Powered By Blogger

sábado, 17 de janeiro de 2015

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 18 DE JANEIRO DE 2015.

 Santa Margarida da Hungria, exemplo de vida comunitária
Nasceu no castelo de Turoc, em 1242. Filha de reis cristãos, convertidos, os pais passaram valores à filha, que, rapidamente, foi batizada e quis corresponder muito cedo à vocação e à vida religiosa. Formou-se junto às dominicanas e, depois de fazer os primeiros votos, ela foi viver num mosteiro que os seus pais construíram para ela na Ilha de Lebres.
Embora tivesse uma origem real, não era apegada aos bens materiais; brilhou por ser exemplo de pobreza, de desapego. Santa Margarida viveu o apego somente ao essencial; e as irmãs eram atingidas por esse testemunho. Mulher de oração, foi exemplo de vida comunitária e disposta a amar os irmãos como eles eram.
Santa Margarida da Hungria, rogai por nós!

18.01.2015
2º Domingo do Tempo Comum — ANO B
VERDE, GLÓRIA, CREIO – II SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "Mestre, onde moras? Vinde e vede." __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGLEHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Durante o Tempo Natalino, as reflexões nos ajudaram a compreender a importância da comunidade na vida social. Agora, a Liturgia nos conduzirá a aprofundar ainda mais o conhecimento de Jesus Cristo. Contudo, existe uma diferença básica entre informação e conhecimento. Pela informação, ficamos sabendo de algumas características pessoais do outro. Pelo conhecimento, sabemos como a pessoa pensa e como vive. Hoje, Jesus nos convidará a morar com ele para que o conheçamos. Não basta, portanto, ter informaçõe sobre a vida de Jesus; é preciso conhecê-lo e isso só se dá a partir da convivência com Ele na vida diária.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: O encontro pessoal com o Messias e o seguimento do Cordeiro de Deus são atitudes que definem a fé da Igreja e o discipulado de Cristo.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: Um novo tempo se inicia. Estamos no Tempo Comum. Encontrar o Messias é a maior descoberta que também nós poderemos fazer. Um encontro que se torna vocação, partilha de vida, solidez renovada. Pedra nova de um edifí- cio que é a Igreja, que tem o seu fundamento em Cristo e, em Cristo, os Apóstolos. Quem se deixa encont rar por Cr isto inicia uma histór ia nova. "Vinde ver" e, vendo-o, descubramos a riqueza do seu amor. Em nossa Eucaristia dominical, fazemos nosso ato de fé e realizamos o encontro pessoal com o Messias. Envolver nossa vida com Jesus e conviver com Ele para sempre deve ser nosso projeto pessoal, diante do chamado que Ele nos faz. Sendo discípulos missionários, nossa vida inteira se resume numa grande missão: levar o Cristo a todos os corações. Nessa perspectiva, a Eucaristia fortalece nosso compromisso de anunciar Jesus nesta Cidade, que foi fundada para ser morada de Deus e terra da fraternidade.
Sentindo em nossos corações a alegria do Amor ao Próximo entoemos alegres cânticos ao Senhor!


SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS

Antífona de entrada:
Que toda a terra se prostre diante de vós, ó Deus, e cante louvores ao vosso nome, Deus altíssimo! (Sl 65,4).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com bondade as preces do vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: Preparemo-nos para ouvir o convite que o Senhor fará para ir morar com ele. Preparemo- -nos igualmente, para nos dispor a fazer a vontade de Deus, que chama cada um de nós pelo próprio nome, como fez com Samuel e peçamos que o Senhor abra nossos ouvidos para ouvir e viver iluminados por sua Palavra. Abramos os ouvidos como fez Samuel, para acolher a Palavra de Deus e discernir sua vontade.
Primeira Leitura (1 Samuel 3,3-10.19)
Leitura do primeiro livro de Samuel.
3 3 e a lâmpada de Deus ainda não se apagara. Samuel repousava no templo do Senhor, onde se encontrava a arca de Deus.
4 O Senhor chamou Samuel, o qual respondeu: “Eis-me aqui”.
5 Samuel correu para junto de Heli e disse: “Eis-me aqui: chamaste-me”. “Não te chamei, meu filho, torna a deitar-te”. Ele foi e deitou-se.
6 O Senhor chamou de novo Samuel. Este levantou-se e veio dizer a Heli: “Eis-me aqui, tu me chamaste”. “Eu não te chamei, meu filho, torna a deitar-te”.
7 Samuel ainda não conhecia o Senhor; a palavra do Senhor não lhe tinha sido ainda manifestada.
8 Pela terceira vez o Senhor chamou Samuel, que se levantou e foi ter com Heli: “Eis-me aqui, tu me chamaste”. Compreendeu então Heli que era o Senhor quem chamava o menino.
9 “Vai e torna a deitar-te”, disse-lhe ele, “e se ouvires que te chamam de novo, responde: ‘Falai, Senhor; vosso servo escuta!’” Voltou Samuel e deitou-se.
10 Veio o Senhor pôs-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: “Samuel! Samuel! Falai”, respondeu o menino; “vosso servo escuta!”
19 Samuel crescia, e o Senhor estava com ele. Ele não negligenciava nenhuma de suas palavras.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo responsorial 39/40
Eu disse: “Eis que venho, Senhor!”
Com prazer faço a vossa vontade.
Esperando, esperei no Senhor
e, inclinando-se, ouviu meu clamor.
Canto novo ele pôs em meus lábios,
um poema em louvor ao Senhor.
Sacrifício e oblação não quisestes,
mas abristes, Senhor, meus ouvidos;
não pedistes ofertas nem vítimas,
holocaustos por nossos pecados.
E então eu vos disse: “Eis que venho!”
Sobre mim está escrito no livro:
“Com prazer faço a vossa vontade,
guardo em meu coração vossa lei!”
Boas novas de vossa justiça
anunciei numa grande assembléia;
vós sabeis: não fechei os meus lábios!
Segunda Leitura (1 Coríntios 6,13-15.17-20)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.
6 13 Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos: Deus destruirá tanto aqueles como este. O corpo, porém, não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o corpo:
14 Deus, que ressuscitou o Senhor, também nos ressuscitará a nós pelo seu poder.
15 Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, então, os membros de Cristo e os farei membros de uma prostituta? De modo algum!
17 Pelo contrário, quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito.
18 Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo.
19 Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis?
20 Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Encontramos o Messias, Jesus Cristo, de graça e verdade ele é pleno; de sua imensa riqueza graças, sem fim, recebemos (Jo 1,41.17).

EVANGELHO (João 1,35-42)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!
1 35 No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos.
36 E, avistando Jesus que ia passando, disse: “Eis o Cordeiro de Deus”.
37 Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus.
38 Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: “Que procurais?” Disseram-lhe: “Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras?”
39 Vinde e vede, respondeu-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia. Era cerca da hora décima.
40 André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João e que o tinham seguido.
41 Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: “Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo)”.
42 Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: “Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra)”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as oferendas
Concedei-nos, ó Deus, a graça de participar constantemente da eucaristia, pois, todas as vezes que celebramos este sacrifício, torna-se presente a nossa redenção. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Sabemos que Deus nos ama e cremos no seu amor (1Jo 4,16).
Depois da comunhão
Penetrai-nos, ó Deus, com o vosso Espírito de caridade, para que vivam unidos no vosso amor os que alimentais com o mesmo pão. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 19 A 25 DE JANEIRO DE 2015:
2ª Vd - Hb 5,1-10; Sl 109; Mc 2,18-22
3ª Vm - Hb 6,10-20; Sl 110; Mc 2,23-28
4ª Vm Hb 7,1-3.15-17; Sl 109; Mc 3,1-6
5ª Vm Hb 7,25,8,,6; Sl 39; Mc 3,7-12
6ª Vd Hb 8,6-13; Sl 84; Mc 3,13-19
Sab Br Hb 9,2-3.11-14; Sl 46; Mc 3,20-21
Dm Vd 3º DTC Jonas 3,1-5.10; Sl 24(25); 1 Cor 7,29-31; Mc 1,14-20

NA DIOCESE DE SÃO PAULO - CAPITAL: 
Dm Br -Conversão de São Paulo Apóstolo At 22,3-16 ou At 9,1-22; Sl 116(117); Ev. Mc 16,15-18
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. O QUE ESTAIS PROCURANDO?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
A vida é marcada por muitos encontros, conseqüência de uma procura, um dos mais belos é quando alguém encontra o grande amor de sua vida! Há um momento solene e inesquecível na celebração de um casamento na igreja, é quando após a entrada da noiva, o noivo vai acolhê-la ainda no corredor, há muitos que vêem aquele momento como a uma despedida do pai que entrega filha para o futuro genro. No fundo é isso mesmo, porque aquele encontro é diferente de todos os demais que já tiveram, pois mesmo o primeiro encontro que é tão emocionante para muitos, não tem o significado deste, realizado aos pés do altar. Por quê?
Porque se trata de um encontro definitivo, para sempre, por toda a vida, vão formar uma nova família, vão ser uma só carne, vão morar sob um mesmo teto. Não haverá mais, ou pelo menos, não é para haver, nenhuma separação, até que a morte os separe – afirma categoricamente o rito do casamento. O encontro que fazemos com Deus em nossa vida, através da experiência com Jesus, tem e precisa ser algo definitivo, como uma aliança de casamento, precisamos consentir que Jesus entre em nossa vida e ali permaneça, mas para isso é preciso que entremos na vida nova que ele nos oferece e ali permaneçamos.  Talvez por isso o verbo permanecer é tão repetido no evangelho de João.
O amor autentico e verdadeiro não se contenta com encontros casuais, que não geram compromisso de vida, os encontros do namoro e do noivado, embora importantes, nunca são definitivos, quem já não viu noivos que desistiram do casamento uma semana antes da cerimônia? Não há vínculo em tais encontros, embora sejam eles muito importantes porque exercitam o coração para a busca do verdadeiro amor que só será possível na comunhão de vida.
Às vezes muitos cristãos vivem esse relacionamento com Jesus, se dizem apaixonados por ele, encantados com a sua pessoa, com suas palavras, com seu corpo e sangue, mas a vida de fé se resume em encontros ocasionais com o Senhor, sem muito compromisso de vida, em uma assembléia é difícil encontrar alguém que não se sinta fortemente atraído por Jesus Cristo, mas ao deixarem a igreja templo e voltarem para suas casas, seu trabalho, seu estudo, será que permanecem fiéis a este amor, ou vivem procurando encontros fortuitos com outros amantes?
A este respeito recordo-me dos encontros jovens do meu tempo, que eram denominados “Encontro com Cristo”, sempre muito comovedor onde a moçada se derretia em lágrimas nas reflexões, que eram muito profundas, mas depois... Ficava só nisso, amava-se o Cristo, mas não se amava a sua igreja, a família, os amigos, a esposa, os filhos, um amor que não gera compromisso de vida não pode se dizer que é verdadeiro.
João Batista encontrou este amor que requer desprendimento, que nunca nos leva a nós, mas aos outros, por isso aponta a dois de seus discípulos aquele que é o “cordeiro de Deus”, isso é, o amor capaz de imolar-se pelo bem do homem. Os discípulos passam a seguir Jesus, pois o que procuravam não encontraram em João, mas agora a procura terminou. Querem saber onde Jesus mora, porque desejam com ele uma relação mais íntima e forte, o que sentem não é um entusiasmo passageiro, mas algo que é para sempre. Por isso vão e passam a morar com o Senhor. Nessa casa do Senhor, que é o nosso coração, Jesus não pode ser um simples inquilino ou visitante, ele terá que ser o dono da nossa vida, porque sem ele o nosso coração não passa de uma casa vazia e abandonada.
Quando se está comprometido com o Senhor, tudo o que é nosso torna-se dele, e tudo o que é dele, torna-se nosso.suas palavras, seus ensinamentos, seu evangelho passa a ser as diretrizes de nossa vida. Daí o nosso testemunho coerente, que manifesta a alegria de quem encontrou o verdadeiro amor, é contagiante como o de André, que conduz Simão até Jesus.
E Simão se torna Pedra, rocha firme capaz de abrigar e acolher o novo povo que está surgindo, povo da nova aliança, prefiguração da nova humanidade que terminou sua procura ao encontrar-se com Jesus. Assim como esses primeiros discípulos, a Igreja nada mais busca ou procura, mas apenas anuncia o Cristo, Messias, salvador e libertador do homem, único capaz de tirar o seu pecado e revesti-lo da sua graça operante e santificante.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. Jesus chama à comunhão com Ele no seguimento
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Deus fala ao ser humano e sua voz pode ser ouvida e reconhecida. Deus chama Samuel; Jesus, os seus discípulos. A voz que fala em nós precisa ser discernida, para que a voz de Deus não se confunda com outras tantas vozes que falam em nosso interior. Do ser humano é requerida abertura do coração para deixar Deus falar e para escutar a sua voz.
Confiado por sua mãe ao sacerdote Eli, Samuel cresceu no Templo do Senhor. Eli ensinou Samuel a reconhecer a voz do Senhor e a se dispor generosamente a escutá-lo. Para isso, é preciso fazer calar toda fantasia e barulho interno. Sob a orientação de Eli, Samuel pôde se abrir à graça da presença de Deus: “Fala que teu servo escuta!”. Diante de sua disposição, abre-se para ele um verdadeiro caminho de serviço a Deus.
No evangelho, é Jesus quem chama e convida à comunhão com ele no seu seguimento: “vinde e vede”. João Batista não era um asceta itinerante; ele continuava em Bethabara, do outro lado do Jordão, lugar em que ministrava um batismo provisório para a conversão, tendo em vista a vinda do Messias (cf. Jo 1,28). Somente o evangelho de João informa ao leitor de que discípulos de João Batista se tornaram discípulos de Jesus. Nisso também se mostra que a missão do Batista estava orientada para o Messias.
Uma das características do quarto evangelho é a corrente de testemunhas que, no trecho de hoje, tem sua origem no testemunho de João Batista sobre Jesus. João aponta para Jesus nomeando-o com um título soteriológico: “cordeiro de Deus”. Com isso, deixa livre os seus discípulos para irem atrás de Jesus.
Os dois discípulos, um dos quais o leitor não conhece o nome, aceitam o convite de Jesus, de conhecerem não um lugar, mas a relação que une o Pai e o Filho. Tendo aceitado o convite, eles decidem “permanecer” com o Senhor, isto é, viver em comunhão com o Senhor.
A nomeação de André, irmão de Simão Pedro, prepara o encontro deste com Jesus, encontro que mudará profundamente a orientação da sua vida. Foi André quem apresentou seu irmão a Jesus.
O outro discípulo, no entanto, como dissemos, permanece anônimo, sugerindo que o leitor se identifique com ele e deseje, como ele, conhecer e viver com Jesus.
A vida cristã se exprime nesse desejo contínuo de “permanecer” com Jesus.
ORAÇÃO
Jesus, Mestre Divino, que chamastes os apóstolos a vos seguirem, continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas, e continuai a repetir o convite a muitos jovens. Daí coragem aos convidados, forças para que vos sejam fiéis, como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas, para o bem do povo de Deus e de toda a humanidade. Amém.
3. VINDE E VEDE!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
O modo como se dava o discipulado de Jesus era muito distinto daquele dos rabinos. Na tradição rabínica, o discípulo escolhia seu mestre e por este era instruído na arte de interpretar as Escrituras. Esta atividade de caráter intelectual desenvolvia-se numa escola onde o mestre distinguia-se pela excelência do saber e o discípulo, pelo desejo de conhecer.
O método adotado por Jesus consistia na transmissão de um modo de ser, mais do que uma ciência. Os discípulos não estavam confinados numa escola, mas se colocavam no seguimento do Mestre e aprendiam, ouvindo suas palavras e presenciando o que ele fazia em favor do povo. Este aprendizado existencial ia transformando a vida do discípulo, num processo paulatino de assimilação de tudo que o Mestre realizava.
O discipulado, neste caso, consistia num duplo movimento. "Vinde" indicava que o discipulado se dava pela iniciativa de Jesus que convocava para o seu seguimento. Era ele quem chamava. Cabia ao discípulo aceitar o convite. "Vede" supunha concentrar a atenção na pessoa de Jesus para captar os valores que regiam sua ação e deixar-se moldar por eles.
Os primeiros discípulos aceitaram o convite de Jesus, ficaram fascinados por ele, e saíram para partilhar com os irmãos a experiência deste encontro transformador. Quem quiser se fazer discípulo do Senhor deverá trilhar o mesmo caminho.
Oração
Senhor Jesus, tu me chamaste para seguir-te. Faze de mim um discípulo autêntico, e que minha vida se espelhe na tua.Fonte:NPD Brasil/CBM
https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2556864432713944326#editor/src=header

Nenhum comentário: