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sábado, 15 de março de 2014

BEBÊ QUE NÃO ACORDOU DESDE QUE NASCEU RECEBE VIGÍLIA VIRTUAL DE 40 MIL PESSOAS.


Laurinha teve edema cerebral em razão da morte da mãe durante o parto, em Fortaleza. Pessoas do mundo todo participam de corrente para a cura da recém-nascida

Família de Laurinha recebe, diariamente, mensagens de apoio e esperança (FOTO:  Arquivo pessoal)
Na foto, Laurinha “segura” a mão do pai  (Arquivo pessoal)
Laurinha é uma garotinha com pouco mais de um mês de vida. Nascida em 6 de fevereiro, segue em coma, na UTI neonatal de um hospital em Fortaleza, em virtude de complicações no parto que tiraram a vida da mãe.
Além da família, a pequena cearense tem mais de 40 mil pessoas na torcida por sua sobrevivência. São internautas tocados por sua história que fazem parte da página no Facebook criada pelos familiares, intitulada “Acorda, Laurinha”. O nome não poderia ser mais sugestivo, para nutrir esperança e criar uma corrente de bondade. No grupo, vê-se demonstrações de amor, por meio de palavras de conforto, mensagens repletas de energias positivas e, principalmente, de fé.
“Muita oração, muita força e muitas palavras positivas. E, na torcida, não importa a religião, todos estão ligados em um mesmo objetivo: a cura e o despertar da Laurinha”, explica o tio da recém-nascida, Romeu Praciano.
    As mensagens vêm de todo o canto do mundo: França, Estados Unidos, Canadá e até do Vaticano. A mobilização é tão grande que, durante sete dias na semana, por 24 horas, diversas pessoas se organizam para um círculo de orações na comunidade Shalom. “Um dia uma moça se prontificou a ficar no hospital acompanhando a Laurinha, porque eu precisava trabalhar. Ela falou da minha sobrinha como se conhecesse, chorando e se sensibilizando pela causa. O que a Laurinha está fazendo no coração das pessoas não têm explicação”, lembra.

    Movimento "Acorda, Laurinha" chegou ao Vaticano (FOTO: Rodrigo Alcântara)
    Movimento “Acorda, Laurinha” chegou ao Vaticano (FOTO: Rodrigo Alcântara)
    Além de conforto, Laurinha precisa e depende de doações de leite materno para se alimentar. A mãe Paula Teixeira, de 32 anos, sofreu choque anafilático, devido à reação negativa a um medicamento. “A equipe médica que foi contratada para o parto não se encontrava no hospital. Depois da medicação, Paulinha teve choque anafilático, e não foi possível reverter o quadro”, lamenta Praciano, também irmão da jovem. “Isso me causa muita mágoa e rancor”, completa.
    Em razão da parada cardiorrespiratória causada pelo choque, a criança não recebeu oxigênio da mãe. Laurinha teve edema cerebral, foi reanimada, mas não acordou e nem chorou. “Os médicos dizem que é da natureza dela, ela que vai reagir. Ou seja, depende realmente de um milagre”, emociona-se o tio.
    Despertar
    Apesar da tristeza decorrente da morte da mãe, a família prefere direcionar as forças para a cura da bebê. Até porque os familiares veem o despertar da pequena como uma sobrevida da mãe. “Eu quero muito que minha irmã não esteja vendo esse momento de angústia que estamos passando. Eu não sei como é o mundo lá em cima, mas quero que a Paulinha desperte somente quando a Laurinha acordar, para ver a gente brincando com a filha dela”, espera.
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    Todas as orações estão dando resultado na recuperação. Segundo Praciano, Laurinha teve boa melhora. Foi realizado exame e o cérebro reagiu, mas não o suficiente para que despertasse. No domingo (16), será realizado mais um momento de oração, às 14h, próximo ao Hospital e Maternidade Gastroclínica, unidade de saúde onde a recém-nascida está internada, na capital cearense.  “A gente sabe que Deus tem um bocado de gente para olhar. As vezes nos sentimos até pequenos diante da quantidade de problema de outras pessoas. Mas tenho muita esperança. Não vejo a hora de colocar a mão nas mãozinhas dela e sentir ela apertar, ou até mesmo chorar”.
    Nunca se desejou tanto um choro. Um choro que servirá para enxugar as lágrimas de quem chora hoje e colocar um sorriso no rosto de cada um que acreditou na sua recuperação.

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