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sábado, 11 de fevereiro de 2012

EM NOVO ÁLBUM,CÉU FAZ VIAGEM CINEMATOGRÁFICA PELO O BRASIL


Terceiro disco abandona a sofisticação jazzística e propõem som rústico.
Influenciada pela lambada e o brega, ‘cada música vira um conto’, diz ela.

Lívia Machado Do G1, em São Paulo
"Carava Sereia Bloo" mostra uma faceta mais psicodélica da cantora Céu (Foto: Renan Costa Lima)"Caravana Sereia Bloom" transforma a lambada e o brega em cult (Foto: Renan Costa Lima)
O beat jamaicano e a cara hippie - habituais dos dois primeiros discos da cantora - saem de cena. O teclado deixa a afinação jazzística e incorpora um som mais “fuleiro.” No novo trabalho, o terceiro da carreira, Céu quer transformar a música em um conto, uma prosa.
“Talvez eu esteja mais próxima do popular neste trabalho. Ouvi muita lambada e brega, descobri coisas lindas. Mas não acho que abandonei a pegada reggae. Talvez esteja apenas menos marcante.Fiz um disco bem misturado, tem um pouco de tudo.”
“Caravana Sereia Bloom” é uma ode ao cinema, principalmente aos road movies. O nome presta uma homenagem ao longa de Cacá Diegues, "Bye Bye Brasil", e propõe uma viagem por botecos de beira de estrada.
“Parece mesmo essas músicas bregas que a gente escuta em bares na estrada. É uma viagem ao norte e nordeste do país. Quis sair da minha zona de conforto e fazer um som mais imagético. A estrada e o cinema são os temas principais.”
Os dois motes estiveram presentes na vida da cantora durante os últimos anos. Sem gravar um CD desde 2009, quando lançou o “Vagarosa”, Céu fez inúmeras participações em trabalhos alheios e emprestou a voz às trilhas nos cinemas. O filme "Cidade Baixa", de Sergio Machado, foi um deles. “Eu sou arroz de festa, adoro participar da produção de colegas, amigos. Fiz muita coisa relacionada ao cinema e essa relação foi se estabelecendo.”
A versatilidade disponível de Céu foi recentemente aproveitada pela gravadora Universal, que convidou a cantora para uma ainda não divulgada homenagem a Caetano Veloso. “Fui chamada para participar de um álbum comemorativo. Escolhi uma das músicas que mais gosto dele e fiz uma versão puxada para o brega. Ficou super diferente.”
A trupe
A "Caravana Rolidei" de Céu é uma rede colaborativa. Produzido por Gui Amabis, marido da cantora, o álbum tem participações de músicos como Pupillo, Curumin, Lúcio Maia e as vozes de Negresko Sis - Anelis Assumpção e Thalma de Freitas.
O pai da cantora, o músico e compositor Edgard Poças – criador do grupo infantil Balão Mágico – também participa do disco. Ao lado da filha, ele fez uma releitura para “O Palhaço”, de Nelson Cavaquinho. O convite partiu de Céu, que queria transformar a canção em uma espécie de “respiro” no CD. “A ideia era fazer um palhaço no estilo Fellini (cineasta italiano) e meu pai entendeu completamente o que eu queria. Pedia uma melodia de valsa, não um samba. Gravamos uma vez só.”
O disco foi maturado ao longo de um ano, mas produzido rapidamente. Em aproximadamente três semanas o material já estava finalizado.
Respeitável público
Para aproximar as pessoas de seu processo criativo, Céu fez uso do Garage Band, programa de música da Apple, queridinho também de Chico Buarque. A ideia era experimentar mais, e fazer um "recorte e cole" de sons. “Eu adoro o Garage. Acho genial. É um diário, registro de músicas que me aproxima do meu público.”
O uso do software não é a única novidade. Anos depois de debochar de um produtor que lhe pediu para gravar em inglês, Céu resolveu incluir duas músicas da língua estrangeira - "Fffree" e o reggae "You won't regret it" - no novo trabalho. A iniciativa, apesar da aceitação no mercado internacional, foi despretensiosa e não estratégica, garante ela.
“Eu era rebelde, achei um absurdo o pedido e disse que jamais faria. Mas encomendei uma música pro Lucas Santtana e ele fez em inglês. Foi tudo por acaso, nada pensado. Mas hoje acho a língua inglesa muito musical, linda.”
A turnê do novo álbum começa em São Paulo. Céu leva sua batida mambembe para o Sesc Vila Mariana nos dias 10 e 11 de Março. Depois, embarca para a Europa, onde passará 40 dias divulgando o novo trabalho. Na volta, no dia 5 de maio, canta no Circo Voador, no Rio de Janeiro e espera percorrer o "regionalismo brasileiro" até o final do ano.

  fonte G1,SP:postado por camocim belo mar blog

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