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quinta-feira, 25 de junho de 2015

CRISE FINANCEIRA PODE FECHAR O GUARANI DE SP.

Sem dinheiro para pagar as contas, Bugre deve encerrar a sede social nesta sexta-feira; por enquanto, futebol continua

Guarani não vai bem na Série C: é apenas o oitavo colocado - Helio Suenaga/Futura Press/Folhapress
Guarani não vai bem na Série C: é apenas o oitavo colocadoFoto: Helio Suenaga/Futura Press/Folhapress

Em situação complicada na Série C do Campeonato Brasileiro, o Guarani vive um momento semelhante fora das quatro linhas. Com sérias dificuldades financeiras, a sede social deverá ser fechada nesta sexta-feira. “Os funcionários do clube já vão para o terceiro, quarto mês sem receber. Caso não entre dinheiro até sexta, não tem como manter”, lamentou o presidente Horley Senna, em entrevista ao Portal da Band.

A equipe campineira aguardava um parecer favorável da Justiça do Trabalho para garantir os R$ 105 milhões do leilão do Estádio Brinco de Ouro da Princesa, o que não ocorreu. “Estava na expectativa da justiça ser favorável até o dia 19, mas a decisão não saiu e atrapalhou tudo. Agora não tem prazo”, explicou o mandatário.

A situação bugrina é caótica. Não tem dinheiro para pagar absolutamente nada. E Senna não sabe mais o que fazer. “Não temos dinheiro para pagar água, luz, telefone, manter a refeição... as contas do cotidiano mesmo. E não temos alternativa”, afirmou o dirigente, com a voz bastante embargada.


No primeiro semestre, o Guarani possuía uma renda superior à atual, embora tenha disputado a Série A2 do Campeonato Paulista. “Tínhamos alguns patrocinadores, mas com a decisão da justiça, os patrocinadores saíram, e os que renovaram são permutas”, declarou.

No entanto, os problemas administrativos não afetam o futebol do clube, que seguirá na disputa da Série C. Ao menos por enquanto. “A equipe profissional vai continuar. Mas se a situação financeira continuar assim, o nosso futuro na competição é incerto. Não temos recursos”, lastimou.

Agora, a diretoria do Guarani, um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro, e que já foi campeão brasileiro, vive uma corrida contra o tempo para se manter de pé. Tem até sexta-feira para renascer. “Estamos correndo atrás de patrocinadores, empréstimos, colaboradores, tudo que for possível. Não tem mais o que fazer”, concluiu Senna, emocionado com o momento do Bugre.

Dentro de campo, o clube campineiro tenta reagir na terceira divisão. O Bugre é apenas o oitavo colocado do Grupo B, com três pontos conquistados.

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