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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

PACIENTE QUE PROTESTOU AO TER CIRURGIA DESMARCADA É OPERADO EM GOIÂNIA-GO.

 

Com obstrução renal por cálculo, operação já tinha sido adiada três vezes.
Hospital diz que pegou equipamento emprestado para fazer procedimento.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera/camocim belo mar blog

Após protestar na porta da Santa Casa de Misericórdia, em Goiânia, o funcionário público Paulo Francisco Carneiro, de 56 anos, foi operado nesta quinta-feira (13). A cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foi realizada depois de ter sido cancelada três vezes, o que revoltou o paciente, diagnosticado com obstrução renal por cálculo.
Ainda no quarto da unidade de saúde, ele falou sobre o protesto que realizou, na quarta-feira (12), ao ser informado, já na sala de cirurgia, de que não seria operado. "Fiquei chateado porque os próprios médicos lá dentro me deram a carta para que eu fosse ao Ministério Público. Eu levei um susto porque vinha de dias e dias de dores e dores. Hoje fui bem tratado", afirmou.
No dia da confusão, Paulo havia percorrido 350 km de Nova Iguaçu de Goiás até a capital para fazer a cirurgia. "Eu já estava pelado e o médico falou que não, que eu não podia fazer, não [a cirurgia]".
Segundo a unidade de saúde, a operação foi cancelada porque o médico responsável decidiu usar um aparelho que não estava disponível no local. O procedimento só pôde ser realizado nesta quinta-feira porque a Santa Casa pegou o equipamento necessário para a cirurgia emprestado de um outro hospital. A direção informou que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.
No próprio receituário, o cirurgião explicou que a enfermeira-chefe do centro cirúrgico não o informou que o aparelho não poderia ser utilizado. No documento, o urologista finaliza dizendo: “Portanto, estou impossibilitado de resolver a doença desse paciente que se trata de uma urgência”. 

Revolta
Várias pessoas que estavam no hospital se solidarizaram com o drama do aposentado. Indignadas, elas também cobravam soluções para Paulo.
"É um descaso. Esse homem estava em uma mesa de cirurgia e depois simplesmente dizem: 'Não, não foi autorizado, vá ao Ministério Público'. Então a situação dele não conta? Então o que conta? O que significa o ser humano? O que significa a saúde?", questionou uma das pessoas que acompanharam o protesto do paciente.
"[Ele] É ser humano igual a nós e eu tenho certeza de que ele já trabalhou, já pagou todos os impostos que tinha de pagar na vida, para ter esse direito que ele está precisando agora, e não tem ninguém para apoiá-lo", disse uma lojista, revoltada.
Sensibilizada, ela chegou a acionar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). O objetivo era que a ambulância pudesse levar Paulo até a sede do Ministério Público de Goiás, onde cobraria seu direito de fazer a cirurgia. Porém, os socorristas afirmaram que não poderiam fazer o transporte do homem. Apenas no fim da tarde de quarta-feira, ele foi convencido a retornar para o interior do hospital.
Com cólica de rins, Paulo Francisco, 56, protestou na porta de hospital em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Com cólica de rins, Paulo Francisco, 56, protestou na porta de hospital (Foto: Reprodução/TV Anhanguera
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