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domingo, 14 de julho de 2013

CASO TAYNÁ CAUSA CONFUSÃO NA SECRETARIA DE SEGURANÇA.

SUSPEITOS DO CASO TAYNÁ PODEM SER SOLTOS NESTE DOMINGO

Gazeta do Povo
Reprodução
Tayná desapareceu dia 25 de junho e seu corpo foi encontrado dia 28










na noite deste sábado (13), as investigações do caso do assassinato da adolescente Tayná Adriane da Silva desencadearam uma confusão na Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR). O advogado dos até agora acusados pela morte da adolescente, Roberto Rolim de Moura Júnior, interrompeu o depoimento de seus clientes alegando que não havia sido comunicado do evento e que os quatro deveriam permanecer em silêncio. Segundo o promotor Paulo de Lima, um dos acusados disse então que gostaria de dar sua versão e desconstituiu Rolim como seu representante legal, sendo seguido no pedido pelos demais.
No final da tarde, os quatro suspeitos foram levados pelo Centro de Operações Especiais da Polícia Civil (Cope) à secretaria para prestar depoimento já que, segundo Lima, não havia provas suficientes para mantê-los detidos. Estavam presentes os delegados Guilherme Rangel, responsável pelo caso; Rafael Vianna, assessor civil da Sesp-PR e delegado designado para acompanhar as investigações, além de membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR).
Segundo o promotor, o advogado não foi encontrado para que fosse comunicado da tomada de depoimento dos quatro acusados. Quando soube do evento, Rolim se dirigiu à secretaria e interrompeu o procedimento. O dono do parque onde os rapazes trabalhavam e seu advogado também chegaram ao local. Após longa discussão, o promotor e o delegado Rangel anunciaram que Rolim havia sido desconstituído de sua função pelos acusados.
O presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas da OAB designado para acompanhar o caso, Edward Carvalho, declarou que Rolim será investigado pela instituição, pois “estava havendo uma provável coação” para que os acusados ficassem em silêncio. Carvalho declarou nunca ter presenciado um caso onde “ficou evidente a atuação contrária do advogado aos interesses de seus clientes”.

Por volta das 23 horas de sábado (13), os acusados ainda se encontravam no local e deveriam prestar depoimento durante a madrugada, representados por advogado dativo, Andrey Salmazo Poubel. Segundo Paulo de Lima, os quatro podem ser soltos ainda neste domingo (14). Procurado para comentar a sua destituição pelos acusados, o advogado Roberto Rolim de Moura Júnior disse que não poderia falar no momento. No entanto, ele não deu retorno.
O caso
A adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, desapareceu no dia 25 de junho quando voltava da casa de uma amiga, nas proximidades de um parque de diversões, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. O corpo da menina foi encontrado no dia 28 de junho. Três dos quatro suspeitos, presos no dia anterior, confessaram ter estuprado e matado Tayná. Um deles não teria participado diretamente do crime. No mesmo dia, o parque de diversões foi depredado e incendiado por moradores da região.
No dia 2 de julho, a perita do Instituto de Criminalística, Jussara Joeckel, afirmou que a adolescente poderia não ter sido violentada, contrariando a tese inicial das investigações. Mesmo com as contradições, a Polícia Civil finaliza o inquérito no dia 5 de julho com a conclusão de que os quatro suspeitos estupraram e estrangularam a adolescente. Porém, no dia 9 de julho o resultado de exame de DNA indicou que o sêmen encontrado na calcinha da garota não é compatível com o material genético de nenhum dos quatro acusados.
Este laudo gerou uma mudança no comando da investigação policial do crime, que já contava, desde a conclusão do inquérito pela delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, com a participação do Ministério Público. O laudo também motivou uma visita da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PR aos suspeitos, que relatavam que foram torturados pela polícia para confessar os crimes. Na sexta-feira (12), o MP afirmou que os indícios coletados relacionam os suspeitos presos ao crime.

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