Sem dinheiro para pagar as contas, Bugre deve encerrar a sede social nesta sexta-feira; por enquanto, futebol continua
Guarani não vai bem na Série C: é apenas o oitavo colocadoFoto: Helio Suenaga/Futura Press/Folhapress
A equipe campineira aguardava um parecer favorável da Justiça do Trabalho para garantir os R$ 105 milhões do leilão do Estádio Brinco de Ouro da Princesa, o que não ocorreu. “Estava na expectativa da justiça ser favorável até o dia 19, mas a decisão não saiu e atrapalhou tudo. Agora não tem prazo”, explicou o mandatário.
A situação bugrina é caótica. Não tem dinheiro para pagar absolutamente nada. E Senna não sabe mais o que fazer. “Não temos dinheiro para pagar água, luz, telefone, manter a refeição... as contas do cotidiano mesmo. E não temos alternativa”, afirmou o dirigente, com a voz bastante embargada.
No primeiro semestre, o Guarani possuía uma renda superior à atual, embora tenha disputado a Série A2 do Campeonato Paulista. “Tínhamos alguns patrocinadores, mas com a decisão da justiça, os patrocinadores saíram, e os que renovaram são permutas”, declarou.
No entanto, os problemas administrativos não afetam o futebol do clube, que seguirá na disputa da Série C. Ao menos por enquanto. “A equipe profissional vai continuar. Mas se a situação financeira continuar assim, o nosso futuro na competição é incerto. Não temos recursos”, lastimou.
Agora, a diretoria do Guarani, um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro, e que já foi campeão brasileiro, vive uma corrida contra o tempo para se manter de pé. Tem até sexta-feira para renascer. “Estamos correndo atrás de patrocinadores, empréstimos, colaboradores, tudo que for possível. Não tem mais o que fazer”, concluiu Senna, emocionado com o momento do Bugre.
Dentro de campo, o clube campineiro tenta reagir na terceira divisão. O Bugre é apenas o oitavo colocado do Grupo B, com três pontos conquistados.
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