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sábado, 25 de outubro de 2014

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 26 DE OUTUBRO DE 2014.

 São Luís Orione grande exemplo de santidade
O Papa João Paulo II, em 1980, colocou diante dos nossos olhos um grande exemplo de santidade expressa na caridade: Luís Orione. Nasceu em Pontecurone, um pequeno município na Diocese de Tortona, no Norte da Itália, no dia 23 de junho de 1872.
Bem cedo percebeu o chamado do Senhor ao sacerdócio. Ao entrar no Oratório, em Turim, recebeu no coração as palavras de São Francisco de Sales lançadas pelo amado São João Bosco: “Um terno amor ao próximo é um dos maiores e excelentes dons que a Divina Providência pode conceder aos homens”. Concluiu o ginásio, deixou o Oratório Salesiano, voltou para casa e depois entrou no seminário onde cursou filosofia, teologia, até chegar ao sacerdócio que teve como lema: “Renovar tudo em Cristo”. Luís Orione, sensível aos sofrimentos da humanidade, deixou-se guiar pela Divina Providência a fim de aliviar as misérias humanas.
Sendo assim, dedicou-se totalmente aos doentes, necessitados e marginalizados da sociedade. Também fundou a Congregação da “Pequena Obra da Divina Providência”. Em 1899, Dom Orione deu início a mais um Ramo da nova Congregação: os “Eremitas da Divina Providência”. Em 1903, Dom Orione recebeu a aprovação canônica aos “Filhos da Divina Providência”, Congregação Religiosa de Padres, Irmãos e Eremitas da Família da Pequena Obra da Divina Providência.
A Congregação e toda a Família Religiosa propunha-se a “trabalhar para levar os pequenos os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade”. Dom Orione teve atuação heróica no socorro às vítimas dos terremotos de Reggio e Messina (1908) e da Marsica (1915).
Por decisão do Papa São Pio X, foi nomeado Vigário Geral da Diocese de Messina por 3 anos. Vinte anos depois da fundação dos “Filhos da Divina Providência”, em 1915, surgiu como novo ramo a Congregação das “Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade”, Religiosas movidas pelo mesmo carisma fundacional.
O zelo missionário de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de missionários ao Brasil em 1913 e, em seguida, à Argentina, ao Uruguai e diversos países espalhados pelo mundo. Dom Orione esteve pessoalmente como missionário, duas vezes, na América Latina: em 1921 e nos anos de 1934 a 1937, no Brasil, na Argentina e no Uruguai, tendo chegado até ao Chile. Foi pregador popular, confessor e organizador de peregrinações, de missões populares e de presépios vivos.
Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana e ergueu santuários, entre os quais o de Nossa Senhora da Guarda em Tortona e o de Nossa Senhora de Caravaggio; na construção desses santuários será sempre lembrada a iniciativa de Dom Orione de colocar seus clérigos no trabalho braçal ao lado dos mais operários civis.
Em 1940, Dom Orione atacado por graves doenças de coração e das vias respiratórias foi enviado para Sanremo. E ali, três dias depois de ter chegado, morreu no dia 12 de Março, sussurrando suas últimas palavras: “Jesus! Jesus! Estou indo.” Vinte e cinco anos depois, em 1965, seu corpo foi encontrado incorrupto e depositado numa urna para veneração pública, junto ao Santuário da Guarda, em Sanremo na Itália.
O Papa Pio XII o denominou “pai dos pobres, benfeitor da humanidade sofredora e abandonada” e o Papa João Paulo II depois de tê-lo declarado beato em 26 de outubro de 1980, finalmente o canonizou em 16 de maio de 2004.
São Luís Orione, rogai por nós!

26.10.2014
30º Domingo do Tempo Comum — ANO A
VERDE, GLÓRIA, CREIO – II SEMANA DO SALTÉRIO )
__ “Amar não é um puro sentimento: é o jeito de agir como Deus age.” __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Sabemos, todos nós, da relevância que os relacionamentos têm em nossas vidas. Talvez não seria exagero dizer que somos aquilo que relacionamos. Por isso, a harmonia depende, em grande parte do modo como nos relacionamos uns com os outros. Quando nossos relacionamentos se tornam confusos e, às vezes, até mesmo agressivos, a desarmonia começa a fazer parte da vida. Tudo fluirá com facilidade se soubermos nos relacionar bem com Deus, com as pessoas, situações e conosco mesmos. Portanto, para que os relacionamentos possam produzir harmonia em nossos corações, faz-se necessário viver no amor e se alimentar dele. Quando o amor faz parte de nosas vidas, tudo será feito com serenidade, leveza e com mais eficácia.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Neste domingo nos reunimos para celebrar o amor de Deus e viver de acordo com sua vontade. Que nossos corações se entreguem a esse amor que dá alegria e coragem para transformarmos nossa existência.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Será necessário afastar-se dos homens para encontrar a Deus? E quem encontrou a Deus ainda poderá voltar aos homens e viver com eles? Interessar-se por eles, trabalhar com eles e para eles? Em outras palavras, são compatíveis o amor de Deus e o amor dos homens, ou, ao contrário, um exclui o outro, de modo que seja absolutamente necessário fazer uma opção? Nenhuma dessas perguntas recebeu de Jesus uma resposta essencial: o primeiro mandamento é amar a Deus e o segundo, que lhe é semelhante, amar os homens. Não se pode, pois, pensar que a entrada de Deus numa consciência provoque a exclusão do homem.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo, entoemos cânticos jubilosos ao Senhor!

ENCONTRO DE DOIS AMORES
Antífona da entrada: Exulte o coração que buscam a Deus. Sim, buscai o Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face (Sl 104,3s).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade e dai-nos amar o que ordenais para conseguirmos o que prometeis. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: O amor a Deus e ao próximo resumem a Lei e os profetas. Contudo, o amor ao próximo só é possível quando se entra na dinâmica da misericórdia divina para com os mais necessitados e se abandona qualquer forma de idolatria para adorar somente a Deus como único Senhor. Ouçamos a Palavra de Deus, para vivermos no Amor e transformar o mundo.
Primeira Leitura (Êxodo 22,20-26)
Leitura do livro do Êxodo.
22 20 Aquele que oferecer sacrifícios a outros deuses fora do Senhor, será votado ao interdito.
21 Não maltratarás o estrangeiro e não o oprimirás, porque foste estrangeiro no Egito.
22 Não prejudicareis a viúva e o órfão.
23 Se os prejudicardes, eles clamarão a mim e eu os ouvirei;
24 minha cólera se inflamará e vos farei perecer pela espada; vossas mulheres ficarão viúvas e vossos filhos, órfãos.
25 Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, ao pobre que está contigo, não lhe serás como um credor: não lhe exigirás juros.
26 Se tomares como penhor o manto de teu próximo, devolver-lho-ás antes do pôr-do-sol.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 17/18
Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação.
Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força,
Minha rocha, meu refúgio e salvador!
Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga,
Minha força e poderosa salvação.
Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga,
meu escudo e proteção: em vós espero!
Invocarei o meu Senhor: a ele a glória!
E dos meus perseguidores serei salvo!
Viva o Senhor! Bendito seja o meu rochedo!
E louvado seja Deus, meu salvador!
Concedeis ao vosso rei grandes vitórias
E mostrais misericórdia ao vosso ungido.
Segunda Leitura (1 Tessalonicenses 1,5-10)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Tessalonicenses.
5 O nosso Evangelho vos foi pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção. Sabeis o que temos sido entre vós para a vossa salvação.
6 E vós vos fizestes imitadores nossos e do Senhor, ao receberdes a palavra, apesar das muitas tribulações, com a alegria do Espírito Santo,
7 de sorte que vos tornastes modelo para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia.
8 Em verdade, partindo de vós, não só ressoou a palavra do Senhor pela Macedônia e Acaia, mas também se propagou a fama de vossa fé em Deus por toda parte, de maneira que não temos necessidade de dizer coisa alguma.
9 De fato, a nosso respeito, conta-se por toda parte qual foi o acolhimento que da vossa parte tivemos, e como abandonastes os ídolos e vos convertestes a Deus, para servirdes ao Deus vivo e verdadeiro,
10 e aguardardes dos céus seu Filho que Deus ressuscitou dos mortos, Jesus, que nos livra da ira iminente.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).

EVANGELHO (Mateus 22,34-40)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
22 34 Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se
35 e um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo à prova:
36 “Mestre, qual é o maior mandamento da lei?”
37 Respondeu Jesus: “‘Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito’.
38 Este é o maior e o primeiro mandamento.
39 E o segundo, semelhante a este, é: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’.
40 Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Olhai, ó Deus, com bondade, as oferendas que colocamos diante de vós, e seja para vossa glória a celebração que realizamos. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Cristo nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício santo (Ef 5,2).
Depois da comunhão
Ó Deus, que os vossos sacramentos produzam em nós o que significam, a fim de que um dia entremos em plena posse do mistério que agora celebramos. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 27 DE OUTUBRO A 2 DE NOVEMBRO DE 2014:
2ª Vd - Rm 8,12-17; Sl 67 (68); Lc 13,10-17
3ª Br - Rm 8,18-25; Sl 125 (126); Lc 13,18-21
4ª Vd - Rm 8,26-30; Sl 12 (13); Lc 13,22-30
5ª Vd - Rm 8,31b-39; Sl 108 (109); Lc 13,31-35
6ª Vm - Ef 2,19-22; Sl18 (19); Lc 6,12-19
Sb Br - TODOS OS SANTOS. Ap 7, 2-4.9-14; Sl 23 (24); 1Jo 3, 1-3; Mt 5, 1-12a (Bem-aventuranças)
Dom.-Rx: FINADOS. Jó 19,1.23-27a; 27( 26); 1Cor 15, 20-24a.25-28; Mt 11,25-30 (Vinde a mim todos vós)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O AMOR ÚNICO!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Nas palestras sobre o Sacramento do Matrimonio, e até em algumas homilias de casamentos, há algo que digo sempre aos noivos "Que o amor conjugal celebrado no altar, diante de Deus, não pode ser apenas um sentimento... O sentimento humano é algo muito vago e inconstante, hoje se sente, amanhã não se sente. Claro que o amor nasce de uma convivência e na forma de sentimento, isso é perfeitamente compreensível, entretanto, para ser elevado á dignidade de Sacramento, é, preciso algo mais do que um mero sentimento, esse algo mais chama-se DECISÃO e VONTADE.
O Doutor da Lei indaga de Jesus, com segundas intenções, qual entre os 680 mandamentos originados do Decálogo, é o mais importante. Jesus, sempre de maneira sábia surpreende seu interlocutor, pois muda a conversa de direção, saindo do mero legalismo para uma atitude concreta de vida, que supõe naturalmente uma decisão e uma vontade.
"Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento". O amor de Deus por nós, manifestado em Jesus de Nazaré, não é um mero sentimentalismo, o nosso amor a Deus também não pode ser um sentimento piegas, senão ele não sobrevive ao tempo, amar do modo como está na lei, envolvendo coração, alma e entendimento, é amar integralmente, de maneira gratuita e incondicional, a cada dia decidindo e direcionando a nossa vontade a esse amor. O amor não pode ser um gesto de gratidão, de pena ou compaixão, e muito menos de retribuição, o outro não precisa me dar razões para o amar, devo amá-lo por decisão e vontade, mesmo que ele não mereça e nunca vá me retribuir: esse é precisamente o amor cristão.
E se esse amor fosse só para com Deus estava resolvido, bastasse cumprir as obrigações religiosas, rezar, ir à igreja, dar o dízimo, receber os sacramentos, ouvir a palavra, visitar o Santíssimo etc. Tem cristão que pensa amar a Deus fazendo todas essas coisas.
Não são dois amores ou dois modos de amar, mas um só, Amar a Deus e ao próximo, porque Deus se deixa amar no outro e manifesta o seu amor através do outro, é como se o homem fosse o intérprete do amor de Deus, dando-lhe visibilidade. Nas coisas que Deus nos faz sempre há alguém envolvido... Decisão e vontade de amar são fatores determinantes do AMOR, aos irmãos e irmãs da comunidade, na vida conjugal e familiar, que precisa ser renovado a cada dia, a cada momento, pois se não iluminarmos o amor com a luz da Fé, ele será um sentimento, uma nuvem passageira, um amor de vidro, que facilmente se quebra...
Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento, eis o primeiro e o maior de todos os mandamentos, na resposta que Jesus dá aos fariseus, no evangelho desse domingo. Em meio a relações amorosas tão distorcidas, temos aí o modo de amar, em sua essência. Pertencemos a uma sociedade onde até  crimes monstruosos são cometidos  em nome do amor.
Amar de todo o coração significa uma decisão tomada a favor da outra pessoa, significa uma vontade manifestada em gestos e atitudes, de toda a alma significa que o amor adquire um caráter sagrado, algo que só podia mesmo ser divino, e de todo o entendimento, amor que pauta pela razão, pela compreensão do outro, trata-se de uma entrega total, não por imposição, mas dentro de uma total liberdade. Talvez possamos nos perguntar, será que Deus precisa de um amor assim, da parte do homem?
Pois sendo Todo Poderoso e Onipotente, que necessidade tem Deus de querer ser amado desta maneira? O contexto desse mandamento que está no cerne da lei, é que Israel tem muitas opções de divindades, deuses dos povos pagãos, e que acabavam influenciando o Israelita, esse amor da totalidade é apenas a atitude de fé, de quem crê em um único Deus, e que não precisa de nenhum outro, mesmo porque, não há outro Deus senão o Deus da Aliança. Tal como naquele tempo, há em nossos tempos mil opções de pequenos deusinhos que se apresentam diante de nós, querendo submissão e oferecendo-nos em troca algo ilusório.
Já o Deus dos cristãos, que mostra o seu rosto em Jesus de Nazaré, pede aos seus seguidores algo muito simples, e ao mesmo tempo revolucionário e inédito: o amor gratuito e incondicional, o amor total da entrega ao outro, respeitando a sua dignidade de Filho de Deus, o amor que sempre sorri e nada cobra o amor paciente, compreensivo, que sabe sempre esperar, perdoar, que suscita no outro essa vida nova, que orienta, exorta, mostra o caminho, toma pelas mãos, cura, renova, liberta e salva.
Entretanto, se compreendermos que Jesus restaurou cada homem, tornando-o Filho de Deus, e dando-lhe a dignidade de ser novamente sua imagem e semelhança, concluímos que Deus está em cada homem, no mais profundo do seu ser existencial, independente da sua fé, da sua condição social ou moral, logo, fica muito claro, porque o segundo mandamento é semelhante ao primeiro e tem o mesmo peso – Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Deus está no outro, e ama a todos, então, se eu deixo de amar o outro, estou indo contra Deus, ao contrário, se eu amo o outro, de todo o coração, isso é, por minha vontade e decisão (mesmo que o outro não mereça) de toda a minha alma, porque o amor destinado ao próximo é também sagrado, porque Deus está nele, e de todo o meu entendimento, não ao sabor das paixões e interesses, mas á luz da razão. Essa é a única e verdadeira forma de se amar a Deus, a ponto de João afirmar categoricamente “Se alguém disser que ama a Deus, que não vê, e não ama o irmão que está ao seu lado, é mentiroso e enganador”.
Portanto, que ninguém mais diga – Não vou a Igreja por causa das pessoas, mas por causa de Jesus, falar essa frase e defendê-la, é próprio de quem tem uma espiritualidade vazia, de quem ainda não entendeu de que todo o ensinamento cristão está concentrado nesta grande verdade. Para compreender esse evangelho, que aliás, é bem simples, vamos conversar com um especialista em trânsito:
___O que é uma placa normativa e qual delas é a mais importante?
___Placa normativa é, por exemplo, uma placa que determina a velocidade a ser desenvolvida em um local de muito trânsito, por exemplo. Sobre qual delas é a mais importante, poderíamos dizer que, todas e nenhuma...
___Como assim, a resposta está confusa, ou é todas ou é nenhuma...
___Veja bem, se você é um motorista consciente, que tem percepção da realidade que o cerca, sabendo, portanto, que o local é de trânsito intenso, por exemplo, de pessoas, essa consciência vai fazer automaticamente reduzir a velocidade, exista ou não uma placa no local. O motorista não tem consciência só sabe obedecer a placa, diminui a velocidade por causa dela, é aquele que ao passar pelo radar eletrônico vai devagar, mas depois acelera e tira o atraso... Esse é o legalista, o que obedece para não sofrer uma punição, só isso.
O que o Doutor da Lei apresenta a Jesus é uma questão legalista, mas a sua resposta ultrapassa o meramente legal, vai além de qualquer norma ou Lei.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. O amor como fundamento da Lei
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
A liturgia da palavra deste domingo é dominada pelo tema da Lei, enquanto expressão do cuidado de Deus para com toda a humanidade e do cuidado que cada um deve ter para com o seu semelhante. A Lei de Deus é dom oferecido como caminho para a vida, para a santidade e para a liberdade. A Lei foi dada por Deus ao seu povo para que ele preservasse o dom da vida e da liberdade; para que nunca mais o povo caísse na escravidão.
A pergunta do fariseu, doutor da Lei, acerca do primeiro dos mandamentos tem por finalidade pôr Jesus à prova, testar seu conhecimento e sua ortodoxia na interpretação da Lei. Mas não podemos descartar a hipótese de que os fariseus, ante a enorme quantidade de preceitos que deviam observar de modo irrepreensível (613 preceitos), já não soubessem mais, se é que um dia compreenderam, qual era o maior mandamento, ou seja, qual o mandamento que fundamenta todos os demais; qual era aquele mandamento que diante de um conflito entre dois deles nada pode substituí-lo ou ter precedência (cf. Lc 10,25-37).
Na sua resposta, Jesus une de modo indissolúvel dois mandamentos: amor a Deus e amor ao próximo. O amor ao próximo é a consequência natural do verdadeiro amor a Deus. Esse dois mandamentos, considerados unitariamente, são o fundamento da Lei. Na origem da Lei de Deus, está o seu amor e a sua compaixão pelo ser humano que Ele criou.
Em todos os demais mandamentos da Lei deve estar presente o mandamento do amor, inclusive como critério para observar ou não um determinado preceito. Quem cumpre o mandamento do amor cumpre plenamente a Lei e os profetas. O amor tira todo rancor e amargura; é o amor que dá sentido a tudo, que faz com que tudo tenha gosto; é o amor que nutre o desejo de viver.
O amor a Deus e ao próximo se torna, em Jesus Cristo, um modo de viver. Somente amando podemos ser verdadeira e profundamente felizes e cristãos.
O amor a Deus e ao próximo é uma força de vida que nos faz viver uma Páscoa permanente da saída do eu para a entrega generosa, gratuita, a Deus e ao próximo.
ORAÇÃO
Pai, que o meu amor a ti se manifeste na solidariedade para com o meu próximo. E que a comunhão com o meu próximo expresse meu profundo amor por ti.
3. A CENTRALIDADE DO AMOR
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
Os mestres da Lei e os fariseus davam a todos os mandamentos a mesma importância. Parecia-lhes ser uma falta de respeito classificá-los segundo diferentes graus de importância. Se todos correspondiam à vontade de Deus, deveriam ser levados igualmente a sério e vividos com a mesma intensidade.
Acontece que os mandamentos foram maximamente multiplicados, a ponto de se tornarem um emaranhado de normas e prescrições. Por outro lado, até mesmo coisas irrelevantes eram objeto de prescrições legais, de forma colocar a vida diária numa espécie de camisa de força legalista.
Com este pano de fundo, entende-se a pergunta levantada pelo mestre da Lei a respeito do "maior mandamento". Embora sua intenção fosse fazer Jesus cair numa armadilha, ele compreendia que os mandamentos não tinham todos igual valor.
A resposta de Jesus apela para o amor a Deus e o amor ao próximo, como resumo de todos os mandamentos. "Deles decorre toda a Lei, assim como os profetas." Eles são a chave de interpretação de toda a Bíblia, onde as coisas só têm sentido se conduzem ao amor. Somente quem ama está em condições de compreender os ensinamentos bíblicos. O motivo é simples: apenas o amor coloca o ser humano em perfeita sintonia com o Deus da Bíblia.
Oração
Espírito de amor, que minha vida esteja toda centrada no amor a Deus e ao próximo, decorrendo, daí, todo o meu querer e meu agir.Fonte:NPD Brasil/CBM
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