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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SEMINÁRIO ABORDA O DIREITOÀ MEMÓRIA DE TESTEMUNHAS DA DITADURA NO PARÁ.

Evento é promovido pelo Conselho Reginal de Psicologia.
Em debate, a violência contra camponeses durante a Guerrilha do Araguaia.



A Guerrilha do Araguaia foi um movimento existente ao longo do rio Araguaia, entre as décadas de 60 e 70 (Foto: Reprodução/TV Liberal)A Guerrilha do Araguaia, datada entre os anos 60 e 70, deixou
rastros de violência. (Foto: Reprodução/TV Liberal)
O seminário "Direito à Memória e à Verdade: Contribuições da Psicologia do Pará e Amapá” será realizado nesta quarta-feira (21), no auditório do Conselho Regional de Psicologia da 10ª Região, em Belém.
No evento, o pesquisador Paulo Fontelles, que há mais de 20 anos desenvolve estudos sobre a Guerrilha do Araguaia, um dos mais importantes movimentos de resistência à ditadura brasileira, debate dados obtidos em seus estudos.
Segundo o estudioso, o conflito armado, ocorrido entre 1972 e 1975 na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia, nas divisas entre os estados de Goiás, Pará e Maranhão, deixou castros de violência. Fontelles recolheu relatos de agressão contra camponeses, como estupros e tortura a crianças. Segundo moradores da região e de ex-soldados, foram mais de 300 pessoas assassinadas. Pessoas anônimas, trabalhadores rurais, sem nenhum tipo de militância política.
De acordo com o pesquisador, a maioria dos grupos de extermínio do país têm origem na ditadura, que ainda é uma coisa muito atual. “O que acabou foi o regime político da ditadura militar, mas aquele pensamento ainda está presente em muitas instâncias”, ressalta a professora da Universidade Federal do Pará, Flávia Lemos. O pesquisador dá o exemplo de municípios do Sul do Pará, região campeã em práticas como violência no campo e trabalho escravo.
Paulo Fontelles faz parte de um grupo de trabalho, que envolve três ministérios, dedicados a encontrar desaparecidos políticos. O grupo lutou pela criação da Comissão da Verdade, frente nacional para investigar casos do período ditatorial, como a Guerrilha do Araguaia. O pesquisador aponta que no mundo todo, há mais de 40 experiências bem sucedidas com Comissões da Verdade, entre elas de países da América do Sul, sendo a mais conhecida a do Apartaid, na África do Sul. “O Brasil é um dos países mais atrasados na questão da punição de criminosos políticos”, denuncia.
Serviço
Seminário "Direito à Memória e à Verdade: Contribuições da Psicologia do Pará e Amapá”, quarta-feira, 21,  de 18h30 às 21h30, no auditório do CRP10, localizado na Avenida Generalíssimo Deodoro, 511..fonte:G1 PA/camocim belo mar blog

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