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segunda-feira, 23 de abril de 2012

"A CATEQUESE VISTA COM "PROCESSO".



Esse texto que partilho com vocês é o resumo de uma formação em que participei algum tempo atrás. O público alvo eram “seminaristas”. Fiquei feliz ao ver que nossos futuros padres estão recebendo formações sobre: INICIAÇÃO CRISTÃ. (Aliás, esse é um assunto que podemos abordar noutra ocasião)

O palestrante inicia dizendo que algumas palavrinhas têm surgido e ficam dançando entre nós, em nossas pastorais:  a tal da INICIAÇÃO CRISTÃ, CATEQUESE ESTILO CATECUMENAL, LEITURA ORANTE OU LECTIO DIVINA, MISTAGOGIA, a dupla DISCÍPULOS E MISSIONÁRIOS que se fez presente no documento de Aparecida, nada mais, nada menos  que 116 vezes. Hoje, unidas não são mais uma dupla e sim DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS. Entre tantas verdades, disse que  a angustia de muitas paróquias e catequistas, é que muitas coisas ficam  nos discursos, na teoria, muito se fala, pouco se explica como colocar em prática.

Achei interessante, a relação que ele fez entre o documento da CATEQUESE RENOVADA, de 1983, destacando que foi o documento mais lido, o best seller da CNBB e o atual DIRETÓRIO NACIONAL DE CATEQUESE de 2007, ambos sem muitas mudanças, apenas alguns termos desaparecem devido à linguagem da época. Vejamos:

“A catequese é um processo de educação comunitária, permanente, progressiva, ordenada, orgânica e sistemática da fé. Sua finalidade é a maturidade da fé, num compromisso pessoal e comunitário de libertação integral, que deve acontecer já aqui e culminar na vida feliz’”(CR, n.318)

“A catequese é um processo formativo, sistemático, progressivo e permanente de educação da fé. Promove a iniciação à vida comunitária, à liturgia e ao compromisso pessoal e com o Evangelho” (DNC, n 233)

Para melhor entendermos a catequese como PROCESSO, ele usa de uma comparação bem simples. A dona de casa e o preparo do almoço. Fazer almoço pode parecer uma coisa simples e rotineira, mas na verdade é uma grande ação que envolve outras pequenas ações complementares. Primeiro, a pergunta dramática: O que fazer de almoço? Essa pergunta, já faz parte do processo, parte de um planejamento. Depois de resolvido, se pega panelas, bacias, facas, prepara o arroz, lava, prepara uma carne, cozinha o feijão, saladas, descasca os temperos, acende o fogo, coloca óleo/azeite, água, sal... Enfim, todo esse preparo para se chegar ao processo final: fazer o almoço.

O processo tem que ser inteligente, pensado, não pode ser um chute no escuro.

O processo catequético – QUEREMOS FORMAR CRISTÃOS e Nossa meta final é a vida eterna, o céu, mas pra se chegar até lá temos uma longa caminhada: a primeira evangelização (nem todos recebem a fé embrionária pela família), a catequese e todo seu processo de iniciação permanente, a comunidade/experiência cristã: doutrina-liturgia- oração- Bíblia- moral- ministérios- missão- consciência crítica- Vida eterna- comunhão trinitária.

Bem se vê que catequese é um processo de INICIAÇÃO/MATURAÇÃO. Se é processo envolve uma série de atividades diferenciadas. É um caminho de várias pistas e várias mãos. Caminhos esses que estamos conhecendo. As pistas para melhor trabalhar esse jeito do fazer catequético, vão aprendendo na medida em que se busca formação. Se perguntarmos: QUE TIPO DE CRISTÃOS ESTAMOS FORMANDO? Devemos também questionar: QUE TIPO DE CATEQUISTAS É NECESSÁRIO PARA OS DIAS DE HOJE? No mínimo catequistas preparados.

Não podemos ficar andando de carroça (a catequese), enquanto os carros sofisticados, com seus motores potentes (as coisas do mundo) passam voando por nós. Que tenhamos coragem, ousadia de aposentar nosso cavalo e comprar um fusquinha.

Tudo evolui numa velocidade assustadora e nossos catequizandos fazem parte dessa geração, portanto precisamos evoluir também, buscando nos formar para bem fazer nossa catequese.  Andar de carroça, jamais!! Podemos mais!


Por Imaculada Cintra - Catequista de IVC/camocim belo mar blog

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