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sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O ASSASSINATO DE JORNALISTAS E RADIALISTAS REVELAM UM SINTOMA QUE NÃO PODE SER IGNORADO.

Em que pese o estado de direito que o povo brasileiro conquistou e garante desde democratização do país, os jornalistas e radialistas, assistem, preocupados, ao aumento da violência contra a profissão. Num aparente paradoxo entre consolidação das liberdades democráticas e da liberdade de expressão e o aumento de mortes de jornalistas e Radialistas, a sociedade brasileira assiste ao imobilismo de autoridades por um lado e absolutas impunidades de criminosos por outro. A profissão de Radialista/jornalista vem sofrendo crescentes ataques nestes últimos anos, entre tantos ataques, a violência extrema com o preocupante aumento de assassinatos e agressões físicas. Da violência sutil à violência máxima, as razões são as mesmas: calar o profissional que tem como dever a mediação da fala da sociedade. E mais uma vez nos deparamos com a mesma situação: A execução de um profissional em pleno exercício da sua profissão,  o Radialista/Jornalista Gleydson Carvalho, que há algum tempo residia na cidade de Camocim a 350 km de Fortaleza, no Estado do Ceará, que  foi vítima de assassinato dentro do estúdio da Radio Liberdade FM, no momento em que apresentava seu programa, ontem,  dia 06 de Agosto de 2015. 

Porém, a morte de jornalistas e radialistas revela um sintoma que não pode ser ignorado. Os autores dos crimes , querem calar aquele que por ofício denuncia, revela e exige justiça, quase sempre representam o surgimento de um estado dentro do Estado. Uma espécie de para-estado que, à revelia da lei e da justiça, julga aqueles que incomodam seus interesses. Por isso, o Estado brasileiro não pode ignorar o aumento de assassinatos de jornalistas e Radialistas. O parlamento deve garantir, com uma lei de federalização das investigações de assassinatos de jornalistas, o fim da impunidade, razão maior de crescimento da violência. O Executivo deve garantir a segurança e a vida destes profissionais. Políticas públicas são urgentes para isso. O Judiciário deve ser célere e efetivo nos julgamentos. Fica aqui o nosso repúdio a este ato brutal e o nosso desejo de mudança.

Aos familiares do amigo Gleydson Carvalho, os nossos mais sinceros sentimentos.

Marcelo Barros.

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