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sábado, 8 de dezembro de 2012

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 09/12/12.


— Santa Joana Francisca de Chantal
Neste dia queremos lembrar a vida da santa que na liturgia comemoraremos amanhã, Joana Francisca de Chantal, modelo de jovem, mãe, irmã e, por fim, de religiosa. Nasceu em Dijon, centro da França, em 1572 e foi pelas provações modelada até a santidade.

A mãe tão amada faleceu quando Joana era criança; o pai, homem de caráter exemplar, era presidente da câmara dos vereadores e por causa de maquinações políticas chegou a sofrer pobreza e muitas humilhações. Joana, que recebeu da família a riqueza da fé, deu com 5 anos um exemplo marcante quanto a presença de Jesus no Santíssimo Sacramente, pois falou a um calvinista que questionava o pai: "O Senhor Jesus Cristo está presente no Santíssimo Sacramento, porque Ele mesmo o disse. Se pretendeis não aceitar o que Ele falou, fazeis dele um mentiroso".

Santa Joana Francisca com 20 anos casou-se com um Barão (Barão de Chantal), tiveram quatro filhos, e juntos começaram a educar os filhos, principalmente com o exemplo. Joana era sempre humilde, caridosa para com o esposo, filhos e empregados; amava e muito amada.

Tristemente perdeu seu esposo que foi vítima de um tiro durante uma caça e somente com a graça de Deus conseguiu perdoar os causadores, e corajosamente educar os filhos. Como santa viúva, Joana conheceu o Bispo Francisco de Sales que a assumiu em direção espiritual e encontrou na santa a pessoa ideal para a fundação de uma Ordem religiosa. Isto no ano de 1604. A partir disso, começou e se desenvolveu uma das mais belas amizades que se têm conhecido entre os santos da Igreja.

Santa Joana Francisca de Chantal, já com os filhos educados, encontrou resistência dos seus familiares, porém, diante do chamado de Cristo, tornou-se fundadora das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora. Seguindo o exemplo de Maria, a santa de hoje com suas irmãs fizeram um grande bem à sociedade e à toda Igreja. A longa vida religiosa da Senhora de Chantal foi cheia de trabalhos, sofrimentos e consolações. Faleceu em Moulins, no ano de 1641. Nessa época, já existiam na França noventa casas da sua Ordem.

São Francisco de Sales nunca abandonou a filha espiritual; sobreviveu-lhe ela dezenove anos e repousa a seu lado na capela da Visitação, em Annecy (local da fundação da primeira casa da Ordem das Irmãs da Visitação de Nossa Senhora).

Santa Joana Francisca de Chantal, rogai por nós!

09.12.2012
2º Domingo do Advento — ANO C
(ROXO, CREIO, PREFÁCIO DO ADVENTO I – II SEMANA DO SALTÉRIO)
__ "Preparai o caminho do Senhor! Caminhai no caminho do Senhor!" __

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
(Valorizar os símbolos do Advento: coroa, velas, manjedoura vazia...)
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Já estamos no segundo domingo do Advento, palavra que significa "vinda, chegada". É tempo, portanto, de conversão, meditação e oração. A liturgia de hoje sacudirá o comodismo de quem se contenta com uma vida qualquer ou seguem vozes que não conduzem a lugar algum. Sacudir o comodismo significa se colocar numa atitude de quem deseja não somente preparar o caminho do Senhor, mas também colocar o pé na estrada que favorece o encontro com Jesus Cristo, não se acanhando diante dos montes e colinas que impedem o encontro com Jesus Cristo.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste domingo damos mais um passo na celebração do Mistério da Salvação. Acende-se a segunda vela da coroa do Advento, em sinal de acolhimento ao mistério do Filho de Deus, o Amor encarnado. Neste sentido, atendamos ao apelo que a Igreja nos faz pela Coleta Nacional para a Evangelização, a ser realizada no próximo domingo. Por meio da oração e de gestos concretos desta natureza nos preparamos para celebrar o Natal do Senhor.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Podemos situar o tema deste domingo à volta da missão profética. Ela é um apelo à conversão, à renovação, no sentido de eliminar todos os obstáculos que impedem a chegada do Senhor ao nosso mundo e ao coração dos homens. Esta missão é uma exigência que é feita a todos os baptizados, chamados – neste tempo em especial – a dar testemunho da salvação/libertação que Jesus Cristo veio trazer. O Evangelho apresenta-nos o profeta João Baptista, que convida os homens a uma transformação total quanto à forma de pensar e de agir, quanto aos valores e às prioridades da vida. Para que Jesus possa caminhar ao encontro de cada homem e apresentar-lhe uma proposta de salvação, é necessário que os corações estejam livres e disponíveis para acolher a Boa Nova do Reino. É esta missão profética que Deus continua, hoje, a confiar-nos. A primeira leitura sugere que este "caminho" de conversão é um verdadeiro êxodo da terra da escravidão para a terra da felicidade e da liberdade. Durante o percurso, somos convidados a despir-nos de todas as cadeias que nos impedem de acolher a proposta libertadora que Deus nos faz. A leitura convida-nos, ainda, a viver este tempo numa serena alegria, confiantes no Deus que não desiste de nos apresentar uma proposta de salvação, apesar dos nossos erros e dificuldades. A segunda leitura chama a atenção para o facto de a comunidade se dever preocupar com o anúncio profético e dever manifestar, em concreto, a sua solidariedade para com todos aqueles que fazem sua a causa do Evangelho. Sugere, também, que a comunidade deve dar um verdadeiro testemunho de caridade, banindo as divisões e os conflitos: só assim ela dará testemunho do Senhor que vem.
Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!
Uma nota especial do Webmaster para esta data:
Caríssimos Irmãos e Irmãs,
Estamos no início de um novo Ano Litúrgico, ou seja, as Leituras e Liturgias de cada tempo ou ciclo do ano litúrgico são diferenciadas e organizadas em ANO A, ANO B e ANO C. Isto significa que o cristão, católico assíduo que vá à missa todos os dias ou que pelo menos leia e estude a Liturgia Diária, em três anos completos terá lido e estudado toda a Bíbilia, e mais ainda: se praticar com amor em sua vida o que ler e aprender todos os dias, em três anos terá acumulado bençãos incalculáveis no caminho da Paz e da Santidade. - Clique aqui para saber mais sobre o Ano Litúrgico
2ª SEMANA DO ADVENTO — ANO LITÚRGICO "C"
Antífona da entrada: Povo de Sião, o Senhor vem para salvar as nações! E, na alegria do vosso coração, soará majestosa a sua voz (Is 30,19.30).
Oração do dia
Ó Deus todo-poderoso e cheio de misericórdia, nós vos pedimos que nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro do vosso Filho, mas, instruídos pela vossa sabedoria, participemos da plenitude de sua vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Primeira Leitura (Baruc 5,1-9)
Leitura do livro do profeta Baruc.
Comentário das Leituras: O exílio se apresenta como um fato estranho na vida do povo, e de cada pessoa. Deus realiza um novo êxodo, trazendo quem vive longe da vida. A condição para participar do caminho que conduz à libertação é ouvir a voz que clama nos desertos da vida.
5 1 Tira, Jerusalém, a veste de luto e de miséria; reveste, para sempre, os adornos da glória divina.
2 Cobre-te com o manto da justiça que vem de Deus, e coloca sobre a cabeça o diadema da glória do Eterno.
3 Deus vai mostrar à terra, e sob todos os céus, teu esplendor.
4 Eis o nome que te é dado por Deus, para todo o sempre: "Paz da Justiça e Esplendor do temor a Deus!"
5 Ergue-te, Jerusalém, galga os cumes e olha para o oriente! Olha: ao chamado do Altíssimo, reúnem-se teus filhos, desde o poente ao levante, felizes por se haver Deus lembrado deles.
6 Quando de ti partiram, caminhavam a pé, arrastados pelos inimigos. Deus, porém, tos devolve, conduzidos com honras, quais príncipes reais,
7 porque Deus dispôs que sejam abaixados os montes e as colinas, e enchidos os vales para que se una o solo, para que Israel caminhe com segurança sob a glória divina.
8 As florestas e as árvores de suave fragrância darão sombra a Israel, por ordem do Senhor.
9 Em verdade, é o próprio Deus quem conduz Israel, pleno de júbilo no esplendor de sua majestade, pela sua justiça, pela sua misericórdia!
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 125/126
Maravilhas fez conosco o Senhor,
exultemos de alegria!
Quando o Senhor reconduziu nossos cativos,
parecíamos sonhar;
encheu-se de sorriso nossa boca,
nossos lábios, de canções.
Entre os gentios se dizia: Maravilhas
fez com eles o Senhor!"
Sim, maravilhas fez conosco o Senhor,
exultemos de alegria!
Mudai a nossa sorte, ó Senhor,
como torrentes no deserto.
Os que lançam as sementes entre lágrimas
ceifarão com alegria.
Chorando de tristeza sairão,
espalhando suas sementes;
cantando de alegria voltarão,
carregando os seus feixes!
Segunda Leitura (Filipenses 1,4-6.8-11)
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses.
1 4 Em todas as minhas orações, rezo sempre com alegria por todos vós,
5 recordando-me da cooperação que haveis dado na difusão do Evangelho, desde o primeiro dia até agora.
6 Estou persuadido de que aquele que iniciou em vós esta obra excelente lhe dará o acabamento até o dia de Jesus Cristo.
8 Deus me é testemunha da ternura que vos consagro a todos, pelo entranhado amor de Jesus Cristo!
9 Peço, na minha oração, que a vossa caridade se enriqueça cada vez mais de compreensão e critério,
10 com que possais discernir o que é mais perfeito e vos torneis puros e irrepreensíveis para o dia de Cristo,
11 cheios de frutos da justiça, que provêm de Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Toda a carne há de ver a salvação do nosso Deus (Lc 3,4.6).

EVANGELHO (Lucas 3,1-6)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
3 1 No ano décimo quinto do reinado do imperador Tibério, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe tetrarca da Ituréia e da província de Traconites, e Lisânias tetrarca da Abilina,
2 sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra do Senhor no deserto a João, filho de Zacarias.
3 Ele percorria toda a região do Jordão, pregando o batismo de arrependimento para remissão dos pecados,
4 como está escrito no livro das palavras do profeta Isaías: "Uma voz clama no deserto: 'Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.
5 Todo vale será aterrado, e todo monte e outeiro serão arrasados; tornar-se-á direito o que estiver torto, e os caminhos escabrosos serão aplainados.
6 Todo homem verá a salvação de Deus'".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, com bondade nossas humildes preces e oferendas, e, como não podemos invocar os nossos méritos, venha em nosso socorro a vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: Levanta-te, Jerusalém, põe-te no alto e vê; vem a ti a alegria do teu Deus (Br 5,5; 4,36).
Depois da comunhão
Alimentados pelo pão espiritual, nós vos suplicamos, ó Deus, que, pela participação nesta eucaristia, nos ensineis a julgar com sabedoria os valores terrenos e colocar nossas esperanças nos bens eternos. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
Silêncio após comunhão
Após a comunhão, a comunidade entra num importante, rico e denso silêncio, que possibilita o louvor e o agradecimento. Nesse momento, deve cessar toda palavra, todo movimento e todo canto para dar lugar apenas à meditação, ao recolhimento e à suplica. Esse tempo de silêncio é seguido pela oração após comunhão, que conclui a terceira parte da missa.
TEXTOS BÍBLICOS PARA A SEMANA:
2ª Rx - Is 35,1-10; Sl 84 (85); Lc 5,17-26
3ª Rx – Is 40,1-11; Sl 95 (96); Mt 18,12-
4ª Br – Gl 4,4-7; Sl 95 (96); Lc 1,39-47
5ª Vm - Is 41,13-20; Sl 144 (145); Mt 11,11-15
6ª Br - Is 48,17-19; Sl 1; Mt 11,16-19
Sb Rx – Eclo 48,1-4.9-11; Sl 79 (80); Mt 17, 1010-13
3º DOM. DO ADVENTO Sf 3,14-18A; Cânt.: Is 12,2-3.4bcd.5-6 (R/.6); Fl 4,4-7; Lc 3,10-18 (Testemunho de João Batista)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês de Dezembro/2012:
http://www.diocesedeapucarana.com.br/userfiles/cantos_dezembro_2012.pdf

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. A VIDA NOVA QUE VEM DO DESERTO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Somos um povo acostumado a “mudanças” que só vem de cima para baixo, governantes e legisladores é que deve preocupar-se com o que precisa ser mudado “Eles ganham uma fortuna, fora o que roubam, justamente para pensar em mudanças que melhorem a nossa vida” – comentou uma vizinha, bastante exaltada, sobre esse tema. Este pensamento não é de todo errado, as pessoas não têm tempo para nada, trabalho e estudo, correria do dia a dia, como é que vai ter tempo para parar e refletir sobre a realidade política e econômica? “Essa cambada de inúteis tem que fazer pelo menos isso, por isso que a gente os coloca lá” – completou a vizinha.
Entretanto é um pensamento perigoso, porque eles se tornam a nata pensante, e resto da população tem mais é que produzir. Quando não temos tempo para pensar, ou achamos uma perda de tempo preocupar-se com a política, economia e outras questões sociais, a classe política fica super feliz, porque pensam,decidem e fazem mudanças, com a nossa total aprovação. E assim somos constantemente manipulados na área econômica, nas decisões políticas, e a maioria acha que está “tudo lindo e maravilhoso”.
Acontece que quando Deus interfere na história, não segue essa lógica humana, pois Deus não concorda com essa história, de que a possibilidade de mudar alguma coisa está unicamente nas mãos dos que nos governam e legislam.
Deus não precisa pedir o aval das instituições, mesmo as religiosas, para agir na história. Ele não desvia a sua atenção da vida do povo um só momento, pois é no coração desse povo que ele faz nascer a esperança e o desejo de mudança, por isso, governante e legislador que é sábio, está sempre atento ao clamor que vem do coração do povo.
João Batista poderia ser um sacerdote, como seu pai Zacarias, e viver tranqüilo, na instituição do templo, poderia acomodar-se e até ser um bom sacerdote. Mas, tocado pelo Espírito de Deus, começou a perceber que havia algo de errado na estrutura política, econômica, social e religiosa daquele tempo, por isso foi viver no deserto, não para tornar-se um alienado e empreender uma espécie de fuga, mas para fazer uma releitura da história de Israel, resgatando valores morais que já se tinham perdido, na relação entre as pessoas. Deus lhe dirige a sua palavra e João começa a falar de mudanças, que não deverão vir de cima para baixo, mas sim de dentro para fora, do fundo do coração, tocado pelo arrependimento sincero, pois ele sabe que o coração do homem é o caminho mais fácil para Deus intervir na história.
Deserto é lugar de reflexão, de encontro e experiência com Deus, foi na caminhada do deserto, que se formou o povo de Deus, e o rio Jordão foi o último desafio a ser superado para entrarem na terra das Promessas, onde corria leite e mel. Este caminho tortuoso que tem que ser endireitado, este vale e montanha, qual barreira intransponível, está no coração do homem, é aí que deve começar a mudança, e este desafio de mudar, vem do agir de Deus, através do Espírito Santo, mas também supõe o esforço do homem, e quando Deus e o homem se unem em um projeto, o milagre acontece.
Enquanto cristãos membros da Igreja, podemos imitar o precursor João Batista, e ter dentro de nós esse deserto onde nos encontramos com Deus, onde a sua Palavra nos é dirigida, mas isso é possível se aceitarmos o desafio de derrubar toda e qualquer barreira existente em nosso coração. Parece ser exatamente esse o grande convite da Liturgia nesse segundo domingo do nosso advento.Certamente que a organização de um povo, em torno de um ideal humano que busque a justiça, a igualdade e a fraternidade, na relação com o outro, e mesmo entre as nações, é válido e deve merecer o apoio e o incentivo de todos os cristãos e homens de bem, entretanto, o cristão deve ter bem claro que o Reino que Jesus plantou em meio a humanidade, tem os seus próprios valores e princípios, e não precisa jamais de qualquer ideologia humana, para realizá-lo.
Portanto, conversão é algo pessoal, eu permito que a força da graça de Deus, aplaine o meu coração, endireite os caminhos tortuosos, preencha o vazio de tanto egoísmo, que me impede de olhar para o outro, que derrube por terra a montanha da indiferença, que me separa das pessoas. E acima de tudo, ter sempre a consciência de essa mudança é dom de Deus, e obra iniciada pela Salvação que Cristo nos trouxe, e que um dia, ele próprio a conduzirá á perfeição. Não esperemos muito das nossas instituições, elas só serão transformadas, quando as pessoas mudarem, e isso só ocorrerá quando eu me converter. Caso contrário, o cristianismo continuará a ser para muitos uma grande ilusão...
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. Início do ministério de João
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Seguindo um estilo literário usual da cultura grega, em seu tempo, Lucas, no prólogo de seu evangelho, afirma sua intenção de escrever "de modo ordenado" a sucessão dos fatos relativos a Jesus de Nazaré. Com isto ele pretende realçar o caráter histórico do acontecimento de Jesus. Contudo, na realidade, em seus textos, o caráter teológico lucano prevalece sobre o caráter histórico, deixando transparecer a sua interpretação pessoal.
Após as narrativas de infância de João Batista e de Jesus, Lucas procura situar, no tempo, o início do ministério de João, referindo-se a algumas datas dos governantes contemporâneos, tanto no poder civil como no poder religioso. Embora haja certa ambiguidade nestas datas, a intenção de Lucas, com estes marcos cronológicos, é inserir na própria história os acontecimentos envolvendo Jesus e, em Atos dos Apóstolos, as primeiras comunidades.
João prega no deserto, além-Jordão, isto é, fora da Judeia. Conforme a tradição criada pelo Primeiro Testamento, o "povo eleito" libertara-se da escravidão no Egito, dirigindo-se ao deserto em busca da terra prometida. Agora, João lidera a libertação em relação ao poder religioso do Templo e do sacerdócio de Jerusalém voltando ao deserto, invertendo e preparando "o caminho do Senhor" para uma nova terra, o Reino de Deus. Aquela que era considerada a terra prometida (primeira leitura), Israel, com sua teocracia, na realidade tornou-se uma terra de opressão e exploração da parte dos chefes de Israel sobre o povo.
Lucas não dá grande realce ao batismo de Jesus por João, inserindo-o no conjunto de "todo o povo" que havia sido batizado, destacando, apenas o momento de oração de Jesus, quando o Espírito Santo desce sobre ele sob a forma de pomba, seguindo-se a proclamação: "Tu és meu filho; eu, hoje, te gerei", inspirada no Salmo 2, versículo 7. Assim, percebe-se que Lucas realça mais o caráter profético de João, com o anúncio da conversão (metanóia). É pela conversão à prática da justiça, na partilha e na solidariedade, na rejeição da corrupção e da violência, que o pecado é removido do mundo.
João Batista está inserido no projeto "daquele que começou uma boa obra" (segunda leitura) a ser plenificada em Jesus de Nazaré. A nova terra, o mundo novo possível, é marcada pela ternura de Jesus, pelos laços do amor. Com lucidez busca-se discernir e libertar-se das falsas ideologias emanadas do poder econômico. Com esperança busca-se um mundo melhor, tecendo-se a rede de relações sociais comunitárias em vista de implantar a justiça e estabelecer a Paz.
Oração
Espírito que converte, toca o coração de todas as pessoas para que, abandonando seus erros e vícios, voltem-se para Jesus, por uma sincera conversão.
3. O MEU MENSAGEIRO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A vinda de Jesus foi devidamente preparada pela pregação e pelo testemunho de João Batista. O batismo de conversão para o perdão dos pecados, anunciado pelo Precursor, predispunha o coração das pessoas para a proposta do Reino que Jesus iria anunciar. A figura os costumes austeros do Batista constituíam um questionamento contínuo para quem buscava algo melhor e se dispunha a acolher o Messias que estava para vir.
O Precursor tinha consciência de ser um simples mensageiro de quem era mais forte do que ele e cuja grandeza tornava-o indigno até mesmo de desatar-lhe as sandálias. Tinha consciência da provisoriedade de sua missão. O batismo com água, que ele ministrava, seria substituído pelo batismo com o Espírito Santo, que seria conferido pelo Messias vindouro. Sua pessoa, pois, estava fadada a cair no esquecimento.
Contudo, o Batista não se sentia diminuído no exercício da missão que lhe fora confiada. Preparar os caminhos do Senhor era sua tarefa. Aplicava-se a ele, perfeitamente, o texto em que o profeta se referira ao mensageiro enviado por Deus para preparar o caminho do povo, de volta do exílio babilônico. Tratava-se, agora, de preparar o povo para entrar no Reino que seria instaurado por Jesus. O desempenho do Batista foi exemplar. Jesus podia caminhar seguro, nos caminhos preparados por ele.
Oração
Senhor Jesus, a exemplo de João Batista, faze-me teu mensageiro, que prepare tua chegada no coração de quem precisa de ti.fonte:NPD Brasil/camocim belo mar blog

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