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sexta-feira, 14 de março de 2014

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 16 DE MARÇO DE 2014.

 Santa Eusébia
Pertenceu a uma família de muitos santos. Com oito anos seu pai, Santo Adalberto, faleceu. Sua mãe, chamada a uma vida de entrega total a Deus, montou um convento e quis a sua filha junto. Sua avó Gertrudes também a chamou para a vida religiosa em Hamage (França), e ela aceitou.
A mãe, Santa Riertrudes, soube que Eusébia seria a Abadessa após a morte de sua avó. Então fez de tudo para ela ser bem formada antes, pois tinha apenas 12 anos. E foi para junto de sua mãe, mas às vezes escapava para a comunidade de Hamage (França), onde percebia ser o seu lugar.
Riertrudes repensou, e após se aconselhar com bispos e abades liberou sua filha para voltar e ser Abadessa, talvez a mais jovem da França.
Eusébia pressentiu que não duraria muito por aqui. Com apenas 23 anos reuniu suas filhas espirituais, e deu-lhes vários conselhos. Depois, esperou a morte de maneira calma e confiante. Isso no ano de 680.
Santa Eusébia, rogai por nós!


16.03.2014
2 º DOMINGO DQUARESMA — ANO A
ROXO, CREIO, PREFÁCIO PRÓPRIO – II SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "E da nuvem uma voz dizia: Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o!" __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Cada ano, o segundo domingo quaresmal nos traz o evangelho da Transfiguração, no início da subida de Jesus a Jerusalém, onde levará a termo a vontade do Pai. Acompanhamos Jesus no seu caminho. Para que não desfaleçamos em nossa fé, faz-se necessário que tenhamos diante dos olhos a glória daquele que será aniquilado, o Filho e Servo de Deus. Por isso, a Aliança com Deus nos compromete, levando-nos a denunciar todo e qualquer tipo de exploração contra a vida, como nos chama a atenção a Campanha da Fraternidade deste ano. Somos convidados a dar ouvidos ao Filho de Deus, e a receber de Cristo nossa vocação, para caminhar atrás dele até a glória, passando pela cruz.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Depois da vitória sobre as tentações no deserto, a liturgia celebra a transfiguração de Jesus no Tabor, para mostrar a autêntica figura do Filho de Deus e a verdadeira imagem que a filiação adotiva nos concede pela graça do Batismo.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Revelar-nos ao outro é um ato de confiança, porque lhe dá poder para intervir sobre nós, e partilhar a mesma vida como acontece na amizade e no matrimonio é deixar que seja envolvida toda nossa existência.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, da Caridade, do Jejum e da Oração, preparemo-nos para a Páscoa do Senhor!

O RISCO DA FÉ
Antífona da entrada: Meu coração disse: Senhor, buscarei a vossa face. É vossa face, Senhor, que eu procuro, não desvieis de mim o vosso rosto! (Sl 26,8s)
Oração do dia
Ó Deus, que nos mandastes ouvir o vosso Filho amado, alimentai nosso espírito com a vossa palavra, para que, purificado o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Jesus em si mesmo revela o termo de nossa vocação, na medida em que nós nos unimos a ele pela obediência de sua palavra, pela adesão da fé. Desta forma, nossa vida, não é posição adquirida, mas caminho, dinamizado por uma vocação cujo termo, embora ainda escondido, já é revelado em Jesus Cristo. Sua glória é a luz que ilumina o caminho que nós somos chamados a percorrer. A lógica de Deus entra em choque com o mundo, que só quer conquistar e dominar, mas é vitoriosa em quem é fiel. Por meio das leituras de hoje aprofundemos o mistério que Cristo revela no Tabor e acolhamos a iluminação da sua glória.
Primeira Leitura (Gênesis 12,1-4)
Leitura do livro do Gênesis.
12 1 O Senhor disse a Abrão: “Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar.
2 Farei de ti uma grande nação; eu te abençoarei e exaltarei o teu nome, e tu serás uma fonte de bênçãos.
3 Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem; todas as famílias da terra serão benditas em ti.”
4 Abrão partiu como o Senhor lhe tinha dito, e Lot foi com ele.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 32/33
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
Venha a vossa salvação.
Pois reta é a palavra do Senhor,
e tudo o que ele faz merece fé.
Deus ama o direito e a justiça,
transborda em toda a terra a sua graça.
Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
e que confiam, esperando em seu amor,
para da morte libertar as suas vidas
e alimentá-los quando é tempo de penúria.
No Senhor nós esperamos confiantes,
porque ele é nosso auxílio e proteção!
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!
Segunda Leitura (2 Timóteo 1,8-10)
Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo.
Caríssimo, 1 8 não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus.
9 Deus nos salvou e chamou para a santidade, não em atenção às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio, da graça que desde a eternidade nos destinou em Cristo Jesus,
10 e agora nos manifestou mediante a aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, que destruiu a morte e suscitou a vida e a imortalidade, pelo Evangelho.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Louvor a vós, ó Cristo, rei da eterna glória!
Numa nuvem resplendente fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu Filho muito amado, escutai-o, todos vós (Lc 9,35).

EVANGELHO (Mateus 17,1-9)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 17 1 seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha.
2 Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura.
3 E eis que apareceram Moisés e Elias conversando com ele.
4 Pedro tomou então a palavra e disse-lhe: "Senhor, é bom estarmos aqui. Se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias". Falava ele ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E daquela nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: "Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição; ouvi-o".
6 Ouvindo esta voz, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo.
7 Mas Jesus aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: "Levantai-vos e não temais".
8 Eles levantaram os olhos e não viram mais ninguém, senão unicamente Jesus.
9 E, quando desciam, Jesus lhes fez esta proibição: "Não conteis a ninguém o que vistes, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Ó Deus, que estas oferendas lavem os nossos pecados e nos santifiquem inteiramente para celebrarmos a Páscoa. Por Cristo, nosso Senhor.
Prefácio Próprio: A Transfiguração do Senhor
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Tendo predito aos discípulos a própria morte, Jesus lhes mostra, na montanha sagrada, todo o seu esplendor. E, com o testemunho da lei e dos profetas, simbolizados em Moisés e Elias, nos ensina que, pela paixão e cruz, chegará à glória da ressurreição. E, enquanto esperamos a realização plena de vossas promessas, com os anjos e com todos os santos, nós vos aclamamos, cantando (dizendo) a uma só voz...
Antífona da comunhão: Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu amor: escutai-o! (Mt 17,5).
Depois da comunhão
Nós comungamos, Senhor Deus, no mistério da vossa glória e nos empenhamos em render-vos graças, porque nos concedeis, ainda na terra, participar das coisas do céu. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
CONCILIO VATICANO II - DOCUMENTO:
GRAVISSIMUM EDUCATIONIS (Princípios para a Educação Cristã)
A riqueza principal deste documento é mostrar caminhos para que haja um educação integral, ou seja, que leve em consideração todas as dimensões do ser humano e favoreça um crescimento saudável e pleno da criança e do jovem. A Igreja tem um papel fundamental na educação, por isso a catequese e as escolas devem apresentar um serviço de excelência, sempre atual no que se refere aos métodos e sólida quanto aos conteúdos e valores.
QUARESMA – TEMPO DE CRESCER NA FÉ
O tempo da Quaresma é destinado especialmente a preparar a celebração da Páscoa de paixão, morte e ressurreição de Jesus; esta é a celebração central da Liturgia ao longo do ano e nos envolve profundamente.
A Igreja conclama todos os seus filhos e filhas a se prepararem bem, mediante os exercícios quaresmais do jejum, da esmola e da oração. Ao mesmo tempo, convida a fazer uma revisão da vida e a fazer penitência, para aproximar-se mais de Deus, ou para aprofundar a fidelidade a Ele. O apelo à conversão é constante durante a Quaresma.
Parte dos exercícios da Quaresma é a participação na Campanha da Fraternidade, que tem, neste ano, um tema desafiador: “fraternidade e tráfico de seres humanos”. Infelizmente, ainda persiste o comércio de pessoas, até de crianças; muitas vezes, é para a prostituição, o trabalho escravo e o comércio de órgãos.
Esse problema fere a consciência humana e cristã, que não pode concordar com esse aviltamento da dignidade da pessoa; nem podemos ficar indiferentes diante dele. Vamos envolver-nos nas reflexões e ações propostas pela Campanha da Fraternidade, para que esse grave problema seja resolvido.
Desejo que o tempo da Quaresma seja proveitoso também para um crescimento na fé e para ajudar outros irmãos a darem bons passos numa verdadeira iniciação à vida cristã.
Na Páscoa nós renovaremos nossa adesão a Jesus Cristo e reafirmaremos nossas promessas de fidelidade a Cristo e à Igreja. Preparemo-nos para esse momento. Deus abençoe a todos!
Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto: http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta nada só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 17 A 23 DE MARÇO DE 2014:
2ª Rx - Dn 9,4-10 - Sl 78 - Lc 6,36-38
3ª Rx- Is 1,10.16-20 - Sl 49 - Mt 23,1-12
4ª Rx - 2Sm 7,4-5a.12-14a.16; Sl 88(89); Rm 4,13.16-18.22; Lc 2,41-51 ou Mt 1,16.18-21.24
5ª Rx - Jr 17,5-10 - Sl 1 - Lc 16,19-31
6ª Br - Gn 37,3-4.12-13a.17b-28; Sl 104(105); Mt 21,33-43.45-46
Sb Br - Mq 7,14-15.18-20 - Sl 102 - Lc 15,1-3.11-32
Dom.-Rx: 3º DOM. DA QUARESMA. Ex 17, 3-7; Sl 94(95); Rm 5, 1-2.5-8; Jo 4, 5-42 (Samaritana)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O AMOR QUE TRANSFIGURA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Para quem não conhece, o Monte Tabor onde teria ocorrido a transfiguração de Jesus, é uma alta colina localizada no Leste do Vale de Jizreel, 17 km a oeste do Mar da Galiléia e o seu topo está a 575 metros acima do nível do mar. Entretanto, não se pode afirmar com absoluta certeza, que essa referência geográfica no episódio da Transfiguração do Senhor, é verdadeira, principalmente quando se sabe, que o evangelista São Mateus escreveu para os Judeus e sempre há em seus relatos, uma forte relação entre Jesus Cristo e Moisés.
De qualquer forma o texto nos revela que os discípulos Pedro, Tiago e João, fizeram essa profunda experiência, onde Jesus lhe revelou a sua Divindade. Não é por acaso que na narrativa de Mateus, aparecem ao lado de Jesus o Libertador Moisés e Elias, uma das maiores referências como profeta do Antigo Testamento, é uma catequese que tem como pano de fundo o Judaísmo, comprovando que Jesus é de fato o Messias, aquele que havia sido prometido na Escritura Antiga, e até prefigurado em alguns personagens da História de Israel. A partir de agora, a humanidade não irá mais precisar da Lei e dos Profetas, Jesus não trouxe uma nova Lei ou Aliança, Ele próprio é a Nova Aliança, aquele que de modo único e excelente nos revela o Pai.
Mas o que esse fato refletido no evangelho pelas comunidades de Mateus, tem a ver com a realidade das nossas comunidades cristãs? Sabemos que Jesus é Nosso Deus e Senhor, mas quais as consequências que esta Fé traz em nossa vida? A cada domingo, Dia do Senhor, Jesus convida todos os cristãos a “subirem a montanha”, isso é, a fazerem essa “ascese” nas nossas celebrações. Embora humana, com uma Liturgia que comporta elementos culturais, cada celebração é envolvida pelo Mistério de Deus, como a nuvem que desceu sobre a montanha.
No ambiente celebrativo de nossas igrejas cristãs, de muitos modos Jesus manifesta a glória da sua Divindade, mas de modo excelente na Eucaristia e na Palavra, onde mediante a Fé, podemos sim contemplar a sua glória, sentir a sua presença a conduzir, animar e alimentar os seus, em comunhão com Ele em torno de uma mesa que é a Mesa da Palavra ou da Eucaristia. Moisés e Elias são uma referência importante para todos nós, não como meros personagens históricos, mas como homens que fizeram a experiência de Deus, enquanto anunciadores de uma Libertação que em Jesus atinge a sua plenitude e transcende o meramente histórico, libertando-nos do mal do pecado. O profetismo de Elias anuncia a Palavra Libertadora, o homem nasceu para ser livre, mas a sua liberdade está em Deus, que não permanece impassível diante do sistema opressor que não considera o dom da Liberdade, por isso, a Palavra libertadora se faz ação em Moisés deus vê, ouve, desce e liberta o seu povo. Jesus eleva essa liberdade á sua plenitude, concretizando as promessas de Deus nesse sentido.
O entusiasmo de pertencer a uma comunidade cristã, o privilégio de poder fazer essa experiência com os irmãos e irmãs nas celebrações dominicais, pode nos levar a cometer o mesmo erro de Pedro: o de querermos permanecer apenas na dimensão celebrativa- contemplativa, acomodar-se na Mística e fazer da experiência com Cristo algo muito particular, é esse o significado de querer fazer tendas, e de fato muitos fazem, isolando-se na comunidade ou no seu grupo ou pastoral, achando que a vivência cristã se resume apenas nessa experiência religiosa.
Quando contemplamos a Divindade de Jesus e ficamos só nisso, sentimos medo, porque é impossível compreender um Deus revestido de glória, encarnado em nossa miséria humana. O Sagrado sempre e Sagrado sempre exerceu essa ambiguidade sobre o homem, o encanta, o atrai e fascina, mas também causa medo, quando se está diante do Mistério. Mas Jesus, que tocou nos discípulos, toca também em cada membro da comunidade: “Levantai-vos, não tenhais medo”. E ao descer da montanha, só vêem Jesus caminhando com eles pela encosta da montanha. Eis aqui o grande desafio, vermos Jesus no irmão ou irmã da comunidade, que caminha com a gente, perceber esse Deus extremamente humano, percorrendo nossos mesmos caminhos,, sem nunca deixar de ser o “Outro”, o Transcedente.
E assim, pela sua encarnação recebemos a Graça Divina, e podemos nos abrir para que o Espírito Santo nos renove, nos transforme e nos transfigure no dinâmico processo da conversão, e diferente dos apóstolos Pedro, Tiago e João, ao término da celebração, quando descemos da “montanha”, somos enviados para proclamar bem alto as maravilhas de Deus, a darmos testemunho do evangelho, mostrando que somente na Ressurreição do Senhor encontramos o sentido para a nossa vida terrena.
Derrubemos, portanto, as tendas do nosso comodismo, de uma Fé desvinculada da Vida, nesse segundo domingo da quaresma, e como o Patriarca Abraão, coloquemo-nos á caminho dessa Terra das Promessas, onde cada homem e cada mulher, vivendo em Deus, atingirá a felicidade em seu sentido mais pleno, irradiando em si, a mesma luz fulgurante do Cristo, Homem Deus e Deus Homem, o novo Moisés que nos conduz com segurança a esta terra, cuja estrada passa exatamente na experiência humana, estrada que nosso Deus feito homem também percorreu, e que nos conduz á glória de uma Vida em comunhão definitiva com Ele, que em Cristo nos aceitou também como “Filhos e Filhas, em quem Ele põe todo o seu agrado”. ( 2º Domingo da quaresma MT 17, 1-9)
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. O que sustenta nossa fé, é a graça da ressurreição do Senhor
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
A liturgia da palavra deste segundo domingo da Quaresma tem como intenção esclarecer a fé e fundar a esperança do povo de Deus. O livro do Gênesis, como o próprio nome o sugere, é o livro das origens; origem do universo com tudo o que contém e origem do povo de Deus; é o livro da origem do mal, mas também da fé no Deus único e verdadeiro. O texto de hoje do livro do Gênesis visa nos fazer compreender o dinamismo que está na origem de nossa fé.
Em primeiro lugar, está a palavra que Deus dirige ao ser humano (Gn 12,1-3). No início da fé está um convite de Deus, um convite a sair, um convite à felicidade e à realização do ser humano. Felicidade e realização que estão contidas no verbo “abençoar”. Como a graça de Deus não é exclusiva, essa promessa e bênção dizem respeito a toda a humanidade (v. 3).
No início de nossa fé está a palavra de Deus que convida o ser humano, guiado pela palavra do Senhor, a fazer uma migração para poder ser feliz. Para poder encontrar a felicidade e vivê-la como dom é preciso “sair” de si mesmo, de suas seguranças pessoais e se deixar conduzir por Deus.
O relato da transfiguração do Senhor é a sequência do primeiro anúncio da paixão, morte e ressurreição do Senhor e a apresentação das exigências para seguir Jesus (Mt 16,21-23.24-28). Os discípulos têm dificuldade de aceitar o messianismo apresentado por Jesus, que passa pelo sofrimento e pela morte. O caminho do discípulo, no entanto, é o mesmo do Mestre.
A transfiguração é uma prolepse do mistério pascal de Jesus Cristo. Rosto brilhante como o sol, vestes brancas como a luz são expressões do modo bíblico de dizer que se trata de uma revelação de Deus. O que sustenta nossa vocação cristã, o que sustenta nossa fé, é a graça da ressurreição do Senhor. O sofrimento e a morte não são a última palavra.
O Senhor, ressuscitando dos mortos, venceu o mal e a morte; glorioso, nos faz participantes de sua vitória. Esse é o conteúdo da esperança cristã. É preciso manter os ouvidos abertos e o olhar fixo no Senhor, que passou pelo sofrimento e pela morte, e ressuscitou.
A experiência dos efeitos de sua ressurreição conduzem os discípulos, todos nós, a vivermos a adesão à pessoa de Jesus Cristo no cotidiano de nossa vida.
ORAÇÃO
Pai, que eu seja capaz de contemplar a cena patética de Jesus pendente da cruz, sem me deixar abater pela estupefação, para poder contemplá-lo glorioso na ressurreição.
3. UMA EXPERIÊNCIA FASCINANTE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A contemplação de Jesus transfigurado foi uma experiência fascinante na vida dos três discípulos escolhidos pelo Mestre para subirem com ele ao alto monte. Neste lugar carregado de simbolismo (a montanha era tida como o lugar privilegiado de encontro com Deus) puderam contemplar Jesus transfigurado, revestido de glória e majestade, e "vê-lo" no fulgor de sua santidade.
A transfiguração foi, de certo modo, uma antecipação da ressurreição. Depois de ressuscitado, o esplendor de sua glória já não fulguraria, por pouco tempo, para um grupo seleto de discípulos. Pelo contrário, não só poderia ser contemplada por todos os discípulos, como também deveria ser proclamada a todos os povos da Terra. A ordem de guardar segredo ("não dizer a ninguém a respeito da visão") perderia sua razão de ser.
Contudo, a contemplação do Ressuscitado haveria de ser precedida por uma experiência aterradora: a de ver o Messias Jesus pendente na cruz. O fascínio daria lugar ao pavor e à estupefação, porque a morte de cruz não encontraria explicação, uma vez que o Mestre sempre dera mostras de ser um homem justo e, em sua pregação, falara de Deus como um Pai amoroso e fiel.
Só quem fosse capaz de superar o impacto da cruz e reconhecer no Crucificado o Filho de Deus, chegaria a reconhecê-lo fascinantemente ressuscitado.
Oração
Pai, que eu seja capaz de contemplar a cena patética de Jesus pendente da cruz, sem me deixar abater pela estupefação, para poder contemplá-lo glorioso na ressurreição.fonte:NPD Brasil/CBM

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