Powered By Blogger

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

RALLY DAKAR TEM BRASILEIROS NAS TRILHAS PERIGOSAS.

América do Sul é o cenário do evento esportivo, que é o mais tradicional do setor no mundo
rally
Dupla Brasileira Guilherme Spinelli e Youssef Hadad participam em um ASX Mitsubishi
FOTO: DIVULGAÇÃO
Maior e mais perigoso do mundo, o Rally Dakar está sendo disputado pela sétima vez na América do Sul. A largada foi no último domingo, em Buenos Aires. São 665 participantes de 53 países, divididos em 414 veículos distribuídos por quatro categorias (motos, quadriciclos, carros e caminhões). O Brasil tem cinco representantes.
A competição tem 13 etapas e passará por 12 cidades de Argentina, Chile e Bolívia. O percurso total é de 9.295 quilômetros, entre deslocamentos, trechos cronometrados, chamados de especiais, e etapas maratonas, nas quais os competidores ficam por conta própria e não podem receber assistência técnica da equipe.
A dupla brasileira Guilherme Spinelli e Youssef Hadad estão competindo com um ASX Mitsubishi. Após alcançar duas vezes o TOP 10 do Dakar, as coisas não foram bem para Guilherme: ele foi obrigado a abandonar as últimas três edições do Dakar: em 2012 um pneu furado e uma roda quebrada fizeram a dupla se retirar na terceira etapa da competição, em 2013 seu Mitsubishi foi varrido por uma enxurrada e ano passado uma série de impactos lesionaram o pescoço do navegador Youssef Hadad, o que os obrigou a abandonar.

Agora a dupla se focou no Dakar e trabalhou o carro durante todo o ano e os resultados apareceram, como o quinto título no Sertões. O outro carro da equipe, comandado pelo já consolidado português Carlos Souza (três vezes top 5) promete ser uma grande ajuda em termos de experiência.
O Brasil tem história no Dakar com os irmãos De Azevedo nos caminhões e motos, além de Guilherme Spinelli nas quatro rodas. Porém, nos quadriciclos apenas um brasileiro largou nas especiais do Dakar até hoje e isso foi em 2009 com Carlos Collet. Seis anos depois Andre Suguita orgulhosamente representa as cores da bandeira brasileira na categoria e pode ser tornar o primeiro canarinho a completar uma edição.
História
Realizado pela primeira em 1979, com um trajeto entre a capital francesa, Paris, na Europa, e a capital do Senegal, Dakar, na África, o Rally Dakar caiu bem nos cenários e trilhas da América do Sul, como as dunas do deserto do Atacama, o frio e a altitude da Cordilheira dos Andes e a paisagem inóspita do Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo.
Na edição 2015, os competidores enfrentarão uma jornada de 14 dias - apenas um deles reservado para descansar e recarregar as energias, na cidade chilena de Iquique. A chegada também ocorrerá em Buenos Aires, no dia 17 de janeiro.
Edição 2014 e mortes
No ano passado, a Espanha dominou nos carros, com Nani Roma, e motos, com Marc Coma, enquanto a Rússia emplacou o trio vencedor dos caminhões (Andrey Karginov, Andrey Mokeev e Igor Devyatkin), e o Chile ficou com o título dos quadriciclos, com Ignacio Casale.
Os números são incertos, até porque muitas fatalidades chegaram a nunca ser reportadas, mas estima-se que, desde 1979, o Rally Dakar já causou a morte de mais de 70 pessoas, entre elas 24 competidores. Os demais são espectadores ou simples transeuntes, que estavam no lugar errado na hora errada, e foram atropelados pelos veículos. Um rally que não é para qualquer um.
André Marinho
Editor

Nenhum comentário: