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quarta-feira, 27 de maio de 2015

ROMÁRIO AFIRMA QUE JÁ CONSEGUIU ASSINATURAS PARA INSTAURAR A CPI DA CBF.

Atacante iniciou mutirão depois da prisão de José Maria Marin

LEANDRO RESENDE
Rio - Depois de chamar o ex-presidente da CBF José Maria Marin de “ladrão” e “corrupto”, o senador Romário (PSB-RJ) agiu rápido e conseguiu ontem mesmo as assinaturas necessárias para uma nova CPI para investigar a Confederação. Ao todo, 52 senadores assinaram a proposta.
Em viagem oficial ao México, a presidenta Dilma Rousseff disse que “o futebol brasileiro se beneficiará da investigação” da Justiça americana nos contratos da Fifa. “Se tiver que investigar a Copa do Mundo no Brasil, que investiguem todas as Copas”, afirmou Dilma.

Romário conseguiu assinatura de senadores para instaurar CPI
Foto:  Divulgação
A CPI protocolada por Romário será a terceira criada para investigar irregularidades em contratos celebrados pela CBF com empresas. “A CPI da CBF vai investigar também o Comitê Organizador da Copa de 2014. Vamos investigar os contratos irregulares para a realização de partidas da seleção brasileira e outros campeonatos”, afirmou Romário.
O Baixinho se antecipou ao senador Zezé Perrela (PDT-MG), que também pretendia criar uma CPI. Perrela, ex-presidente do Cruzeiro, foi chefe de delegação em viagens da Seleção Brasileira na gestão do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira. Quando era deputado federal, em 2012, Romário conseguiu as assinaturas necessárias, mas a CPI foi derrubada antes de ser instalada.
Em 2000 e 2001, Câmara e Senado se dividiram em duas comissões de inquérito sobre irregularidades no futebol. Mas os trabalhos tiveram pouco efeito prático, apesar dos relatórios serem claros quanto à responsabilidade de dirigentes da CBF e a denúncias de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Um dos textos nem sequer foi votado: com o fim da investigação do contrato entre a Nike (fornecedora de material da Seleção Brasileira desde 1996) e a CBF pela Câmara, uma manobra impediu a votação do relatório de mais de 600 páginas.

Segundo o então relator, Sílvio Torres (PSDB-SP), o texto não foi a votação por pressão da chamada ‘bancada da bola’, grupo de deputados que não queria o indiciamento de Ricardo Teixeira.
No grupo, estava o então deputado federal do PPB Eurico Miranda (RJ), um dos vice-presidentes da CPI e atual presidente do Vasco da Gama. “Colocamos o relatório no ar mesmo assim, mas mandaram tirar. O que segue valendo desde aquela época é o espírito corporativo dos deputados com a CBF”, disse Torres.
Os dirigentes são acusados de envolvimento em um esquema de corrupção através do qual "delegados da Fifa e outros de organizações dependentes receberam propinas e comissões - de representantes de meios de comunicação e de empresas de marketing esportivo - que somam mais de US$ 100 milhões", segundo o Ministério suíço. Em troca, os agentes corruptores "recebiam direitos midiáticos, de publicidade e patrocínio em torneios de futebol na América Latina".

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