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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

ESTUDANTES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTÃO LENDO E CALCULANDO MUITO MAL.

Se dependesse do desempenho escolar para passar de ano, seis em cada dez crianças seriam reprovadas

MARIA LUISA BARROS
Rio - Estudantes fluminenses estão lendo e calculando muito mal. Se dependesse do desempenho escolar para passar de ano, seis em cada dez crianças seriam reprovadas. É a conclusão do levantamento feito pelo Ministério da Educação (MEC). Mais da metade (60%) dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas no Estado do Rio tiveram resultado negativo em leitura e escrita na Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2014, divulgada ontem. De acordo com o relatório, as crianças conseguem ler apenas textos muito simples e, em alguns casos, não compreendem do que se trata. 
Em uma escala de avaliação, composta de quatro níveis, o Rio de Janeiro e mais 19 estados ficaram nos dois níveis mais baixos. Somente em sete unidades da federação (Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo) o desempenho foi positivo. O pior resultado foi obtido por estudantes do Maranhão e o melhor, pelos de Minas Gerais.
Alfabetização nas redes municipais não prepara bem os estudantes
Foto: Reprodução
Em Matemática, a diferença foi pequena. No total, 61% dos estudantes não conseguem somar ou fazer problemas com números de até três algarismos. O Rio foi um dos 22 estados onde os estudantes tiraram as notas mais baixas. A avaliação foi feita com 2,4 milhões de estudantes de escolas públicas. Em 2013, participaram do levantamento 55.836 escolas. Em 2014, foram 49.791. Entre os municípios fluminenses, a rede pública que mais avançou foi a de Porciúncula, no Noroeste Fluminense. As escolas do município conseguiram reduzir de 41,68% para 28,16% a quantidade de crianças no nível mais baixo em leitura. Em Matemática, a rede também melhorou, pouco. Baixou de 38,75% para 34,96% o total de alunos na menor escala de proficiência. 


Os dados revelam a influência de fatores como a desigualdade social no desempenho escolar. “Esses dados, uma vez entregues a cada escola, vão indicar muito bem aos responsáveis onde deve ser a intervenção pedagógica principal”, afirmou o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, garantindo que o acompanhamento será feito de forma regular a partir de agora.

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