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domingo, 1 de junho de 2014

BRASIL PODE RECEBER US$ 400 MILHÕES DOS EUA EM 'CASO DO ALGODÃO'.


O Brasil está disposto a aceitar uma compensação financeira de US$ 400 milhões aos produtores de algodão para não abrir um novo painel contra os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC).
A Folha apurou que o acordo em negociação prevê uma compensação financeira para os produtores de algodão por causa de distorções provocadas pela nova lei agrícola americana, a Farm Bill.
Outros pontos também estão sendo negociados, como mais liberdade para usar esse dinheiro, redução dos prazos do programa de subsídios à exportação dos EUA para 16 meses, e até a inclusão de 20 novos produtos no Sistema Geral de Preferências americano, que permite tarifa de importação reduzida.
Se os dois lados não chegarem a um acordo nas próximas semanas, o Brasil abrirá novo painel contra os EUA no mês que vem, por não ter implementado corretamente as determinações do processo anterior. A briga se arrasta há mais de uma década.
Os EUA vinham pagando US$ 147 milhões por ano aos cotonicultores brasileiros, mas interromperam os pagamentos antes de a Farm Bill passar no Congresso. Como as regras de utilização são restritas, os produtores brasileiros ainda têm em caixa US$ 600 milhões.

Segundo a Folha apurou, em reunião realizada na semana passada em Washington, o Brasil solicitou compensação de cerca US$ 800 milhões e os EUA pediram sigilo sobre a cifra, para evitar problemas com o Congresso.
A Abrapa (associação dos produtores), no entanto, acenou estar disposta a aceitar US$ 400 milhões, embora estime prejuízos para o setor, com a Farm Bill, de US$ 1,6 bilhão em cinco anos.
A negociação consta de um documento vazado por hackers, que o atribuem ao Itamaraty. Intitulado "Contencioso do algodão na OMC: bases para um possível acordo", ele é datado de 14 de maio deste ano.
Oficialmente o Itamaraty informa que "não confirma a veracidade de qualquer documento" que veio a público.
A Folha apurou que parte dos técnicos no Itamaraty defende que a compensação geraria uma "nova distorção no comércio" e prefere partir para um novo painel.
Gilson Pineso, presidente da Abrapa, diz desconhecer o suposto documento do Itamaraty. "Estamos preparados para o painel", afirmou, sem descartar a negociação de compensação financeira.
Fonte: Folha
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