Da BBC Brasil em Brasília/CBM

Empresas poderão continuar doando a partidos políticos fora do período eleitoral
Embora a votação do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quarta-feira sobre o fim das doações de empresas a campanhas eleitorais tenha sido interrompida antes do fim, o amplo placar favorável à proibição entre os ministros que já votaram indica que o impedimento deve entrar em vigor.
Dos 11 juízes do STF, seis avaliaram que a doação de empresas a campanhas é inconstitucional, e outros quatro ainda não votaram. A decisão foi adiada porque o ministro Gilmar Mendes pediu mais tempo para analisar a questão.
Ainda que em sua maioria considerem a decisão bem-vinda, políticos e analistas ouvidos pela BBC Brasil se mostraram céticos quanto ao real impacto da proibição no processo eleitoral do país.No mesmo dia, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou um projeto que também proíbe doações de empresas a campanhas eleitorais.
Para Claudio Weber Abramo, diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, a decisão da corte não necessariamente diminuirá a influência exercida por empresas no meio político, já que, diz ele, elas poderão continuar doando dinheiro aos partidos fora do período eleitoral.