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sexta-feira, 10 de julho de 2015

MENINO DE 2 ANOS APRENDE A LER O ALFABETO E A CONTAR ATÉ 50.


Garoto de Mauá, no ABC, teve ajuda de aplicativo de celular.
Segundo especialista, tecnologia ajuda a desenvolver habilidade precoce.

Paulo Toledo Piza e Roney DomingosDo G1 São Paulo

Um menino de Mauá, no ABC, surpreendeu os pais ao ler as letras e pronunciar alguns números. Com apenas 2 anos e 7 meses de idade, Arthur Nunes Almeida já sabe escrever, além do seu, os nomes da mãe e da irmã, e contar até 50.
Tudo começou com um aplicativo educativo que seu pai, o vendedor José Adriano Gomes Almeida, de 38 anos, baixou no celular para distrair o menino. O programa incentiva a criança a fazer, com o dedo, o contorno da letra. Como recompensa pela tarefa concluída, o aplicativo faz sons divertidos e indica algumas palavras que começam com a letra.
O programa prendeu a atenção de Arthur. “Ele troca a chupeta pelo tablet”, brincou Almeida. Os primeiros indícios do aprendizado do garoto surgiram em um supermercado. “Ele começou a apontar para as letras dos cartazes de promoções e disse: ‘Olha, pai, esse é o A. Olha, aquele é o E’”, disse.
O pai decidiu, então, incentivar, sentando ao lado do garoto para ensiná-lo os números, os sinais matemáticos e as formas geométricas, como quadrado, círculo e triângulo.

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Arthur se diverte com aplicativo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)Arthur se diverte com aplicativo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Facilidade
Apesar de surpreender, a facilidade em aprender é algo comum para os pequenos, segundo especialistas ouvidos pelo G1. “As crianças prestam atenção a várias coisas, aprendem o tempo todo e fazem ‘leituras’ do mundo. Isso não significa que elas vão sair por aí lendo tudo ou fazendo contas, que são processos complexos. E a aprendizagem demanda tempo”, disse a pedagoga Maria Letícia Nascimento, professora do Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).
Especialista em neurociência e psicologia aplicada e fundadora do Instituto Brasileiro de Superdotação e Alterações do Neurodesenvolvimento, Claudia Hakim lembra que a tecnologia atual, disponível cada vez mais cedo para a nova geração, ajuda a desenvolver esse tipo de habilidade. “Hoje em dia, com a informatização e o uso de tablet, tem sido cada vez mais comum. Há muitos relatos desse tipo de precocidade.”
As especialistas, porém, ressaltam que a parte social não pode ser abandonada. “Pesquisas indicam que as aprendizagens sociais são mais interessantes nessa idade”, disse Maria Letícia. Ela cita principalmente o convívio com pessoas da idade do menino. “Há um conjunto de relações sociais a serem aprendidas por meio das brincadeiras e jogos com outras crianças.”
Para ela, os pais do menino devem reconhecer como interessante esse aprendizado, mas não supervaloriza-lo. Mesma opinião é defendida por Claudia. “Privar do social leva a mais dificuldades. É um desafio, mas tem que priorizar o social também.

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