SEGUNDO UROLOGISTA, OS HOMENS SÃO MAIS PROPENSOS A DESENVOLVER OS CÁLCULOS
“Estes ‘cristais’ são formados quando alguns componentes da urina, como Ácido Úrico, Cálcio, Fósforo, entre outros, estão em excesso no organismo”, explica.
Isso, de acordo com o médico, pode ocorrer devido à perda excessiva de líquidos por meio do suor, da ingestão de pouca água, uso incorreto de medicações, consumo abusivo do álcool, vida sedentária, estresse e distúrbios genéticos.
“Além destes fatores, os cálculos são três vezes mais comuns em homens do que em mulheres, devido à idade a aos maus hábitos rotineiros. Já a chance de reincidência é grande: metade dos pacientes volta a ter o problema”, acrescenta.
Alimentação
Perandré Neto relata que a atenção também deve ser voltada para a alimentação. “Atualmente constatamos uma mudança no regime alimentar, promovido pela industrialização dos alimentos, ricos em sal e proteínas”, explica.
Salgadinhos, embutidos como salsichas, linguiças e queijos amarelos, enlatados e molhos de mostarda, shoyu e catchup, devem ser ingeridos em baixa quantidade. “Os frutos do mar também precisam ser evitados em indivíduos propensos, pois além do Cálcio, estes alimentos possuem altas doses de ácido úrico, um dos principais fatores para a formação das pedras”, complementa.
Obesidade e ganho de peso também podem estar associados ao problema. Quem tem índice de massa corporal (IMC) elevado pode conter mais Cálcio e ácido úrico na urina, o que aumenta o risco de formação de cálculos renais.
Hábitos saudáveis
O urologista explica que a laranja, o limão e outras frutas cítricas possuem Citrato, que dificulta a formação dos cálculos. Além disso, a prática de exercícios físicos, consumo de água – cerca de 30 mililitros por quilo de peso corporal ao dia – e o controle da ingestão de sal, tanto na hora do preparo como no momento da compra de produtos industrializados, são atitudes que auxiliam na prevenção dos cálculos renais.
“Além disso, para os pacientes que tiveram cálculos em algum momento da vida, vale lembrar a importância de acompanhamento especializado, uma vez que a recorrência aproximada é de até 50% em 5 anos, explica o especialista”.
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