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quinta-feira, 5 de abril de 2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO.



1. "Ser Filho de Deus... A grande Blasfêmia"(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Todas as ações de Jesus a favor do bem das pessoas, incomodava os Judeus, afinal ele brilhava mais do que os Doutores da LEI, Escribas e Fariseus, porque ensinava com autoridade então, qualquer ação de Jesus era motivo para tentar condená-lo. A preocupação constante das lideranças religiosas era realmente fazer Jesus calar a boca, entretanto, havia algo que fazia toda aquela fúria dobrar-se... Era quando Jesus se fazia Deus assumindo diante deles a sua Filiação Divina.
Naquelas cabeças duras e corações insensíveis, a idéia de um Deus feito homem, de um Deus entranhado na carne humana, era algo inconcebível, uma grande blasfêmia! Hoje, pelo modo com que o Ser humano é tratado, despojado de sua dignidade, violentado em seus direitos, massacrado e humilhado em sua dor e sofrimento, podemos dizer que, o homem não acredita que o seu irmão é Filho de Deus, não consegue crer em uma dignidade tão grande.
As obras que Jesus realizava eram incontestáveis, seu posicionamento a favor da vida, dos mais pequenos e dos miseráveis, dos impuros e excluídos, o fazia desprezível diante das lideranças religiosas que tinham no coração e na mente um outro Deus, uma outra verdade. e não queriam, trocar isso por nada desse mundo.
A religião do comodismo continua ainda hoje a ser uma grande tentação, quando nos deparamos com algum profeta corajoso e ousado que questiona a religião e o sentido de se viver na Fé, mexendo com as nossas estruturas espirituais e eclesiais, trememos na base e damos um jeitinho de fazê-lo calar a boca. A pregação de Jesus questionava e os fazia pensar e eles queriam uma pregação que anunciasse um messianismo glorioso e vencedor. Eles bem que tentaram acabar com Jesus ali mesmo, mas uma vez mais Jesus se retira imune para o deserto onde tudo havia começado com o Batismo e a pregação de João.
Nesta quaresma devemos também buscar o deserto onde Deus nos fala ao coração apontando-nos a missão e o caminho a ser seguido. Que nada desvie a nossa atenção e que não tenhamos medo de mudanças, mesmo que estas sejam bem no íntimo de nós...
2. Amor que gera a vida
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva - e disponibilizado no Portal Paulinas)
Quem conviveu com Jesus foi testemunha de que nele havia uma fonte de vida a jorrar para todos. Com sua morte na cruz, a fonte parecia-lhes extinta. Os poderes deste mundo, religioso e civil, tentaram destruir a sua credibilidade, julgando-o blasfemo e subversivo, e promoveram sua morte.
Contudo, haverá maior ilusão do que esta? Achar que Deus pode ser morto?! É o próprio Jesus, e seu Espírito, que iluminarão a comunidade: o dom e a participação na vida eterna de Deus não estão na continuidade temporal, mas na permanência na existência de Deus, na comunhão do Amor que gera a vida.
A vida eterna se manifesta no confronto com a morte. É a vida que teima em resistir e se manifestar em um mundo onde os ambiciosos do poder acumulam riquezas e provocam a exclusão, a pobreza, a miséria, a guerra e a morte.
Oração
Pai, confirma minha condição de discípulo do Reino instaurado por Jesus na história humana, fazendo-me acreditar sempre mais na força da justiça e do amor.
3. O REI ULTRAJADO(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).
A paixão revelou a dignidade real de Jesus, embora, tenha havido uma radical contradição entre a interpretação de Jesus e a dos seus inimigos e algozes.
Ao ser interrogado por Pilatos, Jesus respondeu: "Eu sou rei", depois de fazer a autoridade romana concluir, por si mesma: "Tu o dizes!"
A soldadesca insana ultrajou Jesus, servindo-se de mímicas burlescas próprias de uma investidura real: colocaram-lhe uma coroa de espinhos na cabeça, vestiram-no com um manto de púrpura. A seguir, prostraram-se, ironicamente, diante dele, saudando-o como rei dos judeus.
Por ordem de Pilatos, foi preparada uma inscrição, em três línguas, para ser afixada sobre a cabeça de Jesus, indicando a causa da condenação: "Jesus nazareno, rei dos judeus". Alertado a mudar o teor da inscrição, Pilatos apelou para a sua autoridade: "O que escrevi, está escrito". O evangelista observa que muitos judeus leram a inscrição, por ter sido Jesus crucificado perto da cidade.
O Mestre, porém, tinha consciência de que seu Reino não era deste mundo, e estava estruturado de maneira diferente. Fundava-se na fraternidade, na justiça, na partilha, no perdão reconciliador. Os reinos deste mundo não serviam de modelo para Jesus fazer os discípulos entenderem o que se passava com o seu Reino. Por conseguinte, nem Pilatos nem os judeus tinham condições de compreender em que sentido Jesus era rei.
Oração 
Pai, confirma minha condição de discípulo do Reino instaurado por Jesus na história humana, fazendo-me acreditar sempre mais na força da justiça e do amor.FONTE NPDBARASIL/CAMOCIM BELO MAR BLOG

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