Fuzis, carabinas e até submetralhadoras são encontradas, cada vez mais, nas mãos de bandidos na Capital.
Em pouco mais de dois meses, a Polícia cearense já apreendeu o total de 1.134 armas de fogo, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O arsenal foi tirado das mãos de diversas quadrilhas capturadas em todo o Estado. No entanto, um fato tem chamado a atenção das autoridades, o poder de fogo dos criminosos. Armas estrangeiras, como submetralhadoras e rifles estão se tornando, cada vez mais, comuns nas mãos de bandidos, como assaltantes e traficantes, na periferia da capital cearense.
Um exemplo disso ocorreu há uma semana, quando agentes da Coordenadoria Integrada de Inteligência (Coin) cercaram a residência de um traficante de drogas no bairro Lagamar e apreenderam todo o arsenal que ele possuía para manter o comando na venda de crack e cocaína, e dos assaltos naquela região da cidade.
Italiana
Entre revólveres e pistolas, a Polícia localizou também uma arma estrangeira, uma escopeta de calibre 12, de repetição (capacidade para sete tiros) de fabricação italiana.
Fato semelhante aconteceu na tarde da última sexta-feira, quando uma quadrilha, fortemente armada, atacou um carro-forte que recolhia um malote no Mercado São Sebastião, nesta Capital. Ocorreu uma troca de tiros entre os criminosos, vigilantes e policiais.
O resultado do embate foi a morte trágica de um dos seguranças. Um dos bandidos também tombou sem vida. A Polícia Militar cercou a área e acabou recuperando o malote e encontrou o arsenal do bando.
Entre as armas apreendidas, estava uma submetralhadora de calibre 9 milímetros. No dia anterior, outra arma semelhante foi encontrada em poder de um traficante na comunidade do Gueto, na Barra do Ceará, na zona Oeste de Fortaleza.
De fora
Outras armas estrangeiras foram também localizadas pela Polícia, recentemente, como um fuzil modelo AR-15, de fabricação americana, abandonado por uma quadrilha logo após mais uma tentativa frustrada de ataque a carro-forte no Município de Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Especialistas acreditam que as armas sejam produto de contrabando ou que estão chegando ao Ceará através de fornecedores de logística para quadrilhas interestaduais. A Polícia também não descarta que, parte dessas armas, seja produto de roubo em residências de colecionadores ou atiradores profissionais devidamente regulamentados.
Por determinação do secretário da Segurança Pública e Defesa Social, coronel Francisco José Bezerra Rodrigues, a Coin está investigando a origem das armas, ao mesmo tempo, em que a Polícia Militar redobrou as operações de desarmamento na Capital e região metropolitana, através de blitze bloqueios.
Fonte: DN
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