
A paisagem é exuberante e tem muita gente que aproveita o passeio de barco pelas águas do Rio Ceará para admirar o encontro com a vegetação de mangue.
A paisagem é exuberante e tem muita gente que aproveita o passeio de barco pelas águas do Rio Ceará para admirar o encontro com a vegetação de mangue.
Na Barra do Ceará, moradores e visitantes que passam pela ponte têm a oportunidade de contemplar uma paisagem única de Fortaleza.
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