01/01/2012 21h14
- Atualizado em
01/01/2012 21h43
Edifício incendiado em 22 de dezembro foi implodido neste domingo (1º).
Apenas dois dos seis andares foram eliminados.
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Prédio é implodido em SP (Foto: Reprodução)
Dos seis andares do Edifício Moinho, no Bom Retiro, na região central
de São Paulo, que foi implodido neste domingo (1º), apenas dois foram
eliminados. Tanto o prefeito Gilberto Kassab (PSB) como o responsável
pela empresa contratada para fazer a implosão, a Desmontec, disseram
depois que o resultado estava previsto e descartaram a hipótese de
falha.Os 800 quilos de dinamite instalados no imóvel não foram suficientes para derrubar o imóvel completamente. O restante da estrutura será demolida por máquinas. O prazo, que inclui a demolição e retirada dos entulhos, é de 90 dias, de acordo com o prefeito Gilberto Kassab (PSD).
Luiz Ricardo Santoro, secretário adjunto de Obras da Prefeitura de São Paulo, afirma que o material resultado da demolição do imóvel será encaminhado para uma usina para ser triturado e aproveitado para base de futuras pavimentações.
O Edifício Moinho teve suas estruturas comprometidas após um incêndio na Favela do Moinho no dia 22 de dezembro. Desde então, a circulação dos trens da CPTM está interrompida nos trechos das linhas férreas 7, entre as estações Barra Funda e Luz, e 8, entre a Barra Funda e Júlio Prestes.
Kassab diz que não esperava ver o prédio totalmente no chão. Segundo ele, a prioridade não era implodir o imóvel e, sim, eliminar o risco de desabamento e reestabelecer a circulação de passageiros e transporte de carga. "[O prédio] poderia ter vindo abaixo, mas o volume de explosivo foi dimensionado não apenas para que houvesse a explosão, mas também para que fossem preservadas as duas linhas ao lado do prédio. Tinha de se manter um equilíbrio. A prioridade não era implosão do prédio e sim o reestabelecimento da linha de passageiros e do transporte de cargas. Se a prioridade fosse a implosão seria muito mais fácil", diz.
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Segundo a Prefeitura de São Paulo, o transporte de passageiros será
restabelecido na terça-feira e o transporte de cargas na quinta-feira,
com possibilidade de antecipação.'Prédio assentado'
Apesar da maior parte da estrutura do prédio seguir em pé, Kassab não considera que houve falhas na implosão. "Sabíamos que o volume de explosivo não poderia colocar tudo no chão por conta da necessidade de se preservar as duas linhas férreas ao lado.”
Wesley Bartoli, técnico em explosivos e diretor da Desmotec, empresa contratada para fazer a implosão do imóvel, afirma que o resultado da implosão estava previsto. Segundo ele, como o prédio foi incendiado e estava com a estrutura comprometida e vigas trincadas, não seria possível acomodar a quantidade necessária de explosivo para uma implosão total. "A parte do prédio que fazia com que ele tivesse risco de cair foi eliminada. Agora está assentado. A preocupação principal era eliminar os concretos já trincados, as bases."
Para uma implosão total, Bartoli diz que seria necessário pelo menos o dobro da quantidade de dinamite utilizada, de 800 quilos. "Foi uma detonação para acomodar [o imóvel]. Se colocássemos explosivo no prédio até em cima, ele ia lançar material nos vizinhos e na linha férrea. O objetivo não era botar o prédio no chão."
Os imóveis localizados no raio de 500 metros do local da implosão tiveram de ser desocupados duas horas antes. Os moradores voltaram aos imóveis depois de meia hora da implosão.fonte g1,sp:postado por camocimbelomar@blogspot.com
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