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segunda-feira, 19 de maio de 2014

SEM SCANNERS INSTALADOS E BLOQUEADORES,DIFICULDADES PARA EVITAR ENTRADA DE ELETRÔNICOS EM PRESÍDIOS DO CEARÁ.

INSEGURANÇA
Redação Web | CBM

De acordo com dados da Sejus, 3.837 aparelhos de celulares foram apreendidos no ano passado


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Batalhão da Policia durante vistoria na CPPL I, em Itaitinga
FOTO: NATINHO RODRIGUES

A apreensão de 248 celulares e 523 chips nas dependências da Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL III), em Itaitinga, e na cadeia pública de Quixeramobim chamaram a atenção para a utilização de aparelhos telefônicos dentro das unidades prisionais e cadeias públicas do Ceará. 
De acordo com dados da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), 3.837 aparelhos de celulares foram apreendidos no ano passado, o que colocou o Estado do Ceará em 3º lugar no ranking nacional em número de celulares apreendidos e o 1º do Nordeste, segundo levantamento do jornal O Globo. Já em 2012, as apreensões chegaram a 4.412. 
"Body Scanners" seguem sem funcionar
Em março deste ano, a Secretaria da Justiça adquiriu seis "body scanners", equipamento responsável por gerar imagem de raio-x para evidenciar o transporte de aparelhos dentro das genitálias. Entretanto, os aparelhos ainda estão em processo de instalação, conforme informou o órgão. 
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes e Servidores do Sistema Penitenciário do Ceará (Sindasp-CE), Valdemiro Barbosa, o Governo investiu R$ 10 milhões para a obtenção dos equipamentos e nenhum foi instalado. "Os aparelhos estão aí levando sol e chuva e, até o momento, não foram colocados em uso", relatou. 

Segundo a Sejus, são realizadas vistorias diárias em todas as dependências dos presídios. Também são feitas revistas manuais e íntimas nas visitas, além de raio-x para casos de sacolas e alimentos, além do uso de um portal, como nos aeroportos, e uma raquete.
No entanto, para o sindicato dos agentes penitenciários, a vistoria realizada possui falhas e não evidencia o porte de drogas. "A raquete que é utilizada nas vistorias não é suficiente. O que realmente solucionaria o problema seria o aumento de efetivos, mais mulheres realizando a vistoria íntima e, principalmente, a instalação de equipamentos", comentou Valdemiro Barbosa. 
Segundo o sindicato, o Governo do Estado teria recuado da decisão de instalação dos bloqueadores de celulares após uma fase de testes realizadas na Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba.
A Sejus, entretanto, nega as informações do sindicato e informou que há uma parceria com oInstituto de Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) para desenvolver, através de pesquisa acadêmica, um sistema específico de monitoramento e bloqueio de acesso à rede de dispositivos móveis. 
Superlotação 
A superlotação nos presídios do Ceará é outro fator que implica no controle de entrada de materiais no interior das unidades. Somente na Casa de Privação Provisória de Liberdade IV(CPPL IV), recém inaugurada, há um total de 1.500 presos, ultrapassando 66% de sua capacidade. 
A Secretaria da Justiça informou que as unidades prisionais da Região Metropolitana de Fortaleza operam acima de sua capacidade por terem dois presídios interditados pela Justiça desde outubro de 2013, também por conta da superlotação. Outro fator seria a a quantidade de presos provisórios, que correspondem a quase 70% do sistema penitenciário.https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=2556864432713944326#editor/target=post;postID=1569423746564334125

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